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21/05/2006 - 20h21

Montenegro desapareceu após a Primeira Guerra Mundial

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da Folha Online

A divisão de grupos pró e contra a independência de Montenegro está profundamente enraizada à história desta pequena república do mar Adriático. Com a tensão crescendo após a votação, há temores de que haja manifestações violentas após a divulgação dos resultados do referendo.

A união de Sérvia e Montenegro é o último traço da federação iugoslava, cujo esfacelamento teve início com eventos sangrentos no começo da década de 1990.

Os 485 mil eleitores foram questionados, neste domingo, se queriam se separar da Sérvia, parceiro que possui oito vezes o seu tamanho e que restaurou ao então reino seu status de Estado no período de 1878 a 1918.

Como reino independente, Montenegro foi apagado do mapa após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e agregado à recém-formada federação iugoslava.

Muitos montenegrinos resistiram à anexação, e uma guerrilha se seguiu pelo país durante sete anos. Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), as seis repúblicas da Iugoslávia se tornaram comunistas, integrando a chamada cortina de ferro.

Durante a violenta separação nos anos 90, líderes montenegrinos juntaram-se ao presidente sérvio Slobodan Milosevic --que posteriormente responderia por crimes de guerra-- em sua campanha contra as repúblicas da Eslovênia, Croácia e Bósnia-Herzegóvina.

As relações, no entanto, azedaram, e os Estados Unidos --temendo outra fragmentação nos estados balcânicos-- intermediou um acordo que, em 2002, manteria Sérvia e Montenegro unidos.

Grupos pró-independência de Montenegro argumentaram que esse empobrecido, mas espetacular país de montanhas proeminentes e impressionante costa banhada pelo mar Adriático, estava sendo asfixiado pela Sérvia.

A classe dominante montenegrina afirmou que a separação impulsionaria a economia e aumentaria as possibilidades de Montenegro traçar o caminho da Eslovênia, que também pertenceu à Iugoslávia e pertence à UE desde 1º de maio de 2004. A Eslovênia deverá se tornar o 13º país, e o primeiro do Leste da Europa, a adotar a moeda única do bloco, o euro, em 2007.

O grupo pró-sérvio afirma que o Estado, cuja população é de 620 mil habitantes, é muito pequeno para se auto-sustentar.

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