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18/04/2006 - 02h44

Vento do deserto de Gobi continua cobrindo Pequim de areia

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da Efe, em Pequim

A cidade de Pequim, na China, permanece nesta terça-feira, pelo segundo dia consecutivo, coberta por uma camada de areia dourada do deserto do Gobi, o que aumentou gravemente a poluição atmosférica e dificulta a respiração. Por este motivo, várias pessoas na capital chinesa utilizam máscaras.

A poluição alcançou o nível cinco, o máximo, e foi registrado um aumento de 20% nas consultas médicas motivadas por doenças respiratórias. As autoridades recomendaram que a população saia de casa o menos possível, principalmente pessoas com problemas respiratórios, idosos e crianças.

A falta de chuva --apenas chuviscou ligeiramente durante a noite-- impede também a limpeza da areia no ar, que segundo as autoridades, continuará flutuando também nesta quarta-feira (19). A situação está agravada pela grande quantidade de pólen presente no ambiente, desde a chegada da primavera.

Ruas, telhados e automóveis estão, desde domingo (16), cobertos por uma camada de areia semelhante à neve e que dá à cidade um ar dourado, em meio à escuridão causada pela espessa névoa.

A Prefeitura ordenou a limpeza, com água, de cerca de 500 avenidas e ruas, e a suspensão de escavações nas obras e do transporte de areia pelos trabalhos de infra-estruturas.

Ventos de até seis graus --em uma escala de nove, conforme a medição utilizada na China-- transportaram novamente, durante a noite de ontem (17), areia do deserto de Gobi vinda da Mongólia, da região autônoma da Mongólia Interior chinesa e da província de Gansu, no noroeste do país.

Nessas regiões, o vento alcançou 30 metros por segundo, de acordo com o "Beijing Morning Post". O jornal também destacou o fato de Pequim sofrer, atualmente, cerca de seis tempestades de areia por ano, número mais elevado dos últimos trinta anos.

Um meteorologista declarou ao jornal "Novo Pequim" que "desta vez, as tempestades transportam partículas grandes" de areia, razão pela qual o fenômeno se tornou mais visível.

"Trata-se da sétima vez que o fato ocorre desde o início da primavera, e da incidência mais grave dos últimos anos", acrescentou, referindo-se ao problema da poluição da capital chinesa causada pela desertificação de uma região situada a cerca de 500 km de distância.

Segundo o encarregado do escritório municipal de Meio Ambiente de Pequim, Wang Xiaoming, as partículas que flutuam pelo ar de Pequim, há dois dias, são dez vezes maiores (0,1 milímetro) que a poeira habitual.

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