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29/11/2005
-
09h49
da Folha Online
Sergio Lo Giudice, presidente da Arcygay, associação de direitos gays da Itália --que congrega 100 mil membros no país, segundo dados da própria organização-- afirmou, em resposta ao documento divulgado pelo Vaticano nesta terça-feira que bane padres gays, que a igreja está promovendo um "apartheid sexual".
"Um critério de acesso ao seminário baseado na identidade do seminarista, e não em seu comportamento só tem um nome: racismo", afirma Lo Giudice na entrevista.
O documento publicado hoje reafirma a proibição da ordenação de padres que tenham "profunda tendência homossexual", mas diz que aqueles que tiveram "expressão transitória de homossexualidade" podem se tornar padres, desde que tenham superado essa tendência pelo menos três anos antes da ordenação. As instruções foram dadas pela Congregação para a Educação Católica, o departamento que tem a responsabilidade de treinar os padres.
"Não se trata de uma abertura, e sim o fechamento de uma igreja que não sabe se relacionar com o tema da sexualidade", disse o presidente da Arcygay, em entrevista publicada no site da instituição. "Os sacerdotes homossexuais se eram acolhidos pela igreja porque cumpriam o voto de castidade agora se sentirão excluídos e renegados", afirmou.
O principal trecho do documento de 18 parágrafos afirma que a Igreja Católica respeita profundamente as pessoas com o que chama de "tendências homossexuais", mas afirma que não pode aceitar na ordem sagrada pessoas que pratiquem a homossexualidade, que tenham profundas tendências homossexuais, ou que apóiem a cultura gay.
"O documento tem a finalidade de encobrir qualquer reivindicação da própria identidade homossexual [dentro da igreja]. Vão utilizar [os padres homossexuais] como bodes expiatórios para tantos casos de pedofilia. É como se dissessem: 'Viram que temos tantos pedófilos, vamos mostrar o que fazemos nesse campo'", comenta Lo Giudice.
Leia mais
Vaticano publica documento que bane padres gays
Especial
Leia o que já foi publicado sobre pedofilia na igreja
Associação gay da Itália diz que Vaticano promove "apartheid sexual"
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Sergio Lo Giudice, presidente da Arcygay, associação de direitos gays da Itália --que congrega 100 mil membros no país, segundo dados da própria organização-- afirmou, em resposta ao documento divulgado pelo Vaticano nesta terça-feira que bane padres gays, que a igreja está promovendo um "apartheid sexual".
"Um critério de acesso ao seminário baseado na identidade do seminarista, e não em seu comportamento só tem um nome: racismo", afirma Lo Giudice na entrevista.
O documento publicado hoje reafirma a proibição da ordenação de padres que tenham "profunda tendência homossexual", mas diz que aqueles que tiveram "expressão transitória de homossexualidade" podem se tornar padres, desde que tenham superado essa tendência pelo menos três anos antes da ordenação. As instruções foram dadas pela Congregação para a Educação Católica, o departamento que tem a responsabilidade de treinar os padres.
"Não se trata de uma abertura, e sim o fechamento de uma igreja que não sabe se relacionar com o tema da sexualidade", disse o presidente da Arcygay, em entrevista publicada no site da instituição. "Os sacerdotes homossexuais se eram acolhidos pela igreja porque cumpriam o voto de castidade agora se sentirão excluídos e renegados", afirmou.
O principal trecho do documento de 18 parágrafos afirma que a Igreja Católica respeita profundamente as pessoas com o que chama de "tendências homossexuais", mas afirma que não pode aceitar na ordem sagrada pessoas que pratiquem a homossexualidade, que tenham profundas tendências homossexuais, ou que apóiem a cultura gay.
"O documento tem a finalidade de encobrir qualquer reivindicação da própria identidade homossexual [dentro da igreja]. Vão utilizar [os padres homossexuais] como bodes expiatórios para tantos casos de pedofilia. É como se dissessem: 'Viram que temos tantos pedófilos, vamos mostrar o que fazemos nesse campo'", comenta Lo Giudice.
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