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15/02/2006 - 18h18

Empresa contratada pela Minustah diz ter jogado cédulas no lixo

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da Efe, em Porto Príncipe

Uma empresa privada emitiu nesta quarta-feira um comunicado em que assegura que jogou votos no lixo durante as eleições no Haiti em 7 de fevereiro em cumprimento de um contrato de serviços de limpeza com a Minustah (Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti).

A empresa Boucar Pest Control admitiu que levou caixas com votos para serem despejados no lixo no bairro de Truitier, no norte da capital, Porto Príncipe, e afirmou que possui contrato apenas para transportar lixo com a Minustah.

"A Boucar Pest Control não fez mais do que respeitar seu contrato com a Minustah para pegar, levar e descarregar lixo em Truitier", expressou a empresa na nota, divulgada à imprensa.

Um canal de televisão mostrou ontem à noite imagens de urnas com milhares de votos escondidos entre montes de lixo.

O canal Telmax começou a exibir as imagens sem som ou comentário, e posteriormente transmitiu o testemunho de pessoas que disseram ter visto como essas urnas eram jogadas ao lixo no mesmo dia das eleições presidenciais e legislativas de 7 de fevereiro.

A Minustah ainda não respondeu às acusações da empresa de limpeza, mas o porta-voz da organização, David Wimhurst, tinha afirmado após a transmissão das imagens que, no dia das eleições, pelo menos em nove centros de votação de diferentes regiões do país várias urnas foram extraviadas.

Na manhã de hoje, manifestantes se concentraram em frente ao Palácio Presidencial em Porto Príncipe levando algumas das urnas encontradas em latas de lixo.

No interior do Palácio estava o candidato presidencial René Préval, que deixou o local acompanhado de seus colaboradores e seguranças sem que tenha ficado claro com quem havia se reunido na sede do governo e qual o conteúdo debatido no encontro.

A maioria dos votos exibida pelos manifestantes tinha como candidato justamente Préval, do partido Esperança, que ganhou as eleições embora, segundo dados parciais, não tenha atingido maioria absoluta, o que forçaria a realização de um segundo turno.

Com 90,02% dos votos apurados, Préval possui 48,76% dos sufrágios, e está a menos de um ponto percentual e meio da maioria absoluta (50% mais um).

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