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16/12/2005 - 16h40

Comunistas estabelecem condições para apoiar Bachelet no 2º turno

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da Efe

O Partido Comunista (PC) do Chile estabeleceu nesta sexta-feira cinco condições para apoiar a candidata socialista Michelle Bachelet no segundo turno das eleições presidenciais de 15 de janeiro.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira pelo presidente do PC, Guillermo Teillier, que disse que as cinco exigências deverão ser respondidas pela candidata da governante Concertación pela Democracia antes de 29 de dezembro. Caso contrário, seu partido defenderá o voto nulo.

Bachelet, que no último domingo (11) --primeiro turno das eleições presidenciais-- obteve 45,95% dos votos, disputará o segundo turno contra o direitista Sebastián Piñera, do partido Renovação Nacional, que obteve 25,41%.

Segundo os analistas, a socialista precisa atrair os 5,4% conquistados pelo candidato do pacto Juntos Podemos Mais, Tomás Hirsch --que agrupa os comunistas e humanistas--, para garantir a vitória.

Condições

A primeira exigência é a modificação do sistema eleitoral binominal, que impede a representação das minorias no Parlamento, para um sistema eleitoral proporcional, não excludente e representativo.

A segunda é a "mudança das normas trabalhistas, estabelecendo o direito a negociação coletiva para todos os trabalhadores chilenos".

O terceiro ponto é "usar os fundos do atual superávit fiscal para aumentar em 100% o salário mínimo e as aposentadorias por idade e invalidez".

O PC coloca, além disso, que Bachelet deve "dar um sinal concreto de sua disposição de relevar a significação dos problemas das comunidades indígenas".

Ditadura

A candidata socialista deve também se "comprometer com as organizações que defenderam incansavelmente os direitos humanos e melhorar a reparação das vítimas da ditadura".

"Se Michelle Bachelet se comprometer com a concretização destas demandas perante o país, indicando os mecanismos respectivos de solução, estaremos disponíveis, no interesse do Chile, para apoiar sua candidatura", afirmou o dirigente.

"Se não for o caso, chamaremos a anular o voto e os cidadãos saberão o que fazer em janeiro próximo", concluiu o texto.

Com esta medida, os comunistas divergem do Partido Humanista, que nesta semana, pediu o voto nulo no segundo turno de 15 de janeiro.

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