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01/03/2006
-
21h44
da France Presse, em Nassau
As autoridades das Bahamas investigarão a morte súbita e "suspeita" de dez flamingos rosados e outras aves para determinar se foram vítimas da gripe aviária --especialmente da cepa mortal H5N1--, o que, se confirmado, será o primeiro registro deste vírus na América, informou nesta quarta-feira a imprensa local.
As aves mortas foram encontradas por um guarda florestal em um parque nacional de Great Inagua, uma ilha ao sul do arquipélago das Bahamas. Esta ilha tem uma população de 50 mil flamingos e um grande lago por onde passam muitas aves migratórias. A região é conhecida como o maior local de reprodução de flamingos rosados das Antilhas.
Embora os guardas encontrem aves mortas com freqüência, eles se preocuparam porque estas não foram vítimas de caçadores ou predadores.
Em dois dias morreram dez flamingos rosados, três colhereiros e um cormorão.
"Definitivamente é um número extraordinariamente alto, normalmente não se encontram aves selvagens caindo e morrendo assim", disse Eric Carey, diretor de Parques e Ciência do Patrimônio Nacional das Bahamas, a cargo do Parque de Inagua.
No entanto, "uma série de coisas" --inclusive envenenamento ou um efeito climático-- poderia ter causado as mortes, destacou.
"Somos otimistas de que o tema esteja relacionado com um destes fatores ao invés de especular antecipadamente sobre se tratar de gripe aviária ou outra doença terrível", disse Carey.
O diretor do Ministério da Agricultura das Bahamas, Simeon Pinder, disse nesta quarta-feira ao "Bahamas Journal" que, até o momento, não há qualquer indício da causa de morte das aves.
Um veterinário e um assistente equipado com o material necessário para colher as amostras e transportar as carcaças dos pássaros para a ilha New Providence, onde fica a capital, Nassau, investigavam nesta quarta-feira o ocorrido em Inagua.
As autoridades disseram que as amostras e as carcaças das aves podiam ser enviadas ao exterior para um estudo adicional caso seja necessário.
"Com os meios de que dispomos, os veterinários poderão examinar visualmente [as carcaças] para determinar se o que as pessoas pensam têm fundamento. Acho que a maioria supõe que isto está relacionado com a gripe aviária, mas quero ser muito claro ao afirmar que não sabemos nada por enquanto", acrescentou Pinder.
As aves afetadas não são migratórias, mas estão em contato com outras que o são, como gansos e patos.
O fato de Inagua ser um ponto de trânsito de muitas aves migratórias preocupa os Estados Unidos. Estas aves "estão prestes a começar a viajar para o norte", rumo aos Estados Unidos, disse Carey.
O funcionário disse que os mil moradores de Inagua vivem a mais de 25 km do parque nacional, uma distância considerada segura. As autoridades suspenderam os passeios no parque até que a causa da morte das aves seja descoberta.
Great Inagua, a ilha mais ao sul das Bahamas, fica a 100 km de Cuba e do Haiti.
Até agora não foi registrado nenhum caso do vírus H5N1 da gripe das aves na América. Esta perigosa cepa viral infectou até agora quase 200 pessoas e matou a metade delas, principalmente na Ásia, propagando no mundo o temor de uma pandemia.
Em novembro foram descobertos no Canadá, na Província da Columbia Britânica, vários casos da cepa H5N2, bem menos patogênica.
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As aves mortas foram encontradas por um guarda florestal em um parque nacional de Great Inagua, uma ilha ao sul do arquipélago das Bahamas. Esta ilha tem uma população de 50 mil flamingos e um grande lago por onde passam muitas aves migratórias. A região é conhecida como o maior local de reprodução de flamingos rosados das Antilhas.
Embora os guardas encontrem aves mortas com freqüência, eles se preocuparam porque estas não foram vítimas de caçadores ou predadores.
Em dois dias morreram dez flamingos rosados, três colhereiros e um cormorão.
"Definitivamente é um número extraordinariamente alto, normalmente não se encontram aves selvagens caindo e morrendo assim", disse Eric Carey, diretor de Parques e Ciência do Patrimônio Nacional das Bahamas, a cargo do Parque de Inagua.
No entanto, "uma série de coisas" --inclusive envenenamento ou um efeito climático-- poderia ter causado as mortes, destacou.
"Somos otimistas de que o tema esteja relacionado com um destes fatores ao invés de especular antecipadamente sobre se tratar de gripe aviária ou outra doença terrível", disse Carey.
O diretor do Ministério da Agricultura das Bahamas, Simeon Pinder, disse nesta quarta-feira ao "Bahamas Journal" que, até o momento, não há qualquer indício da causa de morte das aves.
Um veterinário e um assistente equipado com o material necessário para colher as amostras e transportar as carcaças dos pássaros para a ilha New Providence, onde fica a capital, Nassau, investigavam nesta quarta-feira o ocorrido em Inagua.
As autoridades disseram que as amostras e as carcaças das aves podiam ser enviadas ao exterior para um estudo adicional caso seja necessário.
"Com os meios de que dispomos, os veterinários poderão examinar visualmente [as carcaças] para determinar se o que as pessoas pensam têm fundamento. Acho que a maioria supõe que isto está relacionado com a gripe aviária, mas quero ser muito claro ao afirmar que não sabemos nada por enquanto", acrescentou Pinder.
As aves afetadas não são migratórias, mas estão em contato com outras que o são, como gansos e patos.
O fato de Inagua ser um ponto de trânsito de muitas aves migratórias preocupa os Estados Unidos. Estas aves "estão prestes a começar a viajar para o norte", rumo aos Estados Unidos, disse Carey.
O funcionário disse que os mil moradores de Inagua vivem a mais de 25 km do parque nacional, uma distância considerada segura. As autoridades suspenderam os passeios no parque até que a causa da morte das aves seja descoberta.
Great Inagua, a ilha mais ao sul das Bahamas, fica a 100 km de Cuba e do Haiti.
Até agora não foi registrado nenhum caso do vírus H5N1 da gripe das aves na América. Esta perigosa cepa viral infectou até agora quase 200 pessoas e matou a metade delas, principalmente na Ásia, propagando no mundo o temor de uma pandemia.
Em novembro foram descobertos no Canadá, na Província da Columbia Britânica, vários casos da cepa H5N2, bem menos patogênica.
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