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08/02/2006
-
09h37
da Efe, em Paris
Os semanários satíricos franceses analisam nesta quarta-feira a polêmica sobre as caricaturas do profeta Maomé que têm gerado protestos em países muçulmanos e lançam um olhar irônico e crítico sobre a intransigência religiosa.
"Le Canard Enchainé", publicação de referência na abordagem de notícias sérias com humor, optou por modificar seu subtítulo, que foi publicado hoje como "Jornal satânico (em vez de satírico) que sai às quartas-feiras".
O mesmo adjetivo, satânico, é aplicado a vários desenhos em que se ataca a intolerância daqueles que têm usado a violência contra interesses ocidentais em países muçulmanos.
Frases como "Os fundamentalistas lutam pelo respeito à liberdade de opressão" ou "O lápis, arma de destruição em massa?", dividem espaço com uma falsa "entrevista exclusiva" com Maomé, em que se afirma que o profeta ligou para a redação do jornal para dizer que "Prega o amor, não a guerra".
Outra publicação do mesmo tipo, o "Charlie Hebdo", dedica quase toda a edição desta quarta-feira à polêmica, e em suas 16 páginas são publicadas muitas caricaturas sobre a intransigência religiosa, inclusive as 12 que originaram os protestos e que em setembro foram divulgadas pelo jornal dinamarquês "Jyllands-Posten".
O jornal, cuja edição esgotou na manhã desta quarta-feira em várias bancas de Paris, publica desenhos de seus próprios caricaturistas sobre o islã e outras religiões, assim como artigos de opinião sobre a polêmica.
"Trata-se de demonstrar que a liberdade de expressão deve ser mais forte que a intimidação", escreve o editor de "Charlie Hebdo".
A primeira página do jornal, com o título "Maomé exacerbado pelos fundamentalistas", mostra uma figura que representa o profeta venerado pelos muçulmanos com as mãos no rosto, chorando e dizendo: "É duro ser amado por tolos".
O "Charlie Hebdo" foi distribuído nesta quarta-feira depois de um tribunal de Paris rejeitar, ontem, pedidos de várias associações muçulmanas que queriam retirá-lo de circulação.
O tribunal alegou "defeito de forma" para rejeitar a solicitação --assinada pelo advogado da Mesquita de Paris, Chems Eddine Hafiz--, sem entrar no mérito da questão.
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Os semanários satíricos franceses analisam nesta quarta-feira a polêmica sobre as caricaturas do profeta Maomé que têm gerado protestos em países muçulmanos e lançam um olhar irônico e crítico sobre a intransigência religiosa.
"Le Canard Enchainé", publicação de referência na abordagem de notícias sérias com humor, optou por modificar seu subtítulo, que foi publicado hoje como "Jornal satânico (em vez de satírico) que sai às quartas-feiras".
O mesmo adjetivo, satânico, é aplicado a vários desenhos em que se ataca a intolerância daqueles que têm usado a violência contra interesses ocidentais em países muçulmanos.
Frases como "Os fundamentalistas lutam pelo respeito à liberdade de opressão" ou "O lápis, arma de destruição em massa?", dividem espaço com uma falsa "entrevista exclusiva" com Maomé, em que se afirma que o profeta ligou para a redação do jornal para dizer que "Prega o amor, não a guerra".
Outra publicação do mesmo tipo, o "Charlie Hebdo", dedica quase toda a edição desta quarta-feira à polêmica, e em suas 16 páginas são publicadas muitas caricaturas sobre a intransigência religiosa, inclusive as 12 que originaram os protestos e que em setembro foram divulgadas pelo jornal dinamarquês "Jyllands-Posten".
O jornal, cuja edição esgotou na manhã desta quarta-feira em várias bancas de Paris, publica desenhos de seus próprios caricaturistas sobre o islã e outras religiões, assim como artigos de opinião sobre a polêmica.
"Trata-se de demonstrar que a liberdade de expressão deve ser mais forte que a intimidação", escreve o editor de "Charlie Hebdo".
A primeira página do jornal, com o título "Maomé exacerbado pelos fundamentalistas", mostra uma figura que representa o profeta venerado pelos muçulmanos com as mãos no rosto, chorando e dizendo: "É duro ser amado por tolos".
O "Charlie Hebdo" foi distribuído nesta quarta-feira depois de um tribunal de Paris rejeitar, ontem, pedidos de várias associações muçulmanas que queriam retirá-lo de circulação.
O tribunal alegou "defeito de forma" para rejeitar a solicitação --assinada pelo advogado da Mesquita de Paris, Chems Eddine Hafiz--, sem entrar no mérito da questão.
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