Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
03/02/2006 - 14h55

Muçulmanos protestam em vários países por charges de Maomé

Publicidade

da Folha Online

Centenas de muçulmanos realizaram um protesto nesta sexta-feira em frente à Embaixada da Dinamarca em Jacarta (Indonésia) devido à publicação de caricaturas do profeta Maomé em um jornal do país.

As caricaturas --consideradas ofensivas pela comunidade muçulmana-- foram publicadas pela primeira vez em 30 de setembro, no jornal conservador dinamarquês "Jyllands-Posten", e reproduzidas por diversos jornais europeus--entre eles, Alemanha, Espanha, França e Noruega.

Reuters
Iraquianos queimam produtos dinamarqueses em protesto contra charges de Maomé
A tradição islâmica proíbe reproduções de imagens de seus profetas e considera que caricaturas são "blasfêmias". Em uma das caricaturas, Maomé aparece vestindo um turbante onde está escondida uma bomba.

Na manifestação, vários membros da organização radical muçulmana indonésia Frente dos Defensores do Islã ocuparam brevemente a recepção do prédio da Embaixada, antes de ser expulsos por agentes de segurança.

Do lado de fora do prédio, os manifestantes gritavam slogans como "Vamos à jihad!" e exigiam um pedido público de desculpas do Embaixador dinamarquês, Niels Andersen, por meio da imprensa.

A Indonésia é o país muçulmano mais populoso do mundo, com 220 milhões de habitantes --90% muçulmanos.

Israel

Em Jerusalém, milhares de fiéis muçulmanos se manifestaram na Esplanada das Mesquitas contra a publicação das charges de Maomé na Europa. Na faixa de Gaza, muçulmanos se reuniram na mesquita de Al Omari.

No Líbano, milhares de refugiados palestinos realizaram protestos, ateando fogo a bandeiras da Dinamarca e da Noruega e pedindo que Osama bin Laden-- líder da rede terrorista Al Qaeda-- se vingue por Maomé.

"Não ficaremos satisfeitos com protestos. A solução é o massacre daqueles que ofenderam o islã e o profeta", afirmou o xeique Abu Sharif, porta-voz do grupo militante Osbet al Ansar, em uma manifestação no maior campo de refugiados do Líbano, Ein al Hilweh (sul).

Em Bahrein, milhares de manifestantes marcharam com cartazes onde se lia: "Abaixo à Dinamarca!" e "Abaixo a França!".

Khaled Meshaal, líder do grupo extremista islâmico Hamas na Síria, fez um alerta à Europa: "Apressem-se em pedir desculpas à nossa nação [muçulmana], porque vocês se arrependerão se não o fizerem. Vocês estão lutando contra os soldados de Deus."

Uma manifestação organizada pelo Hamas-- que venceu as eleições parlamentares palestinas na semana passada-- cerca de 50 mil manifestantes pediam que os responsáveis pelas charges fossem punidos.

Cisjordânia

Em Tulkarem, na Cisjordânia, mais de 10 mil palestinos queimaram bandeiras da Dinamarca. Em Ramallah, manifestantes rasgaram uma bandeira francesa

"Europa, todos nós queremos sacrificar vocês pelo profeta", gritava a multidão.

Mais de mil fiéis se reuniram na mesquita de Al Azhar, no Cairo, e também queimaram bandeiras, gritando "Abaixo os inimigos do islã."

Em Riad, na Arábia Saudita, um líder sunita elogiou o que chamou de "novo espírito de defesa dos muçulmanos". "É direito de todo muçulmanos mostrar alegria a nosso querido Maomé", afirmou Saleh bin Humaid.

A Arábia Saudita, berço do islã, retirou seu embaixador da Dinamarca no último mês, dizendo que o governo dinamarquês não fez tomou providências contra a primeira publicação das charges, em setembro último.

Com agências internacionais

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o Maomé
  • Veja galeria de imagens dos protestos contra as charges
  • Veja galeria com as charges publicadas por jornal dinamarquês
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página