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25/04/2006
-
12h48
da Folha Online
O Greenpeace alertou nesta terça-feira --dia em que a tragédia de Tchernobil completa 20 anos-- para o risco nuclear existente no Brasil e no mundo. A tragédia aconteceu no início da madrugada do dia 26 de abril na Ucrânia, país que tem fuso horário adiantado em relação ao Brasil.
Segundo o grupo, o risco aumenta no país com o Programa Nuclear Brasileiro, que prevê a construção de Angra 3 e de mais seis usinas atômicas --duas de grande porte e quatro minicentrais no Nordeste.
O projeto --que custaria R$ 30 bilhões até 2022-- incluiria a construção de um submarino nuclear e de uma central de enriquecimento de urânio
De acordo com o estudo realizado pelo Greenpeace --que envolveu 52 cientistas e foi lançado na semana passada-- as proporções da catástrofe de Tchernobil foram muito maiores que as apresentadas pelos números oficiais da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em setembro de 2005.
Segundo a pesquisa, amostras do solo da Ucrânia --coletadas em outubro de 2005-- indicam que algumas regiões do país continuam altamente contaminadas e que a população ainda sofre os efeitos da radiação nuclear.
Nesta quarta-feira, o Greenpeace lançará um calendário ilustrado com fotos das vítimas de Tchernobil e de outros locais contaminados por radiação.
Segurança
Vinte anos depois da tragédia de Tchernobil, o Brasil ainda enfrenta problemas na área de segurança nuclear, segundo o grupo ecológico.
Um relatório da Câmara dos Deputados, aprovado no mês passado, mostrou que diversos problemas de segurança nuclear permanecem sem solução.
Em 1987, o Brasil também foi palco de um desastre radioativo --o maior acidente radiológico do mundo. O desastre com Césio-137 ocorreu na cidade de Goiânia, demonstrando as falhas nos procedimentos do governo e o risco da liberação descontrolada de um elemento radioativo.
Assim como milhares de pessoas afetadas por Tchernobil, em Goiânia, as vítimas continuam desamparadas, quase 19 anos após o acidente.
Segundo Guilherme Leonardi, coordenador da campanha de energia nuclear do Greenpeace Brasil, o aniversário da tragédia de Tchernobil serve para "lembrar que não se pode ignorar os perigos da energia nuclear, nem os diversos problemas que o país possui na área de segurança atômica".
"Não é admissível que dinheiro público seja desperdiçado com a compra de uma energia cara, perigosa, suja e ultrapassada", acrescentou Leonardi.
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O Greenpeace alertou nesta terça-feira --dia em que a tragédia de Tchernobil completa 20 anos-- para o risco nuclear existente no Brasil e no mundo. A tragédia aconteceu no início da madrugada do dia 26 de abril na Ucrânia, país que tem fuso horário adiantado em relação ao Brasil.
Segundo o grupo, o risco aumenta no país com o Programa Nuclear Brasileiro, que prevê a construção de Angra 3 e de mais seis usinas atômicas --duas de grande porte e quatro minicentrais no Nordeste.
O projeto --que custaria R$ 30 bilhões até 2022-- incluiria a construção de um submarino nuclear e de uma central de enriquecimento de urânio
De acordo com o estudo realizado pelo Greenpeace --que envolveu 52 cientistas e foi lançado na semana passada-- as proporções da catástrofe de Tchernobil foram muito maiores que as apresentadas pelos números oficiais da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em setembro de 2005.
Segundo a pesquisa, amostras do solo da Ucrânia --coletadas em outubro de 2005-- indicam que algumas regiões do país continuam altamente contaminadas e que a população ainda sofre os efeitos da radiação nuclear.
Nesta quarta-feira, o Greenpeace lançará um calendário ilustrado com fotos das vítimas de Tchernobil e de outros locais contaminados por radiação.
Segurança
Vinte anos depois da tragédia de Tchernobil, o Brasil ainda enfrenta problemas na área de segurança nuclear, segundo o grupo ecológico.
Um relatório da Câmara dos Deputados, aprovado no mês passado, mostrou que diversos problemas de segurança nuclear permanecem sem solução.
Em 1987, o Brasil também foi palco de um desastre radioativo --o maior acidente radiológico do mundo. O desastre com Césio-137 ocorreu na cidade de Goiânia, demonstrando as falhas nos procedimentos do governo e o risco da liberação descontrolada de um elemento radioativo.
Assim como milhares de pessoas afetadas por Tchernobil, em Goiânia, as vítimas continuam desamparadas, quase 19 anos após o acidente.
Segundo Guilherme Leonardi, coordenador da campanha de energia nuclear do Greenpeace Brasil, o aniversário da tragédia de Tchernobil serve para "lembrar que não se pode ignorar os perigos da energia nuclear, nem os diversos problemas que o país possui na área de segurança atômica".
"Não é admissível que dinheiro público seja desperdiçado com a compra de uma energia cara, perigosa, suja e ultrapassada", acrescentou Leonardi.
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