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20/03/2006
-
05h28
da Efe
Dois organismos da ONU pediram neste domingo à América Latina que faça mais esforços para levar água a 130 milhões de habitantes que vivem nos subúrbios das cidades e que invista mais em melhores medições meteorológicas perante os desastres naturais.
O Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (UN-HABITAT) expôs no 4º Fórum Mundial de Água dados que indicam que 44% da população da América Latina vive em condições de pobreza e 19% na indigência.
Em sua apresentação da análise, o diretor do escritório regional para a América Latina e o Caribe da UN-HABITAT, Jorge Gavidia, assinalou que 75% dos cerca de 550 milhões de pessoas que vivem na região moram em áreas urbanas.
Muitas vezes, os terrenos ocupados nos subúrbios foram invadidos o que faz que em Lima (Peru), por exemplo, "quase 50% da população viva em assentamentos informais".
Estas condições tornam mais vulnerável o povo, que carece de condições adequadas para contar com "a infra-estrutura e os serviços sociais através dos mecanismos formais".
Estas condições fazem com que milhões de pessoas estejam muito expostas a possíveis desastres naturais, um risco que no ano passado foi sentido com furacões como o Katrina e o Wilma, que danificaram seriamente a América Central e vários estados mexicanos.
O secretário-geral da Organização Mundial da Meteorologia (OMM), Michael Jarraud, advertiu que a região precisa deixar de tratar como fenômenos isolados as catástrofes naturais e investir mais em prevenção de desastres hidrometeorológicos e em previsões climatológicas.
"A América Latina sofre todo o tipo de desastres, secas, inundações, furacões tropicais e desabamentos de terra", afirmou Jarraud.
Ele disse ainda que a OMM tem sistemas de previsão climatológica que permitem ver de 5 a 7 meses adiante o desenvolvimento de sistemas meteorológicos e que a novidade destes modelos é que juntam a informação da atmosfera com a dos oceanos.
Por sua parte, o diretor do Sistema de Hidrologia Operacional da OMM, o venezuelano Claudio Caponi, lamentou que a região não conte ainda com dados para fazer prognósticos de fenômenos atmosféricos a longo prazo.
Neste domingo, a ministra do Meio Ambiente da Espanha, Cristina Narbona, visitou o 4º Fórum Mundial de Água e declarou que seu país gostaria de uma declaração final mais ambiciosa que aquela com a qual se trabalha, o que a Bolívia já tinha reivindicado.
Narbona entende que o documento final representa "um acordo de mínimos" válido ao qual serão apresentados como anexo algumas considerações do bloco da União Européia (UE).
Também não estão de acordo com o documento coletivos representados no 4º Fórum Lesha Witmer, coordenadora do Comitê Mulheres pela Água, que defendeu que o acesso à água fique garantido no documento, como propõe a Bolívia.
A porta-voz das organizações de mulheres acha que é necessário "iniciar e fazer com que se cumpra nas legislações nacionais dos países" o direito a um consumo mínimo de água, algo que cerca de vinte países já reconhecem.
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ONU reivindica atenção de latino-americanos a desastres meteorológicos
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Dois organismos da ONU pediram neste domingo à América Latina que faça mais esforços para levar água a 130 milhões de habitantes que vivem nos subúrbios das cidades e que invista mais em melhores medições meteorológicas perante os desastres naturais.
O Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (UN-HABITAT) expôs no 4º Fórum Mundial de Água dados que indicam que 44% da população da América Latina vive em condições de pobreza e 19% na indigência.
Em sua apresentação da análise, o diretor do escritório regional para a América Latina e o Caribe da UN-HABITAT, Jorge Gavidia, assinalou que 75% dos cerca de 550 milhões de pessoas que vivem na região moram em áreas urbanas.
Muitas vezes, os terrenos ocupados nos subúrbios foram invadidos o que faz que em Lima (Peru), por exemplo, "quase 50% da população viva em assentamentos informais".
Estas condições tornam mais vulnerável o povo, que carece de condições adequadas para contar com "a infra-estrutura e os serviços sociais através dos mecanismos formais".
Estas condições fazem com que milhões de pessoas estejam muito expostas a possíveis desastres naturais, um risco que no ano passado foi sentido com furacões como o Katrina e o Wilma, que danificaram seriamente a América Central e vários estados mexicanos.
O secretário-geral da Organização Mundial da Meteorologia (OMM), Michael Jarraud, advertiu que a região precisa deixar de tratar como fenômenos isolados as catástrofes naturais e investir mais em prevenção de desastres hidrometeorológicos e em previsões climatológicas.
"A América Latina sofre todo o tipo de desastres, secas, inundações, furacões tropicais e desabamentos de terra", afirmou Jarraud.
Ele disse ainda que a OMM tem sistemas de previsão climatológica que permitem ver de 5 a 7 meses adiante o desenvolvimento de sistemas meteorológicos e que a novidade destes modelos é que juntam a informação da atmosfera com a dos oceanos.
Por sua parte, o diretor do Sistema de Hidrologia Operacional da OMM, o venezuelano Claudio Caponi, lamentou que a região não conte ainda com dados para fazer prognósticos de fenômenos atmosféricos a longo prazo.
Neste domingo, a ministra do Meio Ambiente da Espanha, Cristina Narbona, visitou o 4º Fórum Mundial de Água e declarou que seu país gostaria de uma declaração final mais ambiciosa que aquela com a qual se trabalha, o que a Bolívia já tinha reivindicado.
Narbona entende que o documento final representa "um acordo de mínimos" válido ao qual serão apresentados como anexo algumas considerações do bloco da União Européia (UE).
Também não estão de acordo com o documento coletivos representados no 4º Fórum Lesha Witmer, coordenadora do Comitê Mulheres pela Água, que defendeu que o acesso à água fique garantido no documento, como propõe a Bolívia.
A porta-voz das organizações de mulheres acha que é necessário "iniciar e fazer com que se cumpra nas legislações nacionais dos países" o direito a um consumo mínimo de água, algo que cerca de vinte países já reconhecem.
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