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22/04/2006
-
09h29
da Efe, em Moscou
Um ataque militar de Israel contra as centrais nucleares do Irã desencadearia uma "catástrofe nuclear", já que propagaria a radiação por toda a região do Oriente Médio, advertiu neste sábado Ali Akbar Soltani, diretor de política internacional do Ministério iraniano de Relações Exteriores.
"Seria equivalente a uma catástrofe nuclear mundial, razão pela qual a comunidade internacional não deveria permitir isso", disse Soltani, representante permanente do regime de Teerã em Viena, segundo informou a agência oficial Itar-Tass.
Soltani, que participa de uma conferência internacional sobre segurança energética global em Moscou, afirmou que "a catástrofe nuclear de Tchernobil (Ucrânia) demonstrou que a radiação não conhece fronteiras".
"Se Israel nos atacar, todo Oriente Médio seria contaminado pela radiação", disse.
O diplomata iraniano lembrou que um ataque desse tipo violaria as cartas das Nações Unidas e da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
"O Conselho de Segurança da ONU deveria reagir imediatamente a tais ameaças", disse.
"Exército poderoso"
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou nesta semana, em um discurso em ocasião do Dia das Forças Armadas, que o Exército de seu país "é um dos mais poderosos do mundo" e que "cortaria as mãos de quem planejasse agredir" o Irã. Já o presidente americano, George W. Bush, não descartou a opção militar na crise provocada pelo contencioso nuclear iraniano.
Soltani acrescentou que o Irã tem a intenção de criar suas próprias reservas estratégicas de combustível nuclear para alimentar seus reatores e centrais nucleares. "O combustível para nossos reatores de pesquisa está prestes a acabar, por isso nos vemos obrigados a garantir reservas para a realização desses experimentos", disse. "Esta é a principal razão pela qual o Irã deseja dispor de seu próprio ciclo nuclear, e não estamos dispostos a renunciar a esse direito", acrescentou.
Quanto à oferta do Kremlin de enriquecer urânio em território russo para abastecer as centrais iranianos, Soltani adiantou que seu país "está disposto a manter negociações com a Rússia para que essa proposta seja posta em prática. O representante do governo iraniano disse confiar na Rússia.
O Irã, segundo acrescentou, também está disposto a permitir que os inspetores da AIEA que visitem qualquer instalação nuclear do país.
Soltani informou que, dentro de um mês, seu país organizará uma concorrência internacional para a construção de duas novas centrais nucleares em seu território.
Além disso, a central atômica de Bushehr, que a Rússia constrói às margens do golfo Pérsico, entrará em funcionamento no final deste ano, disse, apesar dos apelos dos Estados Unidos pela suspensão de sua construção.
A crise em torno do programa nuclear de Teerã se agravou em 11 de abril, quando o presidente do Irã anunciou que seu país tinha conseguido enriquecer urânio.
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Leia o que já foi publicado sobre o programa nuclear iraniano
Irã alerta para "catástrofe nuclear" em caso de ataque a usinas
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Um ataque militar de Israel contra as centrais nucleares do Irã desencadearia uma "catástrofe nuclear", já que propagaria a radiação por toda a região do Oriente Médio, advertiu neste sábado Ali Akbar Soltani, diretor de política internacional do Ministério iraniano de Relações Exteriores.
"Seria equivalente a uma catástrofe nuclear mundial, razão pela qual a comunidade internacional não deveria permitir isso", disse Soltani, representante permanente do regime de Teerã em Viena, segundo informou a agência oficial Itar-Tass.
Soltani, que participa de uma conferência internacional sobre segurança energética global em Moscou, afirmou que "a catástrofe nuclear de Tchernobil (Ucrânia) demonstrou que a radiação não conhece fronteiras".
"Se Israel nos atacar, todo Oriente Médio seria contaminado pela radiação", disse.
O diplomata iraniano lembrou que um ataque desse tipo violaria as cartas das Nações Unidas e da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
"O Conselho de Segurança da ONU deveria reagir imediatamente a tais ameaças", disse.
"Exército poderoso"
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou nesta semana, em um discurso em ocasião do Dia das Forças Armadas, que o Exército de seu país "é um dos mais poderosos do mundo" e que "cortaria as mãos de quem planejasse agredir" o Irã. Já o presidente americano, George W. Bush, não descartou a opção militar na crise provocada pelo contencioso nuclear iraniano.
Soltani acrescentou que o Irã tem a intenção de criar suas próprias reservas estratégicas de combustível nuclear para alimentar seus reatores e centrais nucleares. "O combustível para nossos reatores de pesquisa está prestes a acabar, por isso nos vemos obrigados a garantir reservas para a realização desses experimentos", disse. "Esta é a principal razão pela qual o Irã deseja dispor de seu próprio ciclo nuclear, e não estamos dispostos a renunciar a esse direito", acrescentou.
Quanto à oferta do Kremlin de enriquecer urânio em território russo para abastecer as centrais iranianos, Soltani adiantou que seu país "está disposto a manter negociações com a Rússia para que essa proposta seja posta em prática. O representante do governo iraniano disse confiar na Rússia.
O Irã, segundo acrescentou, também está disposto a permitir que os inspetores da AIEA que visitem qualquer instalação nuclear do país.
Soltani informou que, dentro de um mês, seu país organizará uma concorrência internacional para a construção de duas novas centrais nucleares em seu território.
Além disso, a central atômica de Bushehr, que a Rússia constrói às margens do golfo Pérsico, entrará em funcionamento no final deste ano, disse, apesar dos apelos dos Estados Unidos pela suspensão de sua construção.
A crise em torno do programa nuclear de Teerã se agravou em 11 de abril, quando o presidente do Irã anunciou que seu país tinha conseguido enriquecer urânio.
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