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15/02/2006
-
02h34
da Efe
Milhares de votos em urnas jogadas no lixo apareceram nesta terça-feira em imagens divulgadas por um canal de televisão haitiano, uma semana depois das eleições presidenciais e legislativas realizadas neste país, em 7 de fevereiro.
O canal Telmax começou a exibir essas imagens, sem som nem comentário algum, no início da noite, e posteriormente transmitiu o testemunho de supostas testemunhas que viram as urnas sendo jogadas no lixo no mesmo dia das eleições.
A maioria das cédulas de votos que estava no lixo era a favor do candidato presidencial do partido A Esperança, René Préval.
Após a divulgação das imagens, o porta-voz da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), David Wimhurst, admitiu que muitas urnas foram extraviadas em pelo menos nove centros de votação de diferentes partes do país.
Segundo Wimhurst, violentos distúrbios nestes locais impediram que a Minustah garantisse a segurança do transporte destas urnas.
As tropas da ONU eram responsáveis pela segurança nos centros de votação e do transporte do material eleitoral.
O secretário-geral do Conselho Eleitoral Provisório (CEP), Roseond Pradel, também admitiu que foram perdidas "algumas atas de votação", que nunca chegaram ao centro de contagem oficial de votos.
As urnas "foram incendiadas ou destruídas em alguns lugares onde houve desordem durante o dia das eleições", explicou Pradel.
Por sua vez, o presidente do CEP, Max Mathurin, disse à imprensa local estar "surpreso" após ver as imagens dos votos no lixo.
"Teremos de pedir explicações à Minustah, já que suas tropas estavam encarregadas da segurança nos centros de votação", acrescentou.
O candidato do partido A Esperança, o ex-primeiro-ministro e ex-presidente René Préval, denunciou, também nesta terça-feira, "uma fraude maciça" nas eleições para impedir que ele seja proclamado presidente sem necessidade de disputa de um segundo turno eleitoral, previsto para 19 de março.
A validação dos votos apurados foi paralisada na segunda-feira quando estava em 90,02% do total. Préval vencia com 48,76% dos votos, ou seja, a menos de 1,5% para atingir a metade mais um do mínimo necessário para evitar o segundo turno.
A Presidência do Haiti proibiu a difusão dos resultados das eleições e anunciou a criação de comissão presidencial formada por um membro do Executivo, um membro do CEP e outro do partido A Esperança para examinar as atas de votação.
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O canal Telmax começou a exibir essas imagens, sem som nem comentário algum, no início da noite, e posteriormente transmitiu o testemunho de supostas testemunhas que viram as urnas sendo jogadas no lixo no mesmo dia das eleições.
A maioria das cédulas de votos que estava no lixo era a favor do candidato presidencial do partido A Esperança, René Préval.
Após a divulgação das imagens, o porta-voz da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), David Wimhurst, admitiu que muitas urnas foram extraviadas em pelo menos nove centros de votação de diferentes partes do país.
Segundo Wimhurst, violentos distúrbios nestes locais impediram que a Minustah garantisse a segurança do transporte destas urnas.
As tropas da ONU eram responsáveis pela segurança nos centros de votação e do transporte do material eleitoral.
O secretário-geral do Conselho Eleitoral Provisório (CEP), Roseond Pradel, também admitiu que foram perdidas "algumas atas de votação", que nunca chegaram ao centro de contagem oficial de votos.
As urnas "foram incendiadas ou destruídas em alguns lugares onde houve desordem durante o dia das eleições", explicou Pradel.
Por sua vez, o presidente do CEP, Max Mathurin, disse à imprensa local estar "surpreso" após ver as imagens dos votos no lixo.
"Teremos de pedir explicações à Minustah, já que suas tropas estavam encarregadas da segurança nos centros de votação", acrescentou.
O candidato do partido A Esperança, o ex-primeiro-ministro e ex-presidente René Préval, denunciou, também nesta terça-feira, "uma fraude maciça" nas eleições para impedir que ele seja proclamado presidente sem necessidade de disputa de um segundo turno eleitoral, previsto para 19 de março.
A validação dos votos apurados foi paralisada na segunda-feira quando estava em 90,02% do total. Préval vencia com 48,76% dos votos, ou seja, a menos de 1,5% para atingir a metade mais um do mínimo necessário para evitar o segundo turno.
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