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01/06/2006
-
11h17
da Folha Online
Escolas menos afetadas pelo terremoto ocorrido no sábado (27) na ilha de Java reabriram hoje suas portas, mas muitas decidiram adiar o início das aulas por algumas semanas, enquanto continuam os esforços de reconstrução e o envio de ajuda aos quase 650 mil desabrigados.
Segundo dados do Departamento de Educação de Yogyakarta, mais de 620 escolas ficaram reduzidas a escombros, e outras 800 foram danificadas em maior ou menor grau.
O tremor de 6,3 graus na escala Richter matou mais de 6.000 pessoas, feriu ao menos 30 mil e transformou mais de 135 mil casas em escombros em menos de um minuto. A tragédia foi a pior a atingir a Indonésia desde a tsunami de 26 de dezembro 2004, que matou 168 mil pessoas.
Na entrada do colégio Tarakawita, ao norte da cidade de Yogyakarta, dezenas de alunos se atrasaram para a aula e conversavam sobre o terremoto.
Ao sul de Yogyakarta, em Bantul e em Klaten, as escolas continuam fechados e, em alguns casos, restou apenas a placa com o nome da instituição de ensino.
Segundo o último balanço oficial, o número de mortos devido ao terremoto é de 6.234. Forças de paz internacionais se esforçam para chegar aos locais mais remotos de de difícil acesso.
Com 647 mil desalojados, equipes se dividem pelas regiões afetadas para distribuir tendas, medicamentos e alimentos. Segundo a ONU, os esforços foram acelerados após a chegada de tropas de 22 países, mas vítimas ainda questionam se a ajuda está chegando de forma efetiva.
Dificuldades
Em Topriaten, onde poucas casas não foram destruídas, moradores dizem ter recebido apenas um saco de arroz por família das autoridades. As tendas ainda não foram entregues na região.
Muitos desabrigados estão vivendo debaixo de sacos plásticos sobre os escombros das casas, enfrentando dias alternados de chuva e sol forte. Outros estão em casas de parentes.
"Há muitas pessoas com fome aqui", afirmou Warjono, um dos desalojados. "Nós recebemos alguma ajuda do governo, mas não foi dividida igualmente, e recebemos pouco".
Segundo a porta-voz da ONU, Amanda Pitt, a ajuda chega à maioria das regiões. "Em linhas gerais, as coisas estão melhorando", afirmou. "Se você perde sua casa, a situação sempre é desesperadora", acrescentou.
Saúde
A saúde é outra questão preocupante. Dias após o terremoto, pacientes ocupavam corredores em vários hospitais, como de Bantul --o distrito mais atingido pelo tremor.
O principal hospital de Bantul ficou superlotado, com 400 pacientes para apenas cem leitos.
Tanto hospitais como postos de crise instalados às margens das estradas principais reclamam da falta de remédios --como analgésicos, antibióticos e antidiarréicos para o tratamento de complicações recentes, como diarréias ou pneumonias.
Um dos motivos do surgimento destas doenças foi a falta de água potável e as precárias condições higiênicas.
Entre as medidas sanitárias para reduzir o risco de epidemias, foi espalhada fumaça por muitos espaços abertos onde foram instalados campos de desabrigados. A Organização Mundial da Saúde (OMS) organizará, em breve, vacinações maciças de sarampo.
Com agências internacionais
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Escolas menos afetadas pelo terremoto ocorrido no sábado (27) na ilha de Java reabriram hoje suas portas, mas muitas decidiram adiar o início das aulas por algumas semanas, enquanto continuam os esforços de reconstrução e o envio de ajuda aos quase 650 mil desabrigados.
Segundo dados do Departamento de Educação de Yogyakarta, mais de 620 escolas ficaram reduzidas a escombros, e outras 800 foram danificadas em maior ou menor grau.
O tremor de 6,3 graus na escala Richter matou mais de 6.000 pessoas, feriu ao menos 30 mil e transformou mais de 135 mil casas em escombros em menos de um minuto. A tragédia foi a pior a atingir a Indonésia desde a tsunami de 26 de dezembro 2004, que matou 168 mil pessoas.
Na entrada do colégio Tarakawita, ao norte da cidade de Yogyakarta, dezenas de alunos se atrasaram para a aula e conversavam sobre o terremoto.
Ao sul de Yogyakarta, em Bantul e em Klaten, as escolas continuam fechados e, em alguns casos, restou apenas a placa com o nome da instituição de ensino.
Segundo o último balanço oficial, o número de mortos devido ao terremoto é de 6.234. Forças de paz internacionais se esforçam para chegar aos locais mais remotos de de difícil acesso.
Com 647 mil desalojados, equipes se dividem pelas regiões afetadas para distribuir tendas, medicamentos e alimentos. Segundo a ONU, os esforços foram acelerados após a chegada de tropas de 22 países, mas vítimas ainda questionam se a ajuda está chegando de forma efetiva.
Dificuldades
Em Topriaten, onde poucas casas não foram destruídas, moradores dizem ter recebido apenas um saco de arroz por família das autoridades. As tendas ainda não foram entregues na região.
Muitos desabrigados estão vivendo debaixo de sacos plásticos sobre os escombros das casas, enfrentando dias alternados de chuva e sol forte. Outros estão em casas de parentes.
"Há muitas pessoas com fome aqui", afirmou Warjono, um dos desalojados. "Nós recebemos alguma ajuda do governo, mas não foi dividida igualmente, e recebemos pouco".
Segundo a porta-voz da ONU, Amanda Pitt, a ajuda chega à maioria das regiões. "Em linhas gerais, as coisas estão melhorando", afirmou. "Se você perde sua casa, a situação sempre é desesperadora", acrescentou.
Saúde
A saúde é outra questão preocupante. Dias após o terremoto, pacientes ocupavam corredores em vários hospitais, como de Bantul --o distrito mais atingido pelo tremor.
O principal hospital de Bantul ficou superlotado, com 400 pacientes para apenas cem leitos.
Tanto hospitais como postos de crise instalados às margens das estradas principais reclamam da falta de remédios --como analgésicos, antibióticos e antidiarréicos para o tratamento de complicações recentes, como diarréias ou pneumonias.
Um dos motivos do surgimento destas doenças foi a falta de água potável e as precárias condições higiênicas.
Entre as medidas sanitárias para reduzir o risco de epidemias, foi espalhada fumaça por muitos espaços abertos onde foram instalados campos de desabrigados. A Organização Mundial da Saúde (OMS) organizará, em breve, vacinações maciças de sarampo.
Com agências internacionais
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