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19/10/2005 - 07h30

Tribunal iraquiano vai julgar outros sete acusados com Saddam

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da Folha Online

O julgamento do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein --que acontece nesta quarta-feira na capital iraquiana, Bagdá-- terá também outros sete réus no banco, todos colaboradores do antigo presidente do Iraque, deposto em 2003. Os oito são acusados de crimes contra a humanidade.

Veja quem são os réus:

Saddam Hussein, 68, chegou à Presidência do Iraque em 1979, e permaneceu até 2003, sendo a autoridade absoluta no país. Foi aliado dos Estados Unidos quando seu país entrou na guerra contra o Irã, na década de 80, mas se tornou inimigo americano quando invadiu o Kuait, em 1990.

Depois que as forças americanas expulsaram os soldados iraquianos do Kuait, o país começou a sofrer sanções internacionais, e foi invadido pelos EUA e pelo Reino em março de 2003. Ele foi capturado perto de sua cidade natal, Tikrit (norte do Iraque), em 13 de dezembro de 2003.

Taha Yassin Ramadan, 67, foi vice-presidente do Iraque até 2003. Conheceu Saddam durante a década de 50, quando se uniu ao Partido Baath, e se tornou um dos colaboradores mais próximos do ditador. Ocupou vários cargos de destaque no governo de Saddam, incluindo a pasta do Ministério da Indústria, na década de 70. A imprensa atribui a ele a seguinte frase: "Não sei nada sobre indústrias. Tudo que eu sei é que se alguém não trabalhar direito, deve ser executado".

Exilados iraquianos acusam a ele e a outros colaboradores de Saddam de sufocar brutalmente uma manifestação xiita ocorrida em 1991, ao sul do país, e assassinar milhares de curdos em 1988. Ramadan foi capturado em agosto de 2003, na cidade de Mossul (norte), por milícias paramilitares curdas.

Barazan Ibrahim al Tikriti, um dos meio-irmãos de Saddam. Ex-diretor do Mukhabarat, o temido serviço de inteligência iraquiano, e conselheiro do antigo ditador. Foi capturado em abril de 2003. Como chefe da agência de inteligência, ele foi acusado de ordenar assassinatos em massa e torturas contra presos iraquianos, além de tomar parte pessoalmente de crimes considerados abusos contra direitos humanos, incluindo a destruição de vilarejos inteiros.

Awad Hamed al Bander, ex-chefe da Corte Revolucionária de Saddam, é acusado de organizar julgamentos que levaram centenas de pessoas à execução. Bander foi o juiz no julgamento das 140 pessoas de Dujail, acusadas de tramar o assassinato do ex-ditador, em 1982. Algumas foram mortas nos enfrentamentos com o Exército iraquiano, e outras foram executadas.

Abdullah Kadhem Ruaid, Ali Daeem Ali, Mohammed Azawi Ali, e Mizher Abdullah Rawed eram membros do Partido Baath, na região de Dujail, e são acusados de participar dos assassinatos.

Com agências internacionais

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