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11/11/2005 - 15h35

Partidos alemães estabelecem acordo para formar novo governo

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da Efe, em Berlim

Os dois maiores partidos alemães -- a União Democrata Cristã (CDU), da próxima chanceler alemã, Angela Merkel-- e o Partido Social Democrata (SPD), do atual chanceler Gerhard Schröder, finalizaram as negociações para a formação de uma coalizão para a formação do novo gabinete alemão.

Tim Brakemeier/Efe
Angela Merkel, da CDU, e Franz Müntefering, do SPD, anunciam acordo para novo governo
A necessidade de se fazer uma coalizão surgiu após as eleições legislativas, realizadas em 18 de setembro último. Tanto o partido de Merkel como o de Schröder tiveram uma expressiva votação, e a vantagem de Merkel sobre o atual chanceler foi de menos de 1%. Schröder tentou manter o poder e, de início, insistiu em permanecer na Chancelaria, gerando uma crise política no país, que culminou na discussão para a formação de uma grande coalizão entre ambos os partidos.

Merkel, que deve assumir o poder no próximo dia 22, confirmou a união entre os dois partidos, e disse que o acordo foi "aprovado por unanimidade" pelos participantes nas negociações.

"Os dois partidos [CDU e SPD] querem readquirir a confiança da população e mostrar que podem fazer o país avançar", disse Merkel ao apresentar os resultados de quatro semanas de negociações.

O documento formalizando o acordo, de mais de 130 páginas, será apresentado oficialmente neste sábado. Deve ocorrer também uma coletiva de imprensa às 18h (15h deste sábado, no horário de Brasília).

Discussão

Até o último momento, havia a discussão de alguns pontos-chave nos quais existiam posições distintas entre os dois partidos, como a introdução do chamado "imposto para ricos" e o aumento do Imposto sobre o Valor Agregado (IVA).

O ato solene para a assinatura do acordo entre os dois partidos deve acontecer na próxima sexta-feira.

As negociações se prolongaram durante quatro semanas, nas quais as partes negociadoras tiveram que superar várias diferenças para discutir os temas que centrarão a futura política de governo.

Entre os acordos alcançados estão pontos tão polêmicos inicialmente como o aumento do IVA e, segundo primeiras informações, a introdução do imposto para ricos.

No primeiro ponto, o SPD que teve que ceder ao pedido da CDU de aumentar o IVA em três pontos a partir de 2007. Essa receita adicional --estimada em 24 bilhões de euros-- será destinada em parte a reduzir o rombo orçamentário previsto para 2007.

A CDU cedeu no que diz respeito ao imposto para ricos, que contempla o aumento da taxa tributária máxima do imposto sobre a renda pessoal de 42% para 45% para os mais ricos.

No entanto, os conservadores conseguiram que os pequenos empresários ficassem isentos deste regulamento, e em vez de impostos empresariais pagarão impostos sobre a renda pessoal.

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