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31/05/2006 - 01h37

Jovens apedrejam delegacia e incendeiam carros em Paris

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da France Presse, em Paris

Quatro policiais sofreram ferimentos leves, dez carros foram incendiados e cinco pessoas acabaram presas durante conflitos ocorridos na terça-feira (30) em Montfermeil e Clichy-sous-Bois, duas cidades da periferia norte de Paris.

Segundo a polícia, um grupo de jovens atacou uma delegacia com pedradas, ferindo três policiais. Em Clichy-sous-Bois e Montfermeil, cinco pessoas foram presas enquanto atiravam pedras.

Nas duas cidades, pelo menos dez veículos foram incendiados durante os incidentes. Desde o início do dia, Clichy-sous-Bois e Montfermeil foram palco de confrontos entre grupos de jovens e policiais, que fazem lembrar a violência de sete meses atrás.

As duas cidades estão próximas de Seine-Saint-Denis, também na periferia de Paris, epicentro da onda de violência de novembro do ano passado.

Em Clichy-sous-Bois, dois jornalistas da France Presse presenciaram a queima de um carro de polícia. Outros dois automóveis foram incendiados na mesma cidade.

Já em Montfermeil, uma patrulha policial foi alvo de projéteis, enquanto um helicóptero da polícia sobrevoava ambos os distritos com um refletor.

Os confrontos começaram na madrugada desta terça-feira, em Montfermeil, com o enfrentamento entre policiais e jovens armados com tacos de beisebol.

A confusão foi detonada após uma tentativa de assalto por parte destes grupos à residência do prefeito de Montfermeil (leste de Paris), que promulgou recentemente um "decreto antigangues" para prevenir o surgimento de focos de violência. O decreto proíbe adolescentes de se reunirem em grupos no centro da cidade sem a supervisão de um adulto. A decisão foi revogada por uma corte judicial.

O ataque à casa do prefeito foi considerado o pior incidente violento desde a onda de ataques ocorrida em novembro do ano passado.

Déja-vu

Os ataques de 2005 tiveram início em Clichy-Sous-Boi. Em três semanas de confrontos, cerca de 9.000 veículos foram queimados e dezenas de prédios públicos e comércios foram depredados em toda a França.

O governo declarou estado de emergência para conter os piores distúrbios no país em 40 anos.

A oposição critica o governo por ter falhado no combate ao desemprego e à discriminação racial, que foram os estopins da onda de violência de novembro passado.

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