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10/01/2006
-
08h13
da France Presse, em Viena
da Folha Online
O Irã retirou todos os lacres que selavam os centros de Pesquisa e Desenvolvimento nuclear do país e retomou as atividades nesse campo, informou nesta terça-feira o subdiretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
O governo iraniano havia anunciado na semana passada que retomaria a pesquisa nuclear do ciclo do combustível, um processo ligado ao enriquecimento de urânio, pondo fim a uma suspensão de dois anos. A decisão do Irã pode dificultar ainda mais as relações do país com os Estados Unidos --que acusam o governo iraniano de querer desenvolver armas atômicas de destruição em massa-- e com representantes da União Européia (UE) que negociam o fim do programa nuclear em troca de cooperação econômica e tecnológica.
O governo dos EUA ameaça levar o Irã ao Conselho de Segurança da ONU a fim de que sanções econômicas e diplomáticas sejam impostas ao país, caso o programa nuclear seja levado adiante.
Membros do governo da Áustria, na Presidência rotativa da União Européia (UE) até o fim do primeiro semestre de 2006, expressara nesta segunda-feira sua preocupação com a decisão do governo iraniano, e não descartaram a possibilidade de aplicar sanções contra o país "no futuro", embora tenha reconhecido que ainda não chegou o momento de considerar medidas desse tipo.
O presidente da AIEA, o prêmio Nobel da Paz Mohammed El Baradei, já advertiu que tanto ele como a comunidade internacional começaram a "perder a paciência".
Retomada
O Irã interrompeu seu programa de pesquisa nuclear no final de 2003, quando o país era governado por moderados, como gesto de boa vontade destinado a facilitar as negociações com a UE sobre suas polêmicas ambições nucleares.
No entanto, a chegada ao poder, em meados do ano passado, da corrente ultraconservadora do atual presidente, Mahmoud Ahmadinejad, instalou a política de desafio e interrompeu a negociação entre Irã e a tríade européia composta por Alemanha, França e o Reino Unido.
A primeira decisão polêmica do novo governante foi retomar em agosto a primeira fase do enriquecimento de urânio, que também tinha sido interrompida pelos moderados.
Pesquisas
A pesquisa de combustíveis nucleares pode incluir testes em pequena escala com processos atômicos, incluindo o enriquecimento de urânio, que já foi realizado pelo Irã.
A AIEA descobriu que, em 2003, o Irã realizou uma pesquisa atômica em segredo, o que incluiu o enriquecimento de urânio, aparentemente feito desde a década de 80. Apesar disso, a agência não tem provas de que o governo iraniano tenha trabalhado para construir armas de destruição em massa.
Em contrapartida, o governo do Irã diz que o programa nuclear desenvolvido tem fins pacíficos. No ano passado, os iranianos suspenderam o programa de processamento e enriquecimento de urânio, após um acordo com uma equipe formada por britânicos, alemães e franceses, que representam a UE.
Em agosto passado, o governo iraniano retomou suas atividades nucleares na usina de Isfahan. A ação fez com que a UE interrompesse as negociações o país.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o programa nuclear iraniano
Irã rompe lacres e retoma pesquisa nuclear
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da Folha Online
O Irã retirou todos os lacres que selavam os centros de Pesquisa e Desenvolvimento nuclear do país e retomou as atividades nesse campo, informou nesta terça-feira o subdiretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
O governo iraniano havia anunciado na semana passada que retomaria a pesquisa nuclear do ciclo do combustível, um processo ligado ao enriquecimento de urânio, pondo fim a uma suspensão de dois anos. A decisão do Irã pode dificultar ainda mais as relações do país com os Estados Unidos --que acusam o governo iraniano de querer desenvolver armas atômicas de destruição em massa-- e com representantes da União Européia (UE) que negociam o fim do programa nuclear em troca de cooperação econômica e tecnológica.
O governo dos EUA ameaça levar o Irã ao Conselho de Segurança da ONU a fim de que sanções econômicas e diplomáticas sejam impostas ao país, caso o programa nuclear seja levado adiante.
Membros do governo da Áustria, na Presidência rotativa da União Européia (UE) até o fim do primeiro semestre de 2006, expressara nesta segunda-feira sua preocupação com a decisão do governo iraniano, e não descartaram a possibilidade de aplicar sanções contra o país "no futuro", embora tenha reconhecido que ainda não chegou o momento de considerar medidas desse tipo.
O presidente da AIEA, o prêmio Nobel da Paz Mohammed El Baradei, já advertiu que tanto ele como a comunidade internacional começaram a "perder a paciência".
Retomada
O Irã interrompeu seu programa de pesquisa nuclear no final de 2003, quando o país era governado por moderados, como gesto de boa vontade destinado a facilitar as negociações com a UE sobre suas polêmicas ambições nucleares.
No entanto, a chegada ao poder, em meados do ano passado, da corrente ultraconservadora do atual presidente, Mahmoud Ahmadinejad, instalou a política de desafio e interrompeu a negociação entre Irã e a tríade européia composta por Alemanha, França e o Reino Unido.
A primeira decisão polêmica do novo governante foi retomar em agosto a primeira fase do enriquecimento de urânio, que também tinha sido interrompida pelos moderados.
Pesquisas
A pesquisa de combustíveis nucleares pode incluir testes em pequena escala com processos atômicos, incluindo o enriquecimento de urânio, que já foi realizado pelo Irã.
A AIEA descobriu que, em 2003, o Irã realizou uma pesquisa atômica em segredo, o que incluiu o enriquecimento de urânio, aparentemente feito desde a década de 80. Apesar disso, a agência não tem provas de que o governo iraniano tenha trabalhado para construir armas de destruição em massa.
Em contrapartida, o governo do Irã diz que o programa nuclear desenvolvido tem fins pacíficos. No ano passado, os iranianos suspenderam o programa de processamento e enriquecimento de urânio, após um acordo com uma equipe formada por britânicos, alemães e franceses, que representam a UE.
Em agosto passado, o governo iraniano retomou suas atividades nucleares na usina de Isfahan. A ação fez com que a UE interrompesse as negociações o país.
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