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13/12/2005 - 16h07

Começa votação para iraquianos que vivem no exterior

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da Efe, em Bagdá

Mais de 1,5 milhão de iraquianos que vivem no exterior começaram a ir às urnas nesta terça-feira, dois dias antes da realização das eleições parlamentares no Iraque, que devem encerrar o processo de transição estabelecido pelos Estados Unidos.

Os iraquianos que vivem longe de seu país começaram a votar nos colégios eleitorais abertos em 14 países de todo o mundo sob rígidas medidas de segurança na maioria dos países do Oriente Médio devido ao medo de atentados.

O processo se prolongará até esta quinta-feira (15), dia em que devem acontecer as eleições no Iraque.

Na manhã desta terça-feira, os 12 colégios eleitorais disponibilizados na Jordânia abriram as portas cedo. No entanto, ao meio-dia, poucas pessoas tinham votado. A Jordânia está quatro horas à frente do horário Brasileiro.

Dados não-oficiais calculam que cerca de 500 mil iraquianos vivem com licença de trabalho na Jordânia, mas outras dezenas de milhares permanecem no país de forma ilegal.

Colégios eleitorais

Para facilitar o sucesso do processo, o governo jordaniano permitiu a abertura de dez colégios eleitorais em escolas de Amã, um na cidade de Irbid e outro em Zarqa, de onde procede Abu Musab al Zarqawi, o suposto líder do braço da rede terrorista internacional Al Qaeda no Iraque.

Além disso, representantes dos principais partidos obtiveram autorização para entrar no país e fazer sua campanha eleitoral, apesar de a oposição jordaniana --que é contra a presença militar dos EUA no Iraque-- não ter concordado com isso.

O vice-presidente da Comissão Eleitoral Independente iraquiana, Hamdiyah al Husseini, pediu nesta segunda-feira que todos seus compatriotas que vivem na Jordânia e no resto do mundo participassem de um processo considerado chave para o futuro do país.

Al Husseini ressaltou que recebeu "garantias" das autoridades da Jordânia de que todas as autorizações de residência serão renovadas de forma automática até o fim do processo de votação, que acabará nesta quinta-feira.

Atentado

A votação na Jordânia ocorre sob fortes medidas de segurança, já que no dia 9 de novembro o primeiro triplo atentado suicida da história do país deixou mais de 60 mortos em Amã.

O governo jordaniano culpou pelas explosões um grupo de radicais iraquianos que aparentemente tinha atravessado a fronteira dias antes com explosivos.

As medidas de segurança incluem o fechamento, desde ontem, da passagem fronteiriça de Karameh, que só será reaberta no próximo sábado (17).

Outros países

Na Síria, onde vivem aproximadamente 150 mil iraquianos com direito a voto --e centenas de milhares ilegais, segundo o próprio regime--, poucos cidadãos compareceram para votar nos dez colégios abertos no país, nove em Damasco e um em Aleppo.

Nos Emirados Árabes Unidos, a participação também não foi grande nesta terça-feira, mas a embaixada espera que nos três dias em que os 24 colégios eleitorais disponibilizados no país ficarão abertos seja superado o índice de participação das eleições anteriores.

"Nas últimas eleições, recebemos 34 mil eleitores em Abu Dhabi e cerca de 14 mil em Dubai. Agora, esperamos que estes números aumentem em 35%", afirmou Khaled Mohammed al Barwari, coordenador da Comissão Eleitoral Independente iraquiana nos Emirados Árabes Unidos.

No entanto, os primeiros expatriados a votarem foram alguns dos mais de 20 mil iraquianos que vivem na Austrália.

Os iraquianos que vivem no exterior também poderão escolher a nova Assembléia nos EUA, Áustria, Canadá, Dinamarca, Irã, Suécia, Alemanha, Turquia e Reino Unido.

Esta semana, os iraquianos irão às urnas pela terceira vez, desta vez para eleger um novo Parlamento, do qual sairá um governo que não será mais de transição.

O pleito começou ontem com o voto das forças de segurança, dos doentes e dos presos que não são acusados de crimes de terrorismo.

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