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10/02/2006 - 16h07

China anuncia oitava morte causada por gripe aviária

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da France Presse, em Pequim

Uma mulher de 20 anos procedente da Província chinesa de Hunan (centro) morreu com gripe aviária, aumentando para oito o número de vítimas da doença no país, informou nesta sexta-feira a imprensa estatal, citando o Ministério da Saúde.

A vítima, uma fazendeira de sobrenome Long do condado de Suining, apresentou sintomas de febre e pneumonia em 27 de janeiro, após selecionar aves criadas em sua casa e morreu em 4 de fevereiro, anunciou o Ministério da Saúde.

Exames em um centro local de controle de doenças em Hunan e no centro nacional da China mostraram que Long estava infectada com a cepa H5N1 da gripe das aves, de acordo com a agência oficial chinesa Nova China.

Pessoas que tiveram contato próximo com Long foram postas sob observação médica por especialistas sanitários locais. Estas pessoas, por enquanto, não apresentaram qualquer sintoma anormal.

O Ministério da Saúde reportou o novo caso à OMS (Organização Mundial da Saúde), bem como a Hong Kong, Macau, Taiwan e outros países, acrescentou a agência.

Long foi o 12º caso humano de gripe das aves registrada na China, onde a doença matou oito pessoas.

Focos

A China detectou 34 focos do vírus entre aves de criação desde o início do ano passado, a maioria a partir de outubro.

No último foco, registrado na semana passada, autoridades sanitárias da Província chinesa de Shanxi (norte) colocaram 35 pessoas em observação depois que 15 mil aves de criação morreram com gripe aviária na fazenda onde trabalhavam.

Especialistas temem que o vírus possa sofrer uma mutação para uma cepa capaz de ser transmitida facilmente de pessoa a pessoa, circunstância que poderia causar uma pandemia global da doença com potencial para matar milhões de seres humanos.

O vírus, que já é endêmico em algumas regiões da Ásia e da Europa, se espalhou para um terceiro continente no início da semana, o africano, depois que foram descobertos casos em aves na Nigéria.

Dúvida

Um oficial do Ministério da Saúde chinês, ao falar antes da confirmação da última morte, disse nesta sexta-feira que a China não havia sido capaz de determinar porque a maior parte de seus casos humanos de gripe das aves ocorreram em áreas onde nenhum foco aviário foi detectado.

Esta semana, o Ministério da Saúde anunciou o 11º caso de gripe aviária na China, na Província de Fujian (sudeste).

Assim como em sete das infecções registradas anteriormente, a mulher de 26 anos adoeceu em uma região onde o Ministério da Agricultura não havia detectado o vírus mortal entre aves, segundo a OMS.

Em quatro destes casos, o Ministério da Saúde descobriu depois que os pacientes tiveram estreito contato com aves doentes, embora o Ministério da Agricultura ainda não pudesse determinar um foco de gripe aviária.

Acredita-se que pássaros e aves de criação infectadas sejam as principais fontes de infecção entre pessoas de todo o mundo. O porta-voz do Ministério da Saúde, Mao Qunan, disse a jornalistas que provavelmente este seria também o caso na China, embora diga que encontrar a fonte exata de infecções tenha se revelado extremamente difícil.

Mao disse que alguns pacientes poderiam viver em ambientes que se contaminaram com o vírus através de "canais desconhecidos" e que nestes casos o vírus não necessariamente causaria mortes em larga escala entre animais.

"Há uma falta de informações precisas sobre a contaminação do ambiente a partir de animais infectados", disse Mao, em alusão ao problema global, bem como na China.

No entanto, o representante do governo garantiu que não há evidências de mutação do vírus para uma cepa que possa ser facilmente transmitida entre seres humanos.

"Não há evidências de que este vírus seja capaz de passar por uma mutação drástica para uma forma que possa causar a infecção de pessoa a pessoa", declarou o porta-voz.

Em todo o mundo já foram registrados 165 casos humanos relacionados ao vírus H5N1 da gripe das aves desde 2003, 88 dos quais fatais, segundo um balanço oficial publicado nesta sexta-feira no site da OMS.

Este número corresponde a casos notificados à OMS até 9 de fevereiro e não inclui nem a oitava vítima chinesa, nem a mulher diagnosticada com a doença na Indonésia, caso noticiado ontem.

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