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12/04/2006
-
18h20
da France Presse, em Washington
O governo George W. Bush insistiu publicamente que as fotos aéreas tiradas de dois caminhões no Iraque evidenciaram o programa do país de armas proibidas, depois que especialistas do Pentágono determinaram justamente o oposto, revelou nesta quarta-feira o jornal "The Washington Post".
Em maio de 2003, o presidente Bush declarou que os caminhões --fotografados apenas algumas semanas depois do início da invasão do Iraque liderada pelos Estados Unidos--, eram os supostos "laboratórios biológicos móveis".
"Encontramos as armas de destruição em massa", disse o presidente americano na época.
A declaração foi repetida por funcionários do primeiro escalão do governo durante meses, embora agentes da inteligência americana tivessem recebido as conclusões de um informe do Pentágono esclarecendo que a acusação não era verdadeira, ressaltou o jornal.
A investigação secreta do Pentágono, cujas conclusões foram reveladas recentemente, concluiu que os caminhões não eram apropriados para produzir armas biológicas.
Apesar disso, durante quase um ano, depois de o relatório de maio de 2003 ter sido publicado, a administração Bush e seus funcionários de inteligência continuaram afirmando publicamente que os caminhões eram fábricas de armas de destruição em massa.
O documento que contradiz essa versão foi elaborado por nove especialistas civis em armas biológicas, americanos e britânicos.
A informação sobre os laboratórios móveis --capazes de enganar as inspeções internacionais-- também foi entregue à ONU (Organização das Nações Unidas) antes da Guerra do Iraque.
Irritação
O porta-voz da Casa Branca negou nesta quarta-feira, demonstrando rara irritação, a matéria do "Washington Post" sugerindo que Bush havia ignorado informações que eliminariam o que era considerado prova de que Saddam Hussein produzia armas de destruição em massa.
O porta-voz Scott McClellan classificou "de irresponsáveis" as informações publicadas no mesmo dia pelo jornal e indagou de maneira agressiva se a rede ABC que as divulgou apresentaria um pedido de desculpas.
No dia 29 de maio de 2003, Bush anunciava que o governo, enfim, tinha em seu poder a prova e que outras surgiriam.
De acordo com o jornal, o relatório preliminar de três páginas e o relatório final de 122 páginas, entregues três semanas, foram arquivados e, durante vários meses, o governo continuou a usar os caminhões para justificar a Guerra do Iraque.
A reportagem não mencionou que Bush tinha conhecimento do relatório de 29 de maio de 2003. Mas reforça os argumentos daqueles que acusam o governo de ter manipulado a informação para legitimar a guerra antes e depois.
O texto dá "ao leitor a impressão de que o presidente afirmava uma coisa desmentida pela inteligência", disse McClellan. "Não é verdade. Esta informação é irresponsável", afirmou o porta-voz da Casa Branca.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre os supostos laboratórios móveis do Iraque
EUA sabiam que laboratórios do Iraque eram inofensivos, diz jornal
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O governo George W. Bush insistiu publicamente que as fotos aéreas tiradas de dois caminhões no Iraque evidenciaram o programa do país de armas proibidas, depois que especialistas do Pentágono determinaram justamente o oposto, revelou nesta quarta-feira o jornal "The Washington Post".
Em maio de 2003, o presidente Bush declarou que os caminhões --fotografados apenas algumas semanas depois do início da invasão do Iraque liderada pelos Estados Unidos--, eram os supostos "laboratórios biológicos móveis".
"Encontramos as armas de destruição em massa", disse o presidente americano na época.
A declaração foi repetida por funcionários do primeiro escalão do governo durante meses, embora agentes da inteligência americana tivessem recebido as conclusões de um informe do Pentágono esclarecendo que a acusação não era verdadeira, ressaltou o jornal.
A investigação secreta do Pentágono, cujas conclusões foram reveladas recentemente, concluiu que os caminhões não eram apropriados para produzir armas biológicas.
Apesar disso, durante quase um ano, depois de o relatório de maio de 2003 ter sido publicado, a administração Bush e seus funcionários de inteligência continuaram afirmando publicamente que os caminhões eram fábricas de armas de destruição em massa.
O documento que contradiz essa versão foi elaborado por nove especialistas civis em armas biológicas, americanos e britânicos.
A informação sobre os laboratórios móveis --capazes de enganar as inspeções internacionais-- também foi entregue à ONU (Organização das Nações Unidas) antes da Guerra do Iraque.
Irritação
O porta-voz da Casa Branca negou nesta quarta-feira, demonstrando rara irritação, a matéria do "Washington Post" sugerindo que Bush havia ignorado informações que eliminariam o que era considerado prova de que Saddam Hussein produzia armas de destruição em massa.
O porta-voz Scott McClellan classificou "de irresponsáveis" as informações publicadas no mesmo dia pelo jornal e indagou de maneira agressiva se a rede ABC que as divulgou apresentaria um pedido de desculpas.
No dia 29 de maio de 2003, Bush anunciava que o governo, enfim, tinha em seu poder a prova e que outras surgiriam.
De acordo com o jornal, o relatório preliminar de três páginas e o relatório final de 122 páginas, entregues três semanas, foram arquivados e, durante vários meses, o governo continuou a usar os caminhões para justificar a Guerra do Iraque.
A reportagem não mencionou que Bush tinha conhecimento do relatório de 29 de maio de 2003. Mas reforça os argumentos daqueles que acusam o governo de ter manipulado a informação para legitimar a guerra antes e depois.
O texto dá "ao leitor a impressão de que o presidente afirmava uma coisa desmentida pela inteligência", disse McClellan. "Não é verdade. Esta informação é irresponsável", afirmou o porta-voz da Casa Branca.
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