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08/01/2006
-
15h04
da France Presse, em Buenos Aires
A ditadura Argentina (1976-1983) tinha um plano para fabricar bombas atômicas e capacidade técnica para isso, mas a idéia foi eliminada pouco antes da frustrada tentativa militar de 1982 de recuperar a soberania sobre as ilhas Malvinas das mãos do Reino Unido, segundo uma investigação publicada neste domingo pelo jornal "Clarín".
Tratava-se de um plano do Exército, secreto e paralelo ao programa pacífico da então Comissão Nacional de Energia Atômica (CNEA), administrado no contexto da Guerra Fria e de uma corrida armamentista com o Brasil, muito antes de a Argentina assinar o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP).
Por ordem do ditador Leopoldo Galtieri, o mesmo que decidiria, depois, ocupar as Malvinas, um grupo de engenheiros e físicos militares desenhou em segredo entre 1980 e 1982 o projeto de um laboratório para elaborar o plutônio e um refletor de nêutrons, necessários para fazer uma bomba atômica.
À frente do projeto foi designado o coronel Ricardo Rapacioli (falecido no ano de 2000), doutorado em física no Centro Atômico de Bariloche (Argentina) e com estudos sobre metalurgia nos Estados Unidos, na França, na Bélgica e na Índia.
O documento que confirma a existência do plano é o currículo militar reservado de Rapacioli, obtido através dos arquivos colocados à disposição pública, trâmite possível na Argentina desde 2003 depois de um decreto do presidente Néstor Kirchner.
O currículo informa que, sob o título "capacitação de aplicação militar", Rapacioli realizou tarefas relacionadas à energia "nuclear, referentes à explosão nuclear" precisando que planejou o mencionado laboratório.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a ditadura na Argentina
Ditadura argentina tinha plano de fazer bomba atômica nos anos 80
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A ditadura Argentina (1976-1983) tinha um plano para fabricar bombas atômicas e capacidade técnica para isso, mas a idéia foi eliminada pouco antes da frustrada tentativa militar de 1982 de recuperar a soberania sobre as ilhas Malvinas das mãos do Reino Unido, segundo uma investigação publicada neste domingo pelo jornal "Clarín".
Tratava-se de um plano do Exército, secreto e paralelo ao programa pacífico da então Comissão Nacional de Energia Atômica (CNEA), administrado no contexto da Guerra Fria e de uma corrida armamentista com o Brasil, muito antes de a Argentina assinar o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP).
Por ordem do ditador Leopoldo Galtieri, o mesmo que decidiria, depois, ocupar as Malvinas, um grupo de engenheiros e físicos militares desenhou em segredo entre 1980 e 1982 o projeto de um laboratório para elaborar o plutônio e um refletor de nêutrons, necessários para fazer uma bomba atômica.
À frente do projeto foi designado o coronel Ricardo Rapacioli (falecido no ano de 2000), doutorado em física no Centro Atômico de Bariloche (Argentina) e com estudos sobre metalurgia nos Estados Unidos, na França, na Bélgica e na Índia.
O documento que confirma a existência do plano é o currículo militar reservado de Rapacioli, obtido através dos arquivos colocados à disposição pública, trâmite possível na Argentina desde 2003 depois de um decreto do presidente Néstor Kirchner.
O currículo informa que, sob o título "capacitação de aplicação militar", Rapacioli realizou tarefas relacionadas à energia "nuclear, referentes à explosão nuclear" precisando que planejou o mencionado laboratório.
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