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11/11/2005
-
10h28
da Folha Online
Milhares de jordanianos saíram às ruas nesta sexta-feira em Amã para protestar contra os atentados ocorridos nesta quarta-feira na capital do país, que mataram 57 pessoas. Durante a ação, os manifestantes gritavam: "Queime no inferno, Abu Musab al Zarqawi!", o terrorista jordaniano líder da rede Al Qaeda no Iraque, organização que reivindicou os atos de violência.
O número de mortos nos atentados subiu nesta sexta-feira, com a morte do cineasta sírio-americano Mustapha Akkad. Ele tinha 75 anos, e sofreu sérios ferimentos devido às explosões das bombas, e um ataque cardíaco.
As manifestações começaram na manhã de ontem, e foram retomadas na manhã desta sexta-feira. O centro das ações é em Amã, onde milhares saíram às ruas após as orações de sexta-feira.
Os manifestantes carregavam bandeiras da Jordânia e fotos do rei Abdullah 2º. Durante um pronunciamento oficial transmitido na noite de ontem, ele afirmou que o governo jordaniano vai "perseguir os criminosos [por trás dos ataques] e prendê-los onde quer que estiverem".
Os ataques realizados na noite desta quarta-feira foram praticamente simultâneos e atingiram três hotéis de Amã: Grand Hyatt, Radisson SAS e o Days Inn pouco antes das 21h (17h desta quarta-feira, no horário de Brasília).
Suicidas
Segundo investigações da polícia jordaniana, os atentados foram realizados por três suicidas, que morreram na ação. Ao menos um deles tinha sotaque iraquiano e várias pessoas provindas do Iraque, junto a árabes de outros países foram detidas, suspeitas de estarem envolvidas nas ações.
De acordo com um comunicado oficial do governo jordaniano, divulgado nesta sexta-feira, a polícia prendeu 120 pessoas, a maioria iraquianos e jordanianos.
Treinamento
Oficialmente, a polícia não forneceu qualquer detalhe sobre as pessoas detidas, ou sobre como foram realizadas as prisões. Segundo um policial que não quis se identificar, citado pela agência de notícias Reuters, várias operações de prisão foram realizadas em várias partes da Jordânia.
Os investigadores ainda não sabem quantas pessoas estariam envolvidas nos atentados.
Há várias especulações na Jordânia sobre o envolvimento de insurgentes iraquianos nos ataques. Segundo autoridades jordanianas, Al Zarqawi teria treinado "forças especiais" e preparado cerca de cem iraquianos para atuarem como homens-bomba em atentados tanto dentro do Iraque como em outros países.
Especialistas conseguiram encontrar pedaços do rosto, cabeças e pescoço de três pessoas que teriam sido os autores dos ataques, na tentativa de montar um esboço das identidades dos suicidas. Exames de DNA também estão sendo realizados.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre atentados na Jordânia
Jordanianos saem às ruas contra atentados que mataram 57
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Milhares de jordanianos saíram às ruas nesta sexta-feira em Amã para protestar contra os atentados ocorridos nesta quarta-feira na capital do país, que mataram 57 pessoas. Durante a ação, os manifestantes gritavam: "Queime no inferno, Abu Musab al Zarqawi!", o terrorista jordaniano líder da rede Al Qaeda no Iraque, organização que reivindicou os atos de violência.
AP |
O cineasta Mustapha Akkad, que morreu nos ataques em Amã |
As manifestações começaram na manhã de ontem, e foram retomadas na manhã desta sexta-feira. O centro das ações é em Amã, onde milhares saíram às ruas após as orações de sexta-feira.
Os manifestantes carregavam bandeiras da Jordânia e fotos do rei Abdullah 2º. Durante um pronunciamento oficial transmitido na noite de ontem, ele afirmou que o governo jordaniano vai "perseguir os criminosos [por trás dos ataques] e prendê-los onde quer que estiverem".
Os ataques realizados na noite desta quarta-feira foram praticamente simultâneos e atingiram três hotéis de Amã: Grand Hyatt, Radisson SAS e o Days Inn pouco antes das 21h (17h desta quarta-feira, no horário de Brasília).
Suicidas
Segundo investigações da polícia jordaniana, os atentados foram realizados por três suicidas, que morreram na ação. Ao menos um deles tinha sotaque iraquiano e várias pessoas provindas do Iraque, junto a árabes de outros países foram detidas, suspeitas de estarem envolvidas nas ações.
De acordo com um comunicado oficial do governo jordaniano, divulgado nesta sexta-feira, a polícia prendeu 120 pessoas, a maioria iraquianos e jordanianos.
Treinamento
Oficialmente, a polícia não forneceu qualquer detalhe sobre as pessoas detidas, ou sobre como foram realizadas as prisões. Segundo um policial que não quis se identificar, citado pela agência de notícias Reuters, várias operações de prisão foram realizadas em várias partes da Jordânia.
Os investigadores ainda não sabem quantas pessoas estariam envolvidas nos atentados.
Amr Nabil/AP |
Milhares de jordanianos saíram às ruas nesta sexta-feira contra os atentados em Amã |
Especialistas conseguiram encontrar pedaços do rosto, cabeças e pescoço de três pessoas que teriam sido os autores dos ataques, na tentativa de montar um esboço das identidades dos suicidas. Exames de DNA também estão sendo realizados.
Com agências internacionais
Especial
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