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21/11/2005
-
16h03
da Folha Online
Angela Merkel, 51, deve se tornar a primeira mulher a ocupar a Chancelaria nesta terça-feira, em uma reunião dos legisladores na qual sua vitória está praticamente garantida.
Para ser eleita, Merkel precisa do apoio de 308 dos 614 membros do Bundestag (Câmara Baixa do Parlamento). A coalizão conta com o apoio de 448 legisladores, o que garante a vitória de Merkel.
Ela deve liderar uma "grande coalizão" do seu partido conservador, a União Democrata Cristã (UDC), e o Partido Social Democrata (PSD), de centro-esquerda, de Schröder.
No entanto, há dúvidas entre especialistas sobre a eficiência e a duração da coalizão. Há rumores de que os Social-Democratas rejeitarão Merkel na votação desta terça-feira, expondo tensões que podem ameaçar o novo governo.
Acordo
Conservadores alertam para que o PSD siga o acordo. "Todo mundo sabe o que está em jogo", afirmou Ronald Pofalla, legislador conservador, à televisão local nesta segunda-feira. "Eu espero que Merkel obtenha um bom resultado."
A UDC de Merkel e sua aliada União Social-Cristã (CSU) da Bavária foram forçadas a se aliar ao PSD depois que alcançarem uma vitória apertada em 18 de setembro na eleições parlamentares.
Merkel insistiu no corte de recursos utilizados para financiar o seguro-desemprego e um relaxamento nas leis que protegem os funcionários contra a demissão. As medidas pretendem encorajar as empresas a contratar mais empregados.
"2007 será um ano problemático, e 2008 mais ainda. Se a coalizão não realizar mais reformas promissoras, veremos um cenário de retrocesso no próximo ano", afirmou Norbert Walter, economista-chefe do Deutsche Bank.
Política externa
A política externa é outra área que pode trazer problemas ao governo de coalizão. Enquanto Merkel assumiu um tom pró-Estados Unidos em comparação com Schröder, que foi um feroz opositor da Guerra no Iraque, ela teve de dar o cargo de Ministro das Relações Exteriores ao ex-chefe de governo de Schröder, Frank Walter Steinmeier.
As alianças que Merkel mantém com países vizinhos à Alemanha devem ser importantes para o futuro da UE (União Européia). A nova chanceler indicou que não pretende dar ênfase à aliança com a França que era mantida por Schröder nas questões da UE.
A oposição Alemanha e da França ao governo britânico de Tony Blair também deve se modificar. A primeira viagem oficial de Merkel nesta semana --à Paris, Bruxelas e Londres-- é bastante esperada porque deve indicar as modificações na política externa alemã.
Com agências internacionais
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Angela Merkel, 51, deve se tornar a primeira mulher a ocupar a Chancelaria nesta terça-feira, em uma reunião dos legisladores na qual sua vitória está praticamente garantida.
Para ser eleita, Merkel precisa do apoio de 308 dos 614 membros do Bundestag (Câmara Baixa do Parlamento). A coalizão conta com o apoio de 448 legisladores, o que garante a vitória de Merkel.
Ela deve liderar uma "grande coalizão" do seu partido conservador, a União Democrata Cristã (UDC), e o Partido Social Democrata (PSD), de centro-esquerda, de Schröder.
No entanto, há dúvidas entre especialistas sobre a eficiência e a duração da coalizão. Há rumores de que os Social-Democratas rejeitarão Merkel na votação desta terça-feira, expondo tensões que podem ameaçar o novo governo.
Acordo
Conservadores alertam para que o PSD siga o acordo. "Todo mundo sabe o que está em jogo", afirmou Ronald Pofalla, legislador conservador, à televisão local nesta segunda-feira. "Eu espero que Merkel obtenha um bom resultado."
A UDC de Merkel e sua aliada União Social-Cristã (CSU) da Bavária foram forçadas a se aliar ao PSD depois que alcançarem uma vitória apertada em 18 de setembro na eleições parlamentares.
Merkel insistiu no corte de recursos utilizados para financiar o seguro-desemprego e um relaxamento nas leis que protegem os funcionários contra a demissão. As medidas pretendem encorajar as empresas a contratar mais empregados.
"2007 será um ano problemático, e 2008 mais ainda. Se a coalizão não realizar mais reformas promissoras, veremos um cenário de retrocesso no próximo ano", afirmou Norbert Walter, economista-chefe do Deutsche Bank.
Política externa
A política externa é outra área que pode trazer problemas ao governo de coalizão. Enquanto Merkel assumiu um tom pró-Estados Unidos em comparação com Schröder, que foi um feroz opositor da Guerra no Iraque, ela teve de dar o cargo de Ministro das Relações Exteriores ao ex-chefe de governo de Schröder, Frank Walter Steinmeier.
As alianças que Merkel mantém com países vizinhos à Alemanha devem ser importantes para o futuro da UE (União Européia). A nova chanceler indicou que não pretende dar ênfase à aliança com a França que era mantida por Schröder nas questões da UE.
A oposição Alemanha e da França ao governo britânico de Tony Blair também deve se modificar. A primeira viagem oficial de Merkel nesta semana --à Paris, Bruxelas e Londres-- é bastante esperada porque deve indicar as modificações na política externa alemã.
Com agências internacionais
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