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23/05/2006 - 16h43

EUA já cogitam China como ameaça militar

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da Folha Online

O rápido desenvolvimento militar e o acelerado ritmo de modernização das forças estratégicas da China podem promover uma concorrência do país com os Estados Unidos e representar uma ameaça contra outros países asiáticos, segundo relatório divulgado nesta terça-feira pelo Pentágono.

No informe anual enviado ao Congresso americano, o Departamento de Defesa explicou que a habilidade da China em sustentar seu poder militar à distancia é limitada, mas que o país tem mais potencial que qualquer outra nação para competir militarmente com os Estados Unidos.

O relatório "Força Militar Chinesa 2006" indica que essa modernização segue tendo como alvo Taiwan, tradicional rival de Pequim, mas que as autoridades militares chinesas poderiam, com o projeto, visar também outros territórios.

"A modernização da força nuclear estratégica chinesa, a capacidade de negar acesso terrestre e marinho e as emergentes armas ofensivas de precisão têm o potencial de representar ameaças críveis a forças militares modernas que operam na região", assinala o documento.

Nos últimos anos, o governo chinês adquiriu mais aviões e armamento de longo alcance, sendo que a despesa militar do país cresceu em um ritmo anual acima de 10%.

Além disso, a China aumentou em cerca de 25 mil soldados o total de militares dispostos em três regiões costeiras próximas a Taiwan. Estas tropas terrestres receberam ainda o reforço de tanques, veículos blindados de transporte e artilharia.

A China considera Taiwan uma "Província rebelde" --embora funcione como um país autônomo-- e pleiteia sua reintegração desde 1949, quando o governo derrubado pela revolução comunista fugiu para a ilha. A entidade política não é reconhecida como Estado soberano pela ONU (Organização das Nações Unidas) e não faz parte das principais organizações internacionais.

Os EUA, que são o principal fornecedor de armamento para Taiwan, pediram cautela para que ambos os países não provoquem uma mudança da situação política sob o uso da força.

O Departamento de Defesa dos EUA acrescenta que as autoridades chinesas ainda devem explicar "o propósito ou os objetivos de sua expansão militar" e lamenta a falta de transparência no tema.

Nos últimos anos, o Pentágono expressou em várias ocasiões seu alerta pela modernização militar chinesa. No início de 2006, em seu relatório sobre estratégias a longo prazo, classificou o país asiático como a potência que mais poderia competir com os Estados Unidos do ponto de vista militar.

Nesta segunda-feira (22), o governo americano descartou o ingresso da China no grupo das oito principais potências industriais do planeta, o G8.

Em um comunicado, o Departamento de Estado dos EUA informou que "o G8 [Alemanha, Canadá, Reino Unido, EUA, França, Itália, Japão e Rússia] não considera sua expansão".

"Mantemos um ativo compromisso bilateral com a China nos âmbitos multilaterais adequados", acrescentou a nota.

Oposição na ONU

Entre os cinco países-membros do Conselho de Segurança (CS) da ONU com poder de veto, apenas a China e a Rússia têm se posicionado contrariamente à adoção de sanções contra programa nuclear do governo do Irã.

Os EUA, ao lado de seus aliados ocidentais no CS, concordam em impor sanções ao país persa como forma de punição pelo descumprimento das exigências da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica). Além disso, Washington ameaça realizar uma intervenção militar.

A China --um dos principais parceiros econômicos do Irã-- rechaçam qualquer ataque ao território iraniano e pregam a via diplomática como único meio para resolver a questão.

Com agências internacionais

Especial
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