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24/02/2006 - 11h36

Olmert promete continuar ataques contra grupos armados palestinos

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da France Presse, em Jerusalém

O primeiro-ministro interino de Israel, Ehud Olmert, anunciou durante um encontro político que seguirá incansavelmente com os ataques contra os grupos armados palestinos, destacou nesta sexta-feira a rádio pública israelense.

O líder palestino Mahmoud Abbas, por sua vez, pediu uma reunião do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) para examinar a escalada militar israelense nos territórios palestinos.

"Hoje atacamos Nablus, na semana passada, Gaza, e antes Jenin [Cisjordânia]. Continuaremos atacando em todo lugar, com todas as nossas forças e sem concessões", declarou Olmert na quinta-feira à noite em um encontro no norte de Israel.

O chefe do governo afirmou que Israel não economizará qualquer esforço para avançar em um processo de paz, mas reiterou que o movimento islâmico radical Hamas, que está formando o próximo governo palestino, não é um sócio para a paz.

"Não acredito que possamos avançar com o Hamas", acrescentou Olmert.

Escalada

O Exército israelense matou ontem cinco palestinos, dos quais pelo menos três eram militantes armados, durante uma grande operação em Nablus (Cisjordânia).

Nesta sexta-feira, o Exército israelense prosseguia com sua operação em Nablus contra membros das Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, assim como contra os do Jihad Islâmico.

Os soldados israelenses mataram dois palestinos, um operário e um militante, na fronteira com a faixa de Gaza.

O primeiro tentou entrar ilegalmente em Israel para conseguir trabalho e o segundo queria colocar uma bomba perto de uma vala de segurança, segundo a versão israelense.

O ataque em Nablus, o mais mortífero nos territórios palestinos desde as eleições legislativas de 25 de janeiro, vencidas pelo Hamas, foi energicamente denunciado pelos palestinos.

"A Autoridade Nacional Palestina [ANP] realiza contatos urgentes para uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para debater sobre os assassinatos e a escalada militar israelense na Cisjordânia e em Gaza desde o início do mês", declarou o porta-voz Nabil Abu Rudeina.

"O presidente Abbas enviou mensagens urgentes aos membros do Quarteto [Estados Unidos, União Européia, ONU e Rússia] pedindo que intervenham rapidamente para pôr fim a essas agressões que ameaçam o clima de calma que a direção palestina se esforça por manter", acrescentou.

Combate ao Hamas

O Exército israelense justifica a operação afirmando que ela tem por objetivo prevenir atentados suicidas em Israel, cujos preparativos foram revelados, segundo sua própria versão, depois da captura nas últimas semanas de pessoas que portavam cinturões explosivos.

Adotando um tom firme, a menos de cinco semanas do pleito legislativo de 28 de março, Olmert reafirmou que o Hamas, que está formando o próximo governo palestino, "não é um interlocutor para a paz".

"Enquanto o Hamas for um grupo terrorista, será preciso combatê-lo e não conversar com ele", afirmou Olmert, o número um do partido Kadima.

Outro dirigente do Kadima e ex-chefe do Shin Beth, o serviço de segurança interna, Avi Dichter, afirmou que o primeiro-ministro palestino designado pelo Hamas, Ismail Haniyeh, será um "alvo legítimo" se o grupo radical cometer um atentado contra Israel.

"Faça o que fizer, a meus olhos continua sendo um terrorista. Se houver um atentado e Israel decidir aplicar um ataque seletivo, Haniyeh será um alvo legítimo, pois o Hamas não comete atentados sem o consentimento de sua direção", acrescentou.

Dichter deve ocupar um cargo-chave na segurança se o Kadima vencer as próximas eleições, como anunciam as pesquisas.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre grupos armados palestinos
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