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01/05/2006 - 17h40

Petrobras vai analisar junto com governo reação à medida de Morales

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DENYSE GODOY
da Folha Online

A Petrobras vai analisar junto com autoridades brasileiras as conseqüências para a empresa da nacionalização dos campos de exploração de gás e petróleo da Bolívia, anunciada pelo presidente Evo Morales nesta segunda-feira, bem como a resposta a ela.

"A medida ainda está sendo objeto de exames mais detalhados", diz Ildo Sauer, diretor da área de gás da petrolífera brasileira. "Estamos todos preocupados em ter uma posição o mais cedo possível para assegurar os interesses da Petrobras e dos seus acionistas."

Sauer frisou que o contrato da Petrobras com a estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) para fornecimento de gás natural para o Brasil não é afetado pela decisão do governo boliviano, portanto não há perigo de que seja prejudicado a distribuição para o mercado consumidor. "O suprimento regular não será afetado", afirma.

Nota

Em nota divulgada, a Petrobras afirma que a atitude do governo boliviano foi "unilateral" e alterou substancialmente as condições de sua operação no país. "A Petrobras está analisando as ações do governo boliviano para adotar as medidas cabíveis, em todas as instâncias, no sentido de garantir o fornecimento de gás para o mercado brasileiro e de resguardar os direitos da companhia".

As principais empresas petrolíferas operando na Bolívia são a Petrobras (Brasil), a Repsol YPF (Espanha e Argentina), British Gas e British Petroleum (Reino Unido) e a Total (França). A partir de hoje, elas estão obrigadas a entregar as propriedades para a empresa estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), que assumirá a comercialização da produção, definindo condições, volumes e preços tanto para o mercado interno quanto para exportação.

A Petrobras já injetou, desde 1996, US$ 1,5 bilhão na Bolívia, além de US$ 2 bilhões para trazer o gás ao Brasil. Ela explora os dois principais campos de gás do país --os quais já teriam sido ocupados pelo Exército boliviano hoje-- e tem duas refinarias, entre outros. É a maior empresa na Bolívia e responde por 15% do PIB do país.

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