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20/12/2005
-
13h14
da Efe, em Nova York
da Folha Online
A Prefeitura de Nova York montou no Brooklyn um centro de emergências onde coordena, desde o início desta madrugada, um plano de contingência para evitar o caos e a desordem durante a greve que afeta todo o sistema de transporte público da cidade, e prejudica mais de 7 milhões de usuários de ônibus, trem e metrô.
Desde 3h (6h de Brasília), pararam de funcionar o metrô e os ônibus da cidade, que formam a rede de transportes mais complexa dos Estados Unidos. A greve foi decidida depois que a União dos Trabalhadores dos Transportes rejeitaram uma oferta do governo para que os 34 mil trabalhadores não parassem, mas autoridades e representantes da classe não conseguiram chegar a um acordo.
Com a aproximação do Natal e o aumento da circulação de pessoas e turistas na cidade, a greve poderá custar aos cofres públicos US$ 400 milhões ao dia.
A maior parte dos nova-iorquinos ficaram sem outros meios de transporte para chegar ao trabalho senão o próprio carro ou táxi, mas alguns foram de bicicleta, apesar das baixas temperaturas registradas na cidade -- que chegam a 5ºC abaixo de zero.
O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, recomendou aos nova-iorquinos ir a pé ao trabalho, como ele mesmo fez. Recomendou o trajeto que passa pela ponte que liga Brooklyn à Manhattan. O prefeito passou a noite no Centro de Gestão de Emergências, onde representantes das agências federais, a polícia e autoridades locais tentam coordenar o plano de contingência da greve.
Tráfego
Para evitar congestionamentos, a prefeitura proibiu que veículos transportando menos de quatro passageiros entrassem em Manhattan entre às 5h e 11h (8h e 14h de Brasília). Agentes policiais também foram posicionados na entrada de Nova York, e são obrigados a verificar se os carros estão com o número recomendado de passageiros.
Além disso, há restrição à entrada de veículos de distribuição de mercadorias, e várias avenidas e ruas principais foram reservadas para o uso exclusivo de emergências, ou seja, para a passagem de ambulâncias e carros policiais.
Os táxis e outros veículos pagos, como limusines, foram autorizados a pegar vários passageiros em um mesmo trajeto, e houve o reforço dos serviços para chegar à cidade por meios alternativos, como balsas e determinados trens que não participam da greve.
Grandes corporações e empresas contrataram serviços alternativos para facilitar o deslocamento de seus funcionários, e algumas empresas permitiram que seus funcionários trabalhem de casa.
Empresas que operam em Wall Street também se mobilizaram para evitar que a greve prejudique as atividades diárias dos mercados financeiros.
A Associação das Empresas de Valores Mobiliários planeja fretar ônibus para transportar os cerca de 12 mil funcionários nas grandes corretoras, bancos de investimento e casas de câmbio para seus locais de trabalho em Manhattan, segundo o jornal "The Wall Street Journal".
Reivindicação
Uma greve parcial foi iniciada nesta segunda-feira, quando mais de 700 trabalhadores de duas empresas privadas de Nova York entraram em greve, e prejudicaram 50 mil usuários do Queens.
A União dos Trabalhadores dos Transportes --entidade de classe que representa os funcionários que trabalham nesse setor-- e o governo local têm se confrontado há meses. Os trabalhadores querem aumento de salário, seguro-saúde e aposentadoria sem ter que pagar a mais por isso. Autoridades dizem, entretanto, que é necessário haver contenção de despesas, apesar de a Autoridade Metropolitana dos Transportes, entidade do governo responsável pelo setor, ter registrado lucro de US$ 1 bilhão.
Em um discurso realizado nesta terça-feira, o prefeito nova-iorquino pediu ao sindicato que aceitasse a proposta da empresa. Para Bloomberg, os empregados do setor público e privado devem fazer frente a um "novo mundo", no qual os custos previdenciários e de saúde são muito elevados e no qual os empresários não podem dar-se ao luxo de serem tão generosos.
"Os trabalhadores dos transportes estão cansados de serem depreciados e desrespeitados", afirmou o presidente da união, Roger Toussaint. De acordo com Ainsley Stewart, vice-presidente da organização dos trabalhadores, logo após a greve ser decidida, na noite desta segunda-feira, Peter Kalikow, presidente da Autoridade Metropolitana dos Transportes ameaçou os trabalhadores dizendo que as leis americanas proíbem funcionários públicos de fazer greve.
