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25/12/2005 - 10h01

Um ano depois, Ásia lembra tsunami mais devastador da história

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da France Presse, em Hong Kong

Às 7h58 do dia 26 de dezembro de 2004 (22h58 do dia anterior, no horário de Brasília), a terra tremeu subitamente diante da Província indonésia de Aceh, originando uma onda gigantesca de mais de 15 metros de altura que se estendeu a todo o litoral do oceano Índico.

Um ano depois, ainda não se conhece com precisão o número de mortos. A organização humanitária Caritas mencionou recentemente 400 mil, mas a cifra oficial é de 220 mil mortos.

A Indonésia é o país mais afetado porque está mais próximo do hipocentro do sismo de mais de 9 graus de magnitude que provocou o tsunami, onde são estimados 170 mil mortos ou desaparecidos.

Já no Sri Lanka o total de vítimas ainda varia: 21 mil, segundo a polícia, 41 mil, de acordo com o Ministério de Segurança Pública, e 31 mil, nas contas de organizações humanitárias.

A Índia contabiliza 16 mortos mortos e desaparecidos, e a Tailândia, 5.395 mortos confirmados, entre eles 2.248 estrangeiros de 37 nacionalidades diferentes que se somam a 2.817 desaparecidos.

Outros países

Entre os outros países asiáticos atingidos estão as ilhas Maldivas (82 mortos e 26 desaparecidos), Malásia (68 mortos), Birmânia (61 mortos) e Bangladesh (dois mortos).

O maremoto chegou também à África oriental, onde deixou 298 mortos na Somália, dez na Tanzânia e um no Quênia, enquanto outros 50 países anunciam também várias vítimas, já que muitos turistas foram atingidos.

Centenas de milhares de pessoas ainda estão sem seus lares vivendo em alojamentos cedidos por serviços humanitários.

Na Indonésia, 60 mil pessoas moram em barracas e outras 100 mil em outros tipos de alojamento temporário.

No Sri Lanka, onde 100 mil lares foram devastados, mais de 1 milhão de pessoas foram afetadas, e hoje vivem em mais de 53 mil "unidades de alojamento provisório".

Crianças

O maremoto vitimou particularmente os mais jovens, que hoje são chamados de "filhos do tsunami". Na Província indonésia de Aceh (noroeste) 2.400 crianças perderam os pais e pelo menos outros 20 mil.000 apresentam problemas psicológicos causados pelo trauma.

A Tailândia abriga 1.200 órfãos do tsunami, e não há cifras oficiais para muitos países.

Embora os serviços de emergência tenham sido descritos como um êxito, com uma mobilização sem precedentes da comunidade internacional, a ajuda a longo prazo é mais problemática, já que grande parte dos US$ 10 bilhões de dólares doados continuam sem ser utilizados.

Ajuda

Até agora, o doador mais generoso é o Japão, que já repassou os US$ 500 milhões prometidos. No entanto, um terço desta soma ainda está depositada em contas bancárias à espera de planos efetivos por parte dos países afetados para a utilização desse valor.

Os Estados Unidos, que haviam prometido US$ 350 milhões, enviaram US$ 137 milhões, segundo números das Nações Unidas. A Austrália, que prometera, US$ 759 milhões, entregou até agora 36 milhões.

Em relação ao ambiente, o maremoto também arrasou o ecossistema, e poucas medidas foram aplicadas para suavizar estes danos. Em Aceh, os manguezais --verdadeiros "cinturões verdes" litorâneos e lugares de reprodução privilegiados de peixes-- foram arrastados. Na Tailândia, foram afetados mais de 13% dos recifes de coral do mar de Adamans (sul).

Pouco a pouco, um ano depois da tragédia, os turistas voltam a viajar às zonas devastadas, algumas das quais --como as ilhas Maldivas ou as praias idílicas do sul da Tailândia-- ainda são localidades turísticas consideradas excepcionais.

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