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02/02/2006
-
12h31
da Folha Online
O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed El Baradei, disse nesta quinta-feira que até 6 de março, quando deve ocorrer a reunião ordinária da agência da ONU, não ocorrerá nenhuma ação contra o Irã.
A declaração foi dada à margem de uma reunião do Conselho de Governadores da AIEA, que visa definir, entre hoje e amanhã, se a questão nuclear do Irã será levada ou não ao Conselho de Segurança (CS) da ONU [que tem o poder de impor sanções contra o país], como solicitado por países europeus e os EUA. Os cinco membros permanentes --e com direito de veto-- do CS são EUA, Reino Unido, França, Rússia e China.
Para ser adotada, a resolução discutida nesta quinta feira pelo conselho de Governadores deverá contar com o apoio da maioria dos 35 países-membros da Executiva da AIEA. A expectativa é que ela seja aprovada ainda hoje.
El Baradei disse que a disputa sobre o controvertido programa nuclear do Irã se encontra "em uma fase crítica, mas não é uma situação de crise", acrescentando que não se trata "de uma ameaça imediata".
Segundo El Baradei, o Conselho de Governadores quer enviar "uma mensagem clara" ao Irã, mas ressaltou que nenhuma ação efetiva será pedida por enquanto.
El BAradei disse que não está em discussão o direito de o Irã desenvolver energia nuclear, mas disse que é imprescindível que o país renuncie ao enriquecimento de urânio, pelo menos enquanto houver dúvidas sobre a utilização dessa energia.
"O Irã deve entender que o enriquecimento de urânio neste momento não aumenta a confiança", disse El Baradei, acrescentando que a comunidade internacional está muito interessada na proposta da Rússia de enriquecer urânio iraniano em seu próprio território.
Pedido formal
Representantes de França, Alemanha e Reino Unido --grupo de três países da UE que negocia o programa nuclear iraniano-- formalizaram nesta quarta-feira o pedido para que o Conselho de Governadores da AIEA permita que o caso do Irã seja levado ao CS da ONU.
No dia último dia 10, o Irã retirou todos os lacres que selavam os centros de Pesquisa e Desenvolvimento nuclear do país e retomou as atividades nesse campo.
Essa não foi a primeira vez que o governo iraniano rompeu um acordo com europeus envolvendo a questão nuclear. Em agosto passado, autoridades decidiram reiniciar a atividade de conversão de urânio --produzindo o gás necessário para o enriquecimento do material.
A pesquisa de combustíveis nucleares pode incluir testes em pequena escala com processos atômicos, incluindo o enriquecimento de urânio, que já foi realizado pelo Irã.
Interrupção
O Irã interrompeu seu programa de pesquisa nuclear no final de 2003, quando o país era governado por moderados, como gesto de boa vontade destinado a facilitar as negociações com a UE sobre suas polêmicas ambições nucleares.
No entanto, a chegada ao poder, em meados do ano passado, da corrente ultraconservadora do atual presidente, Mahmoud Ahmadinejad, instalou a política de desafio e interrompeu a negociação entre Irã e a tríade européia composta por Alemanha, França e o Reino Unido.
A primeira decisão polêmica do novo governante foi retomar em agosto a primeira fase do enriquecimento de urânio, que também tinha sido interrompida pelos moderados.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o programa nuclear iraniano
Ação contra o Irã só deve ocorrer após 6 de março
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O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed El Baradei, disse nesta quinta-feira que até 6 de março, quando deve ocorrer a reunião ordinária da agência da ONU, não ocorrerá nenhuma ação contra o Irã.
A declaração foi dada à margem de uma reunião do Conselho de Governadores da AIEA, que visa definir, entre hoje e amanhã, se a questão nuclear do Irã será levada ou não ao Conselho de Segurança (CS) da ONU [que tem o poder de impor sanções contra o país], como solicitado por países europeus e os EUA. Os cinco membros permanentes --e com direito de veto-- do CS são EUA, Reino Unido, França, Rússia e China.
Para ser adotada, a resolução discutida nesta quinta feira pelo conselho de Governadores deverá contar com o apoio da maioria dos 35 países-membros da Executiva da AIEA. A expectativa é que ela seja aprovada ainda hoje.
El Baradei disse que a disputa sobre o controvertido programa nuclear do Irã se encontra "em uma fase crítica, mas não é uma situação de crise", acrescentando que não se trata "de uma ameaça imediata".
Segundo El Baradei, o Conselho de Governadores quer enviar "uma mensagem clara" ao Irã, mas ressaltou que nenhuma ação efetiva será pedida por enquanto.
El BAradei disse que não está em discussão o direito de o Irã desenvolver energia nuclear, mas disse que é imprescindível que o país renuncie ao enriquecimento de urânio, pelo menos enquanto houver dúvidas sobre a utilização dessa energia.
"O Irã deve entender que o enriquecimento de urânio neste momento não aumenta a confiança", disse El Baradei, acrescentando que a comunidade internacional está muito interessada na proposta da Rússia de enriquecer urânio iraniano em seu próprio território.
Pedido formal
Representantes de França, Alemanha e Reino Unido --grupo de três países da UE que negocia o programa nuclear iraniano-- formalizaram nesta quarta-feira o pedido para que o Conselho de Governadores da AIEA permita que o caso do Irã seja levado ao CS da ONU.
No dia último dia 10, o Irã retirou todos os lacres que selavam os centros de Pesquisa e Desenvolvimento nuclear do país e retomou as atividades nesse campo.
Essa não foi a primeira vez que o governo iraniano rompeu um acordo com europeus envolvendo a questão nuclear. Em agosto passado, autoridades decidiram reiniciar a atividade de conversão de urânio --produzindo o gás necessário para o enriquecimento do material.
A pesquisa de combustíveis nucleares pode incluir testes em pequena escala com processos atômicos, incluindo o enriquecimento de urânio, que já foi realizado pelo Irã.
Interrupção
O Irã interrompeu seu programa de pesquisa nuclear no final de 2003, quando o país era governado por moderados, como gesto de boa vontade destinado a facilitar as negociações com a UE sobre suas polêmicas ambições nucleares.
No entanto, a chegada ao poder, em meados do ano passado, da corrente ultraconservadora do atual presidente, Mahmoud Ahmadinejad, instalou a política de desafio e interrompeu a negociação entre Irã e a tríade européia composta por Alemanha, França e o Reino Unido.
A primeira decisão polêmica do novo governante foi retomar em agosto a primeira fase do enriquecimento de urânio, que também tinha sido interrompida pelos moderados.
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