Especial
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Nova York inicia plano para evitar caos após greve nos transportes
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da Folha Online
A Prefeitura de Nova York montou no Brooklyn um centro de emergências onde coordena, desde o início desta madrugada, um plano de contingência para evitar o caos e a desordem durante a greve que afeta todo o sistema de transporte público da cidade, e prejudica mais de 7 milhões de usuários de ônibus, trem e metrô.
Desde 3h (6h de Brasília), pararam de funcionar o metrô e os ônibus da cidade, que formam a rede de transportes mais complexa dos Estados Unidos. A greve foi decidida depois que a União dos Trabalhadores dos Transportes rejeitaram uma oferta do governo para que os 34 mil trabalhadores não parassem, mas autoridades e representantes da classe não conseguiram chegar a um acordo.
Shannon Stapleton/Reuters |
Passageiros esperam em fila nesta manhã para tentar embarcar em trem |
A maior parte dos nova-iorquinos ficaram sem outros meios de transporte para chegar ao trabalho senão o próprio carro ou táxi, mas alguns foram de bicicleta, apesar das baixas temperaturas registradas na cidade -- que chegam a 5ºC abaixo de zero.
O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, recomendou aos nova-iorquinos ir a pé ao trabalho, como ele mesmo fez. Recomendou o trajeto que passa pela ponte que liga Brooklyn à Manhattan. O prefeito passou a noite no Centro de Gestão de Emergências, onde representantes das agências federais, a polícia e autoridades locais tentam coordenar o plano de contingência da greve.
Tráfego
Para evitar congestionamentos, a prefeitura proibiu que veículos transportando menos de quatro passageiros entrassem em Manhattan entre às 5h e 11h (8h e 14h de Brasília). Agentes policiais também foram posicionados na entrada de Nova York, e são obrigados a verificar se os carros estão com o número recomendado de passageiros.
Além disso, há restrição à entrada de veículos de distribuição de mercadorias, e várias avenidas e ruas principais foram reservadas para o uso exclusivo de emergências, ou seja, para a passagem de ambulâncias e carros policiais.
Os táxis e outros veículos pagos, como limusines, foram autorizados a pegar vários passageiros em um mesmo trajeto, e houve o reforço dos serviços para chegar à cidade por meios alternativos, como balsas e determinados trens que não participam da greve.
Grandes corporações e empresas contrataram serviços alternativos para facilitar o deslocamento de seus funcionários, e algumas empresas permitiram que seus funcionários trabalhem de casa.
Empresas que operam em Wall Street também se mobilizaram para evitar que a greve prejudique as atividades diárias dos mercados financeiros.
A Associação das Empresas de Valores Mobiliários planeja fretar ônibus para transportar os cerca de 12 mil funcionários nas grandes corretoras, bancos de investimento e casas de câmbio para seus locais de trabalho em Manhattan, segundo o jornal "The Wall Street Journal".
Reivindicação
Uma greve parcial foi iniciada nesta segunda-feira, quando mais de 700 trabalhadores de duas empresas privadas de Nova York entraram em greve, e prejudicaram 50 mil usuários do Queens.
A União dos Trabalhadores dos Transportes --entidade de classe que representa os funcionários que trabalham nesse setor-- e o governo local têm se confrontado há meses. Os trabalhadores querem aumento de salário, seguro-saúde e aposentadoria sem ter que pagar a mais por isso. Autoridades dizem, entretanto, que é necessário haver contenção de despesas, apesar de a Autoridade Metropolitana dos Transportes, entidade do governo responsável pelo setor, ter registrado lucro de US$ 1 bilhão.
Em um discurso realizado nesta terça-feira, o prefeito nova-iorquino pediu ao sindicato que aceitasse a proposta da empresa. Para Bloomberg, os empregados do setor público e privado devem fazer frente a um "novo mundo", no qual os custos previdenciários e de saúde são muito elevados e no qual os empresários não podem dar-se ao luxo de serem tão generosos.
"Os trabalhadores dos transportes estão cansados de serem depreciados e desrespeitados", afirmou o presidente da união, Roger Toussaint. De acordo com Ainsley Stewart, vice-presidente da organização dos trabalhadores, logo após a greve ser decidida, na noite desta segunda-feira, Peter Kalikow, presidente da Autoridade Metropolitana dos Transportes ameaçou os trabalhadores dizendo que as leis americanas proíbem funcionários públicos de fazer greve.
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