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30/11/2005
-
09h17
da Folha Online
Em seu primeiro discurso ao Parlamento alemão, desde que assumiu a Chancelaria do país, no último dia 22, Angela Merkel disse que o governo "não será chantageado" pelos seqüestradores da arqueóloga Osthoff, 43, que desapareceu no Iraque na semana passada. A chanceler também afirmou não saber quais foram os motivos que levaram insurgentes iraquianos a raptar a alemã.
O seqüestro da alemã no Iraque ocorre dias depois que Merkel assume o poder, e deflagra uma crise internacional inesperada envolvendo a Alemanha e o Iraque. O governo do país sempre foi um dos maiores opositores da guerra liderada pelos Estados Unidos. Os alemães sempre se negaram a enviar soldados ao país, mas tem trabalhado no treinamento da polícia iraquiana, realizado fora do Iraque.
Osthoff e seu motorista, --cuja nacionalidade não está clara-- desapareceram na cidade de Ninawa, a noroeste do país. A rede de TV pública alemã ARD divulgou nesta terça-feira um vídeo dos supostos seqüestradores dizendo que os dois serão mortos, a menos que a Alemanha pare de negociar com o governo iraquiano. A rede de TV mostrou uma foto, obtida das filmagens, que aparentemente mostra Osthoff e o motorista, cercados por três homens mascarados.
Merkel também disse que irá abrir um diálogo "aberto e honesto" com o islã. "Temos que aprender a entender uns aos outros", afirmou a chanceler, perante o Parlamento. "Não vamos esconder as diferenças", disse ela, prometendo combater todas as formas de extremismo, racismo e anti-semitismo.
Economia
Além da política internacional, Merkel também enfrenta o desemprego, e tem como principal desafio restabelecer o crescimento na Alemanha.
"Nosso crescimento não aumentou nos últimos anos. Nossa dívida interna cresceu e está em níveis alarmantes", afirmou a chanceler.
A chanceler disse querer criar condições para que a Alemanha volte a ser um dos países mais desenvolvidos da Europa, nos próximos dez anos. "Vamos romper as amarras que prendem o crescimento (...) deixem-nos mostrar o que é possível".
Considerada atualmente um dos pólos econômicos e políticos da Europa, a Alemanha é o país que sustenta a maior economia do continente --e a terceira maior do mundo, segundo dados do Banco Mundial-- abriga também a maior população, mais de 82 milhões de pessoas.
Mas os números --de dimensões gigantescas-- não afastaram um problema que converte hoje no maior desafio socioeconômico do país: o desemprego, que hoje atinge 11,4% dos alemães economicamente ativos. Em fevereiro último, esse número chegou a 12,6%, um dos mais altos registrados no país, desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Eleições
Merkel se tornou a oitava chanceler alemã pós Segunda Guerra, e subiu ao poder dois meses depois que a coalizão conservadora dos partidos União Democrata Cristã (UDC), e União Social Cristã (CSU) venceu as eleições legislativas ocorridas em 18 de setembro passado, tirando o poder das mãos do Partido Social Democrata (SPD), do ex-chanceler Gerhard Schröder.
O SPD e a UDC tiveram que formar uma coalizão para estabelecer o novo governo alemão, porque a margem de vitória dos conservadores foi muito pequena, e não garantia a maioria necessária no Parlamento alemão.
Em sua primeira semana no governo, Merkel priorizou uma agenda centrada na política internacional. Já visitou França, Bélgica e Reino Unido e afirmou que irá renovar as relações da Alemanha com os Estados Unidos.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Gerhard Schröder
Leia o que já foi publicado sobre Angela Merkel
Leia o que já foi publicado sobre as eleições legislativas alemãs
Em 1º discurso, Merkel promete combater terror e erguer economia alemã
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Em seu primeiro discurso ao Parlamento alemão, desde que assumiu a Chancelaria do país, no último dia 22, Angela Merkel disse que o governo "não será chantageado" pelos seqüestradores da arqueóloga Osthoff, 43, que desapareceu no Iraque na semana passada. A chanceler também afirmou não saber quais foram os motivos que levaram insurgentes iraquianos a raptar a alemã.
O seqüestro da alemã no Iraque ocorre dias depois que Merkel assume o poder, e deflagra uma crise internacional inesperada envolvendo a Alemanha e o Iraque. O governo do país sempre foi um dos maiores opositores da guerra liderada pelos Estados Unidos. Os alemães sempre se negaram a enviar soldados ao país, mas tem trabalhado no treinamento da polícia iraquiana, realizado fora do Iraque.
Osthoff e seu motorista, --cuja nacionalidade não está clara-- desapareceram na cidade de Ninawa, a noroeste do país. A rede de TV pública alemã ARD divulgou nesta terça-feira um vídeo dos supostos seqüestradores dizendo que os dois serão mortos, a menos que a Alemanha pare de negociar com o governo iraquiano. A rede de TV mostrou uma foto, obtida das filmagens, que aparentemente mostra Osthoff e o motorista, cercados por três homens mascarados.
Merkel também disse que irá abrir um diálogo "aberto e honesto" com o islã. "Temos que aprender a entender uns aos outros", afirmou a chanceler, perante o Parlamento. "Não vamos esconder as diferenças", disse ela, prometendo combater todas as formas de extremismo, racismo e anti-semitismo.
Economia
Além da política internacional, Merkel também enfrenta o desemprego, e tem como principal desafio restabelecer o crescimento na Alemanha.
"Nosso crescimento não aumentou nos últimos anos. Nossa dívida interna cresceu e está em níveis alarmantes", afirmou a chanceler.
A chanceler disse querer criar condições para que a Alemanha volte a ser um dos países mais desenvolvidos da Europa, nos próximos dez anos. "Vamos romper as amarras que prendem o crescimento (...) deixem-nos mostrar o que é possível".
Considerada atualmente um dos pólos econômicos e políticos da Europa, a Alemanha é o país que sustenta a maior economia do continente --e a terceira maior do mundo, segundo dados do Banco Mundial-- abriga também a maior população, mais de 82 milhões de pessoas.
Mas os números --de dimensões gigantescas-- não afastaram um problema que converte hoje no maior desafio socioeconômico do país: o desemprego, que hoje atinge 11,4% dos alemães economicamente ativos. Em fevereiro último, esse número chegou a 12,6%, um dos mais altos registrados no país, desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Eleições
Merkel se tornou a oitava chanceler alemã pós Segunda Guerra, e subiu ao poder dois meses depois que a coalizão conservadora dos partidos União Democrata Cristã (UDC), e União Social Cristã (CSU) venceu as eleições legislativas ocorridas em 18 de setembro passado, tirando o poder das mãos do Partido Social Democrata (SPD), do ex-chanceler Gerhard Schröder.
O SPD e a UDC tiveram que formar uma coalizão para estabelecer o novo governo alemão, porque a margem de vitória dos conservadores foi muito pequena, e não garantia a maioria necessária no Parlamento alemão.
Em sua primeira semana no governo, Merkel priorizou uma agenda centrada na política internacional. Já visitou França, Bélgica e Reino Unido e afirmou que irá renovar as relações da Alemanha com os Estados Unidos.
Com agências internacionais
Especial
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