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14/12/2005 - 12h50

EUA vão passar a vigiar prisões comandadas pelo governo do Iraque

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da Folha Online

A um dia das eleições legislativas iraquianas, em que o primeiro governo permanente do país será eleito após a queda de Saddam Hussein (1979-2003), o embaixador americano no Iraque, Zalmay Khalizad, afirmou que o Exército dos Estados Unidos vai vigiar as prisões controladas por iraquianos no país.

Na semana passada, forças americanas invadiram uma prisão mantida pelo governo iraquiano em Bagdá (capital), onde encontraram 625 prisioneiros amontoados em um espaço minúsculo --alguns deles com sinais de abuso e maus-tratos--, segundo o jornal "The New York Times". No mês passado, militares encontraram, dentro de um bunker no prédio do Ministério do Interior, também em Bagdá, ao menos 173 presos, a maioria iraquianos de orientação sunita. Vários deles apresentavam sinais de tortura e maus-tratos.

A declaração de Khalizad, informa o site do jornal "The New York Times" nesta quarta-feira, "sugere que americanos estão perdendo a paciência com o governo transicional liderado pelo primeiro-ministro [iraquiano] Ibrahim al Jaafari no que tange às acusações de tortura".

Torturados

Segundo Khalizad, mais de "cem" dos 173 presos encontrados em novembro sofreram abusos. Na prisão encontrada na semana passada, 26 detidos tinham sinais de maus-tratos. O embaixador americano não deu detalhes sobre quais abusos ou torturas os prisioneiros teriam sofrido.

A maior parte das vítimas encontradas nessas prisões são de origem sunita, e os centros de detenção são controlados atualmente, por lideranças xiitas, eleitas no pleito legislativo ocorrido em janeiro passado como um governo de transição, cuja função foi preparar a nova Constituição iraquiana, e as eleições, que ocorrem amanhã.

O maior partido xiita iraquiano, o Conselho para a Revolução Islâmica do Iraque, controla o Ministério iraquiano do Interior, responsável pelas prisões no país. O atual ministro da pasta, Bayan Jabr, é um dos líderes do partido. Ele já foi acusado inúmeras vezes pelas lideranças sunitas de infiltrar homens da Organização Badr --uma instituição xiita paramilitar-- na polícia iraquiana, e permitir a formação de "esquadrões de extermínio", que teriam sunitas como alvo.

Com agências internacionais

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