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21/01/2006 - 08h59

Relatório isenta policiais pela morte de Jean Charles, diz jornal

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da Folha Online

O relatório final da investigação sobre a morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, 27, confundido com um terrorista no metrô de Londres, não culpa nenhum dos dez agentes das forças de segurança envolvidos na trágica operação antiterrorista. Jean Charles morreu baleado em um trem na estação de Stockwell, em 22 de julho do ano passado.

Arquivo pessoal
Jean Charles, morto pela polícia em Londres
De acordo com a edição vespertina desta sexta-feira do jornal "Evening Standard", o informe da Comissão Independente de Queixas Policiais (IPCC, na sigla em inglês) não aponta ninguém em especial, mas aborda temas que devem ser agora estudos pela promotoria da Coroa britânica.

Os dez agentes podem, entretanto, ter que responder por crime se a promotoria assim decidir, explica o diário.

Para o "Evening Standard", o fato de o relatório sugerir que ninguém é culpado pela morte de Jean Charles aumenta as pressões sobre o comissário-chefe da Scotland Yard, Ian Blair, para que ele assuma a responsabilidade pelo erro.

Conclusão

O IPCC entregou nesta quinta-feira o relatório de suas investigações à promotoria. Com a entrega, a comissão encerra a investigação de quase seis meses sobre a morte do brasileiro, que recebeu sete tiros na cabeça.

O órgão informou que as conclusões da comissão sobre o assassinato de não serão publicadas antes de serem examinadas pela promotoria. A família de Menezes não receberá cópia do relatório.

A IPCC se recusou a adiantar os resultados da investigação e a natureza dos crimes que a promotoria irá examinar, mas o "Evening Standard" diz ter tido acesso a uma cópia do documento.

Entenda

Jean Charles de Menezes foi morto na estação de metrô de Stockwell, no sul de Londres, após ter sido confundido por policiais com um homem bomba prestes a se explodir.

O brasileiro morreu duas semanas após os atentados no sistema de transportes de Londres que mataram 52 pessoas, no dia 7 de julho, e um dia após os atentados frustrados do dia 21 de julho.

Na ocasião, a polícia havia justificado a morte de Jean dizendo que ele havia sido seguido ao deixar um prédio sob vigilância policial, estava vestido com uma jaqueta suspeita, havia corrido na estação ao ser abordado pelos policiais e que teria pulado a catraca ao entrar na estação.

Porém informações divulgadas posteriormente no inquérito oficial sobre a morte contradisseram a versão policial. A Polícia Metropolitana reconheceu que ele trafegava normalmente na estação de metrô, a caminho do trabalho, e que sua morte foi um "trágico erro."

Com agências internacionais

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