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02/06/2006
-
08h57
da Folha Online
Policiais do Reino Unido feriram um homem a tiros durante uma operação antiterrorista ocorrida no leste de Londres nesta sexta-feira. Um segundo homem foi preso, de acordo com a polícia.
Mais de 200 policiais --muitos vestindo coletes com proteção para armas químicas-- participaram da operação, que teve início no bairro residencial de Forest Gate às 4h (zero hora de Brasília).
A operação aconteceu após discussão entre o serviço de segurança, a polícia antiterror e especialistas bioquímicos da Agência de Proteção à Saúde, segundo a polícia.
Testemunhas afirmaram que a polícia chegou à vizinhança durante a madrugada e entraram na casa onde o homem baleado vivia com a mulher e quatro filhos há cerca de três anos.
Segundo o jornal britânico "The Guardian", um porta-voz policial se recusou a dizer se armas químicas ou biológicas foram encontradas no local.
"Não iremos comentar detalhes das investigações. A operação foi planejada e os policiais estavam vestidos de acordo com instruções da inteligência", disse o porta-voz.
O ferido foi levado ao hospital Royal London, em Whitechapel, e não corre risco de morte. Um homem de 23 anos foi detido no mesmo local e levado a uma delegacia no centro de Londres.
De acordo com a polícia, outras pessoas que estavam na casa no momento da operação foram levadas para outro local e não foram detidas.
Cerco
Na manhã desta sexta-feira, policiais continuavam a patrulhar as ruas da região, muitas delas ainda cercadas. Uma ambulância e um carro de polícia permaneciam em frente à casa invadida.
Salim Mala, dona de uma loja na região, descreveu a área como uma comunidade "mista", com um grande número de famílias vindas do Paquistão e do leste da Europa.
De acordo com o "Guardian", o incidente foi reportado à IPCC (Comissão Independente de Queixas Policiais). Segundo um porta-voz, dois investigadores estão no local e outros em diferentes pontos. A IPCC disse ainda que é "cedo" para afirmar se o homem baleado estaria armado.
A polícia afirmou que não há nada que sugira "risco imediato para a população" e, caso haja algum risco em potencial, "medidas apropriadas serão tomadas e um alerta será divulgado".
De acordo com a polícia, a operação não tem ligação com os atentados terroristas de 7 de julho de 2005 contra o sistema de transportes de Londres, que mataram 52 pessoas.
Brasileiro
Em 22 de julho passado, policiais britânicos mataram a tiros o brasileiro Jean Charles de Menezes, 27, na estação de metrô de Stockwell, sul de Londres, após confundi-lo com um terrorista.
O brasileiro morreu duas semanas após os atentados de 7 de julho, e um dia após um novo atentado frustrado, em 21 de julho.
Na ocasião, a polícia alegou que Menezes --que estaria sendo vigiado-- estava vestido com uma jaqueta suspeita e havia corrido na estação ao ser abordado pelos policiais.
No entanto, informações divulgadas posteriormente no inquérito oficial sobre a morte contradisseram a versão policial. A polícia então reconheceu que ele trafegava normalmente na estação de metrô, a caminho do trabalho, e que sua morte foi um "trágico erro".
A IPCC realizou duas investigações para avaliar a conduta da polícia no caso. A segunda foi concluída em fevereiro, e as conclusões foram entregues à promotoria britânica.
Com agências internacionais
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Policiais do Reino Unido feriram um homem a tiros durante uma operação antiterrorista ocorrida no leste de Londres nesta sexta-feira. Um segundo homem foi preso, de acordo com a polícia.
Mais de 200 policiais --muitos vestindo coletes com proteção para armas químicas-- participaram da operação, que teve início no bairro residencial de Forest Gate às 4h (zero hora de Brasília).
A operação aconteceu após discussão entre o serviço de segurança, a polícia antiterror e especialistas bioquímicos da Agência de Proteção à Saúde, segundo a polícia.
Testemunhas afirmaram que a polícia chegou à vizinhança durante a madrugada e entraram na casa onde o homem baleado vivia com a mulher e quatro filhos há cerca de três anos.
Reuters |
Policiais reunidos perto do local da operação no leste de Londres; um homem ficou ferido |
"Não iremos comentar detalhes das investigações. A operação foi planejada e os policiais estavam vestidos de acordo com instruções da inteligência", disse o porta-voz.
O ferido foi levado ao hospital Royal London, em Whitechapel, e não corre risco de morte. Um homem de 23 anos foi detido no mesmo local e levado a uma delegacia no centro de Londres.
De acordo com a polícia, outras pessoas que estavam na casa no momento da operação foram levadas para outro local e não foram detidas.
Cerco
Na manhã desta sexta-feira, policiais continuavam a patrulhar as ruas da região, muitas delas ainda cercadas. Uma ambulância e um carro de polícia permaneciam em frente à casa invadida.
Salim Mala, dona de uma loja na região, descreveu a área como uma comunidade "mista", com um grande número de famílias vindas do Paquistão e do leste da Europa.
De acordo com o "Guardian", o incidente foi reportado à IPCC (Comissão Independente de Queixas Policiais). Segundo um porta-voz, dois investigadores estão no local e outros em diferentes pontos. A IPCC disse ainda que é "cedo" para afirmar se o homem baleado estaria armado.
A polícia afirmou que não há nada que sugira "risco imediato para a população" e, caso haja algum risco em potencial, "medidas apropriadas serão tomadas e um alerta será divulgado".
De acordo com a polícia, a operação não tem ligação com os atentados terroristas de 7 de julho de 2005 contra o sistema de transportes de Londres, que mataram 52 pessoas.
Brasileiro
Em 22 de julho passado, policiais britânicos mataram a tiros o brasileiro Jean Charles de Menezes, 27, na estação de metrô de Stockwell, sul de Londres, após confundi-lo com um terrorista.
O brasileiro morreu duas semanas após os atentados de 7 de julho, e um dia após um novo atentado frustrado, em 21 de julho.
Na ocasião, a polícia alegou que Menezes --que estaria sendo vigiado-- estava vestido com uma jaqueta suspeita e havia corrido na estação ao ser abordado pelos policiais.
No entanto, informações divulgadas posteriormente no inquérito oficial sobre a morte contradisseram a versão policial. A polícia então reconheceu que ele trafegava normalmente na estação de metrô, a caminho do trabalho, e que sua morte foi um "trágico erro".
A IPCC realizou duas investigações para avaliar a conduta da polícia no caso. A segunda foi concluída em fevereiro, e as conclusões foram entregues à promotoria britânica.
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