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20/04/2006 - 18h59

Bush pede desculpas a presidente chinês por protesto em discurso

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da France Presse, em Washington

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pediu desculpas nesta quinta-feira ao colega chinês, Hu Jintao, pela interrupção de uma cerimônia de boas-vindas ao líder chinês por uma manifestante, informou Dennis Wilder, diretor em funções para Assuntos Asiáticos do Conselho de Segurança Nacional americano.

Segundo Bush, citado por Wilder, o episódio "foi infeliz". "Lamento que tenha ocorrido."

Bush se mostrou visivelmente envergonhado com o incidente. A ativista Wang Wenyi, da seita chinesa Falun Gong, considerada ilegal por Pequim, recebeu o credenciamento para participar do evento como repórter de um jornal de propriedade desse grupo.

A manifestante será acusada por perturbação da ordem e intimidação a um dirigente estrangeiro, anunciou o serviço secreto dos EUA.

Wang, que trabalhava para o "Epoch Times", ficou entre os fotógrafos e gritou palavras de ordem pró-Falun Gong, enquanto Hu fazia seu pronunciamento, antes de conversar com Bush.

A chinesa foi levada por agentes do serviço secreto americano.

"Ela será acusada por intimidação de uma autoridade estrangeira" além de perturbação proposital, anunciou o porta-voz do serviço secreto, Jonathan Cherry, acrescentando que ela ainda está sendo mantida sob custódia para uma primeira audiência em uma corte federal de Washington DC, possivelmente na quinta-feira.

Wang estava na cerimônia oficial de boas-vindas ao líder chinês "com um credenciamento temporário" de imprensa e "passou por todos os níveis de segurança, incluindo detector de metais e protocolos de segurança", completou Cherry.

A manifestante é médica, trabalha eventualmente como jornalista para o "Epoch Times", fundado pelo movimento Falun Gong, informou a própria publicação, cujo porta-voz destacou que a intervenção de Wang não foi feita em nome do jornal.

"Estamos investigando para entender o que aconteceu", declarou Stephen Gregory, editor do jornal. "Não se trata de algo feito em nome do 'Epoch Times'", afirmou ele, acrescentando que a ativista teria realizado pesquisas intensivas sobre a acusação de tráfico de órgãos feita pelo Falun Gong contra o governo chinês.

As autoridades chinesas consideram, desde 1999, o Falun Gong uma perigosa seita e desmentem as acusações de tortura e de tráfico de órgãos.

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