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05/03/2006 - 18h17

Político italiano considera "honra" ser ameaçado pela Al Qaeda

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da Efe, em Roma

Roberto Calderoli, ex-ministro italiano para as Reformas, disse hoje que considera "uma honra" ter sido mencionado no último vídeo da Al Qaeda --nele, o grupo terrorista ameaça novamente países do Ocidente. Calderoli renunciou após o escândalo gerado quando ele usou uma camiseta com a caricatura do profeta Maomé.

"Não quero entrar em uma falação midiática sobre as palavras de Zawahiri [o número dois da Al Qaeda], principalmente porque eu não provoquei ninguém, somente tive a coragem de responder a provocações inaceitáveis", disse Calderoli, ao saber que Zawahiri o citava em uma nova mensagem enviada aos muçulmanos.

No vídeo, o líder pedia que os muçulmanos continuassem atacando, seguindo os exemplos de Nova York, Madri e Londres. Em um momento da mensagem, segundo se traduziu na Itália, o "vice" de Osama bin Laden afirma: "esquecemos esse ministro italiano que mostrou uma camiseta com as caricaturas criminosas que ofendem o profeta?".

Após saber da mensagem, Calderoli disse que "ser atacado por Zawahiri e esses criminosos que usam a religião como instrumento para fins políticos é uma honra". O ex-ministro continuou, dizendo que não ofendeu nem ofende os fiéis islâmicos ou de qualquer outra religião. "É muito diferente o discurso deles [fiéis] e daqueles que utilizam a religião com fins diferentes, como fazem esses senhores [em referência à Al Qaeda]".

A decisão de Calderoli de mostrar uma camiseta com caricaturas de Maomé foi considerada o detonador dos protestos violentos registradas recentemente em Benghazi, na Líbia, nos quais onze pessoas morreram. Diante da pressão gerada na Itália, Calderoli renunciou ao cargo.

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