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10/01/2006
-
12h17
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
O vice-presidente da República e ministro da Defesa, José Alencar, defendeu nesta terça-feira a manutenção das tropas brasileiras no Haiti e disse que não é hora de recuar, mas de superar os problemas.
Segundo ele, o país precisa reafirmar sua posição no cenário internacional, permanecendo no comando da missão de estabilização no Haiti mesmo após a morte do chefe da operação, o general brasileiro Urano Teixeira da Matta Bacellar.
"No momento em que acontece isso, nós não podemos encontrar condições para discutir, para questionar a missão de paz do Brasil no Haiti ou em qualquer outro lugar. Não é hora para isso", disse Alencar ao ser questionado se com a morte de Bacellar não seria o momento de repensar a participação brasileira na missão.
O general Bacellar foi encontrado morto, com um tiro, na varanda do hotel onde estava hospedado em Porto Príncipe, capital do Haiti. Até o momento, as causas de sua morte não foram esclarecidas, mas peritos trabalham com três possibilidades: acidente com arma de fogo, assassinato e suicídio.
"Houve um problema, e nós temos que obviamente superar esse problema. E superar o problema é nos mantermos lá e nos mantermos no comando, que é o que nós desejamos", completou.
Mesmo reconhecendo que existem posições divergentes da sua com relação à permanência das tropas brasileiras no Haiti, Alencar reafirmou que "não é hora de falar disso [deixar o Haiti]", o que segundo ele "não seria patriótico".
Ele evitou comentar um possível aumento das pressões políticas para a retirada das tropas brasileiras, o que considerou "ilações", e disse confiar que "os parlamentares são absolutamente lúcidos para perceber que é hora do Brasil afirmar sua posição no contexto internacional". O Congresso Nacional precisa aprovar oficialmente a permanência do Brasil na missão.
"Nós temos na Câmara dos Deputados 513 parlamentares, cada um tem o seu posicionamento. Nós estamos vivendo, graças a Deus, num regime democrático. Cada um tem o direito de pensar e dizer o que quiser. Mas eu digo para vocês: não é hora de nós falarmos nisso por razões óbvias", disse.
Essas razões, segundo o próprio vice-presidente, estariam relacionadas principalmente à imagem do Brasil no Exterior. "O momento não é adequado para que nós façamos qualquer tipo de questionamento em relação à missão. O momento é absolutamente indicado para que nós fortaleçamos nossa participação e obviamente a nossa imagem", disse.
Ao comandar a missão no Haiti, o Brasil espera ver atendido seu pleito de assumir uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). O país participa no momento, segundo o comandante do Exército, general Francisco Albuquerque, de nove missões militares internacionais.
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da Folha Online, em Brasília
O vice-presidente da República e ministro da Defesa, José Alencar, defendeu nesta terça-feira a manutenção das tropas brasileiras no Haiti e disse que não é hora de recuar, mas de superar os problemas.
Sérgio Lima/Folha Imagem |
O vice-presidente e ministro da Defesa José Alencar |
"No momento em que acontece isso, nós não podemos encontrar condições para discutir, para questionar a missão de paz do Brasil no Haiti ou em qualquer outro lugar. Não é hora para isso", disse Alencar ao ser questionado se com a morte de Bacellar não seria o momento de repensar a participação brasileira na missão.
O general Bacellar foi encontrado morto, com um tiro, na varanda do hotel onde estava hospedado em Porto Príncipe, capital do Haiti. Até o momento, as causas de sua morte não foram esclarecidas, mas peritos trabalham com três possibilidades: acidente com arma de fogo, assassinato e suicídio.
"Houve um problema, e nós temos que obviamente superar esse problema. E superar o problema é nos mantermos lá e nos mantermos no comando, que é o que nós desejamos", completou.
Mesmo reconhecendo que existem posições divergentes da sua com relação à permanência das tropas brasileiras no Haiti, Alencar reafirmou que "não é hora de falar disso [deixar o Haiti]", o que segundo ele "não seria patriótico".
Ele evitou comentar um possível aumento das pressões políticas para a retirada das tropas brasileiras, o que considerou "ilações", e disse confiar que "os parlamentares são absolutamente lúcidos para perceber que é hora do Brasil afirmar sua posição no contexto internacional". O Congresso Nacional precisa aprovar oficialmente a permanência do Brasil na missão.
"Nós temos na Câmara dos Deputados 513 parlamentares, cada um tem o seu posicionamento. Nós estamos vivendo, graças a Deus, num regime democrático. Cada um tem o direito de pensar e dizer o que quiser. Mas eu digo para vocês: não é hora de nós falarmos nisso por razões óbvias", disse.
Essas razões, segundo o próprio vice-presidente, estariam relacionadas principalmente à imagem do Brasil no Exterior. "O momento não é adequado para que nós façamos qualquer tipo de questionamento em relação à missão. O momento é absolutamente indicado para que nós fortaleçamos nossa participação e obviamente a nossa imagem", disse.
Ao comandar a missão no Haiti, o Brasil espera ver atendido seu pleito de assumir uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). O país participa no momento, segundo o comandante do Exército, general Francisco Albuquerque, de nove missões militares internacionais.
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