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18/03/2006 - 17h49

Milosevic é enterrado em terra natal sem presença de família

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da Efe, na Sérvia e Montenegro

O caixão com o corpo do ex-presidente sérvio e iugoslavo Slobodan Milosevic foi enterrado neste sábado no jardim da casa de sua família em Pozarevac, sem honras de Estado e sem a presença de sua mulher e dos filhos.

Rodeado por quase 50 de seus colaboradores próximos e amigos, sob chuva forte, o caixão foi colocado no túmulo junto a uma árvore ao som da marcha fúnebre e dos sons melancólicos de canções russas.

O acesso ao túmulo em que o corpo de Milosevic ficará foi preparado com um amplo tapete verde que cobre quase todo o jardim, de aproximadamente 30 metros de comprimento por 20 de largura.

No túmulo está inscrito em letras douradas o nome do ex-dirigente sérvio, as datas de seu nascimento e morte, e o nome de sua viúva, Mira Markovic, e a data de seu nascimento.

Em torno ao lugar onde o corpo foi indicado foram colocadas os coroas de sua viúva, seus filhos, Marko e Marija, e a de seu irmão Borislav Milosevic, separadamente, e uma conjunta.

Os familiares de Milosevic não vivem na Sérvia há alguns anos e não quiseram voltar para esta ocasião. Na cerimônia do enterro não houve ritos religiosos já que Milosevic era ateu.

Entre os que assistiram ao ato, em profundo silêncio e alguns deles com lágrimas nos olhos, estiveram os altos nomes do SPS e vários convidados russos, entre eles um dos vice-presidentes da Duma, Serguei Baburin, e o líder dos comunistas russos, Guenadi Ziuganov.

Também estiveram os ex-chefes do Estado-Maior do Exército iugoslavo Nebojsa Pavkovic e Dragoljub Ojdanic, e ex-vice-presidente do governo iugoslavo Nikola Sainovic, os três acusados de crimes de guerra e em liberdade provisória até o início do julgamento perante o Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (TPII).

Assistiram ao ato também os líderes do ultranacionalista partido radical sérvio Tomislav Nikolic e Aleksander Vucic, e o ex-presidente iugoslavo Zoran Lilic.

Fora do jardim, a umas dezenas de metros da porta de entrada, um cordão policial teve que impedir que milhares de seguidores de Milosevic que levavam suas fotos, bandeiras sérvias e do SPS, e flores, se aproximassem ao túmulo.

Milosevic morreu há uma semana aos 64 anos de idade em sua cela na prisão do TPII, em Haia, que o julgava desde 2002 por sua suposta responsabilidade nos crimes de guerra cometidos na Bósnia, Croácia e Kosovo na década de 90.

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