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19/12/2005 - 14h50

Em 10 anos, Evo Morales passou de dirigente camponês a presidente

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da Efe, em La Paz

O ganhador das eleições presidenciais bolivianas, o indígena Evo Morales, iniciou sua carreira pública em 1993, quando foi eleito presidente do Conselho Andino de Produtores de coca.

Veja outros atos relevantes em sua carreira e no país:

1994: Ocupa a Presidência das Cinco Federações do Trópico de Cochabamba e, desde então, lidera o movimento de oposição à erradicação do cultivo da coca.

1997: Chega à política ao ser eleito deputado pela coalizão Esquerda Unida (IU).

Janeiro de 2002: É expulso do Congresso por uma suposta falta de ética parlamentar.

Março de 2002: Proclamado candidato do Movimento Ao Socialismo (MAS) para as eleições presidenciais de junho.

30 de junho de 2002: É o segundo candidato mais votado nas eleições (com 20,94% dos votos) atrás de Gonzalo Sánchez de Lozada (22,46%), que finalmente é proclamado presidente, em agosto, pelo Congresso.

Fevereiro de 2003: A Bolívia vive uma crise que resulta em mais de 30 mortos, em um período no qual Morales lidera o Estado-Maior do Povo (EMP), integrado por sindicatos e partidos políticos socialistas que reivindicam a renúncia do presidente Sánchez de Lozada.

Setembro/outubro de 2003: É um dos líderes da revolta social que tem sua origem na oposição à exportação de gás aos Estados Unidos e ao México, e que leva, no dia 17 de outubro (após um mês de distúrbios nos quais mais de 60 pessoas morrem), à renúncia de Sánchez de Lozada e à nomeação de Carlos Mesa como novo presidente.

14 de março de 2004 : Mesa convoca plebiscito para a reforma do setor dos hidrocarbonetos.

22 de junho de 2004: A cidade de Santa Cruz é cenário de uma manifestação que reúne cerca de 400 mil pessoas para reivindicar um regime autônomo.

18 de julho de 2004: Realização do plebiscito que aprova a revogação da Lei de Hidrocarbonetos vigente e apóia a política energética do Governo.

Outubro de 2004: O Congresso inicia o debate da Lei de Hidrocarbonetos sobre dois projetos, um do Executivo, que é rejeitado, e outro elaborado por uma comissão legislativa, que é aceito 'em geral' pela Câmara.

30 de dezembro de 2004: O governo aprova altas de 10% no preço da gasolina e de 23% no do gasóleo --matéria-prima das unidades de craqueamento, onde é produzido o GLP (gás de cozinha).

Janeiro de 2005: Acontecem protestos contra a alta dos combustíveis. No departamento de Santa Cruz, as manifestações resultam na reivindicação de um governo autônomo.

entre 10 e 13 janeiro de 2005: A cidade de El Alto realiza uma greve geral para exigir a expulsão da empresa Aguas del Illimani, filial do grupo francês Suez. A paralisação só acaba quando o governo aceita rescindir o contrato.

20 de janeiro de 2005: Mesa rebaixa a alta do gasóleo para 15%.

29 de janeiro de 2005: Um grande encontro em Santa Cruz aprova a organização de um governo regional autônomo.

28 de fevereiro de 2005: São retomadas as interrupções e bloqueios de estradas para reivindicar que a nova Lei de Hidrocarbonetos eleve os royalties --preço pago pelas empresas diretamente ao Estado pela exploração de recursos naturais-- de 18% para 50% sobre a extração de petróleo e gás.

Março de 2005: O MAS, liderado por Morales, incita os bloqueios de estradas e as manifestações que reivindicam maiores aumentos dos impostos para as multinacionais petrolíferas. Os protestos levam Mesa a apresentar a renúncia, embora isso tenha sido rejeitado pelo Congresso.

Maio/Junho de 2005: Morales lidera as manifestações populares que acabavam provocando a saída do presidente Mesa e sua substituição, no dia 9 de junho, por Eduardo Rodríguez.

31 de julho de 2005: Evo Morales é eleito candidato à Presidência da Bolívia pelas organizações sociais e sindicais que formam o MAS, após ter recebido, dias antes, o apoio dos principais sindicatos produtores de coca.

Setembro de 2005: O líder indígena é apontado como o favorito nas pesquisas eleitorais.

18 de dezembro de 2005/b>: Morales vence as eleições.

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