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14/02/2006
-
18h10
da Efe, em Havana
Cuba denunciou nesta terça-feira uma "evidente e desavergonhada" manipulação dos resultados eleitorais no Haiti e pediu à comunidade internacional que exija que a vontade popular seja respeitada frente aos "interesses mesquinhos" dos Estados Unidos.
Em editorial publicado em primeira página, o diário oficial "Granma" acusa o diretor-geral do Conselho Eleitoral Provisório (CEP) do Haiti, Jaques Bernard, de cumprir a "ordem americana de forçar um segundo turno" em eleições que "com o passar dos dias caíram sob o manto da manipulação e da suspeita".
Faltando apurar menos de 10% dos votos emitidos nas eleições do último dia 7, René Préval, ex-presidente e ex-primeiro-ministro, tem 48,76% dos sufrágios, sem atingir a marca dos 50% mais um necessária para evitar a realização do segundo turno, segundo a página da internet do CEP.
O "Granma" destaca que "mais de um especialista tem lembrado que Préval não é do agrado da Casa Branca por seus anteriores vínculos com o presidente deposto [Jean Bertrand] Aristide, que deixou o país forçado pelos americanos e enviado para o exílio".
Na nota há uma referência às denúncias do porta-voz da Conferência Episcopal da Igreja Católica, Pierre Richard Duchemin, e de Patrick Requiere, membro do Conselho Eleitoral, sobre a manipulação e falta de transparência na apuração dos votos.
"A comunidade internacional deve exigir que a vontade majoritária do povo haitiano expressada nas urnas seja respeitada e que essa nação sofrida não seja novamente conduzida ao caos e à violência, como conseqüência dos interesses mesquinhos dos Estados Unidos e de determinados grupos haitianos", declara o diário.
O órgão oficial do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba afirma que "a violência retornou ao país e estão previstos novos confrontos caso a tentativa de invalidar o resultado do pleito seja levada adiante".
O "Granma" acusa a Casa Branca de "cinismo" por afirmar que "sempre que uma apuração resulta muito disputada é importante que as partes se unam e cooperem", lembrando que no Haiti o segundo candidato mais votado, Leslie Manigat, "não chegou sequer aos 12%".
O jornal considera que "o mundo não pode permitir que um poder imperial tente assumir as rédeas de todo o planeta", e sustenta que "sobre o governo dos EUA e as tropas ocupantes, que não vacilam em disparar contra o povo, cairá toda a responsabilidade".
"O que está ocorrendo no Haiti não surpreende. Não é a primeira vez que os EUA interferem no destino do país, e nem a primeira vez que manipulam resultados eleitorais", avalia.
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Cuba denuncia manipulação "desavergonhada" dos EUA no Haiti
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Cuba denunciou nesta terça-feira uma "evidente e desavergonhada" manipulação dos resultados eleitorais no Haiti e pediu à comunidade internacional que exija que a vontade popular seja respeitada frente aos "interesses mesquinhos" dos Estados Unidos.
Em editorial publicado em primeira página, o diário oficial "Granma" acusa o diretor-geral do Conselho Eleitoral Provisório (CEP) do Haiti, Jaques Bernard, de cumprir a "ordem americana de forçar um segundo turno" em eleições que "com o passar dos dias caíram sob o manto da manipulação e da suspeita".
Faltando apurar menos de 10% dos votos emitidos nas eleições do último dia 7, René Préval, ex-presidente e ex-primeiro-ministro, tem 48,76% dos sufrágios, sem atingir a marca dos 50% mais um necessária para evitar a realização do segundo turno, segundo a página da internet do CEP.
O "Granma" destaca que "mais de um especialista tem lembrado que Préval não é do agrado da Casa Branca por seus anteriores vínculos com o presidente deposto [Jean Bertrand] Aristide, que deixou o país forçado pelos americanos e enviado para o exílio".
Na nota há uma referência às denúncias do porta-voz da Conferência Episcopal da Igreja Católica, Pierre Richard Duchemin, e de Patrick Requiere, membro do Conselho Eleitoral, sobre a manipulação e falta de transparência na apuração dos votos.
"A comunidade internacional deve exigir que a vontade majoritária do povo haitiano expressada nas urnas seja respeitada e que essa nação sofrida não seja novamente conduzida ao caos e à violência, como conseqüência dos interesses mesquinhos dos Estados Unidos e de determinados grupos haitianos", declara o diário.
O órgão oficial do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba afirma que "a violência retornou ao país e estão previstos novos confrontos caso a tentativa de invalidar o resultado do pleito seja levada adiante".
O "Granma" acusa a Casa Branca de "cinismo" por afirmar que "sempre que uma apuração resulta muito disputada é importante que as partes se unam e cooperem", lembrando que no Haiti o segundo candidato mais votado, Leslie Manigat, "não chegou sequer aos 12%".
O jornal considera que "o mundo não pode permitir que um poder imperial tente assumir as rédeas de todo o planeta", e sustenta que "sobre o governo dos EUA e as tropas ocupantes, que não vacilam em disparar contra o povo, cairá toda a responsabilidade".
"O que está ocorrendo no Haiti não surpreende. Não é a primeira vez que os EUA interferem no destino do país, e nem a primeira vez que manipulam resultados eleitorais", avalia.
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