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26/01/2006
-
15h43
da Folha Online
O grupo extremista palestino Hamas conquistou a maioria absoluta nas eleições legislativas palestinas desta quarta-feira, conquistando 76 das 132 cadeiras do Parlamento, de acordo com resultados oficiais. O Fatah garantiu apenas 46 assentos.
O primeiro-ministro palestino, Ahmed Korei, renunciou ao cargo logo após as primeiras indicações que o hamas teria vencido as eleições. O resultado contraria as expectativas pela permanência do Fatah no poder. Ontem pesquisa de boca-de-urna indicava que o Fatah teria conquistado 58 cadeiras do Parlamento, contra 53 do Hamas.
O Fatah controla a atual assembléia, compostas por 88 membros. A nova lei eleitoral reformulada pelo presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, aumentou o número de cadeiras para 132.
Nas eleições desta quarta-feira, 66 legisladores foram escolhidos por distrito e outros 66 por uma lista nacional.
A participação foi alta na votação, quase 78% do 1,3 milhão de eleitores compareceram às urnas. Mais de 13 mil policiais foram destacados para garantir a segurança nos postos eleitorais. Não houve registro de incidentes.
Negociações
Seguidores do Hamas foram às ruas para celebrar a vitória. Em Rafah, ao sul de Gaza, partidários do grupo atiravam para o alto e entregavam balas para comemorar o resultado. Outros buzinavam e acenavam com bandeiras do movimento pelas janelas dos veículos.
Um governo do Hamas, sem o Fatah atuando como força moderada, prejudicaria os esforços de Abbas para a retomada das negociações de paz com Israel. O grupo extremista-- que realizou dezenas de ataques contra israelenses e prega a destruição do Estado de Israel---se opõe às negociações e se recusa a abandonar as armas.
O legislador do Fatah Saeb Erekat afirmou nesta quinta-feira que seu partido não deseja fazer parte de um governo controlado pelo Hamas. "Nós formaremos uma oposição e reestruturaremos o partido", afirmou.
No entanto, Nabil Shaath, outro membro do Fatah, disse que seu partido tomará uma decisão a respeito até o final do dia.
Reação
Autoridades israelenses se recusaram a comentar a vitória do Hamas, mas altos membros da segurança israelense se reuniram nesta quinta-feira para discutir os resultados. O primeiro-ministro interino, Ehud Olmert, marcou uma reunião com membros do governo, que deve acontecer hoje.
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, afirmou nesta quinta-feira que a posição dos EUA em relação ao Hamas "não mudou", apesar de o grupo ter vencido as eleições palestinas. Os EUA e a Europa consideram o Hamas uma organização terrorista.
"Como já dissemos, não é possível manter um pé na política e outro no terrorismo. Nossa posição em relação ao Hamas não mudou", afirmou Rice por videoconferência no Fórum Econômico Mundial, que acontece na Suíça.
Rice admitiu que as eleições "foram justas" e tiveram "alta participação".
O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, qualificou a vitória do Hamas como um resultado "muito, muito ruim."
Com agências internacionais
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Hamas conquista 76 das 132 cadeiras do Parlamento palestino
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O grupo extremista palestino Hamas conquistou a maioria absoluta nas eleições legislativas palestinas desta quarta-feira, conquistando 76 das 132 cadeiras do Parlamento, de acordo com resultados oficiais. O Fatah garantiu apenas 46 assentos.
O primeiro-ministro palestino, Ahmed Korei, renunciou ao cargo logo após as primeiras indicações que o hamas teria vencido as eleições. O resultado contraria as expectativas pela permanência do Fatah no poder. Ontem pesquisa de boca-de-urna indicava que o Fatah teria conquistado 58 cadeiras do Parlamento, contra 53 do Hamas.
APO |
Garoto palestino segura bandeira do Hamas; grupo venceu eleições legislativas palestinas |
Nas eleições desta quarta-feira, 66 legisladores foram escolhidos por distrito e outros 66 por uma lista nacional.
A participação foi alta na votação, quase 78% do 1,3 milhão de eleitores compareceram às urnas. Mais de 13 mil policiais foram destacados para garantir a segurança nos postos eleitorais. Não houve registro de incidentes.
Negociações
Seguidores do Hamas foram às ruas para celebrar a vitória. Em Rafah, ao sul de Gaza, partidários do grupo atiravam para o alto e entregavam balas para comemorar o resultado. Outros buzinavam e acenavam com bandeiras do movimento pelas janelas dos veículos.
Um governo do Hamas, sem o Fatah atuando como força moderada, prejudicaria os esforços de Abbas para a retomada das negociações de paz com Israel. O grupo extremista-- que realizou dezenas de ataques contra israelenses e prega a destruição do Estado de Israel---se opõe às negociações e se recusa a abandonar as armas.
O legislador do Fatah Saeb Erekat afirmou nesta quinta-feira que seu partido não deseja fazer parte de um governo controlado pelo Hamas. "Nós formaremos uma oposição e reestruturaremos o partido", afirmou.
No entanto, Nabil Shaath, outro membro do Fatah, disse que seu partido tomará uma decisão a respeito até o final do dia.
Reação
Autoridades israelenses se recusaram a comentar a vitória do Hamas, mas altos membros da segurança israelense se reuniram nesta quinta-feira para discutir os resultados. O primeiro-ministro interino, Ehud Olmert, marcou uma reunião com membros do governo, que deve acontecer hoje.
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, afirmou nesta quinta-feira que a posição dos EUA em relação ao Hamas "não mudou", apesar de o grupo ter vencido as eleições palestinas. Os EUA e a Europa consideram o Hamas uma organização terrorista.
"Como já dissemos, não é possível manter um pé na política e outro no terrorismo. Nossa posição em relação ao Hamas não mudou", afirmou Rice por videoconferência no Fórum Econômico Mundial, que acontece na Suíça.
Rice admitiu que as eleições "foram justas" e tiveram "alta participação".
O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, qualificou a vitória do Hamas como um resultado "muito, muito ruim."
Com agências internacionais
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