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02/06/2006
-
16h43
da Folha Online
O líder da rede terrorista Al Qaeda no Iraque, Abu Musab al Zarqawi, fez acusações contra xiitas em uma gravação de áudio de quatro horas disponibilizada na internet nesta sexta-feira, alegando que milícias ligadas a esta facção muçulmana estão promovendo estupros e matando sunitas.
Al Zarqawi pediu à comunidade iraquiana que ignore os pedidos de reconciliação e que continue combatendo. A mensagem foi tornada pública num momento em que a administração iraquiana procura concluir a formação de um governo de união com as várias tendências políticas do país.
Os rebeldes sunitas seguidores de Al Zarqawi foram responsáveis por alguns dos ataques suicidas mais sangrentos do Iraque, que tiveram como alvos na maioria das vezes cidadãos xiitas e mesquitas desta facção, em uma tentativa de iniciar uma guerra civil.
"Sunitas, acordem, prestem atenção e se preparem para confrontar o veneno das cobras xiitas", disse Al Zarqawi. "Esqueçam daqueles que pedem pelo fim do sectarismo e clamam pela unidade nacional."
O líder da rede terrorista voltou seus ataques principalmente para duas milícias xiitas ligadas a partidos representados no atual governo, que acusam grupos sunitas de apoiar esquadrões da morte em meio à onda de violência sectária que aflige o país.
"Eles matam homens e prendem mulheres, colocam-nas em prisões e as estupram, e roubam tudo das casas dos sunitas", alegou Al Zarqawi.
O chefe da Al Qaeda também tentou na fita levar sua mensagem para fora das fronteiras iraquianas, inflamando as tensões entre sunitas e xiitas por todo o mundo árabe.
"Há uma guerra civil começando no Iraque, mas ela não vai se tornar realmente violenta até que seja exportada para fora do Iraque", afirmou Dawood al Shirian, comentarista político saudita em entrevista à agência Associated Press, acrescentando que "esta fita está tentando fazer isso".
Um comunicado por escrito divulgado nesta sexta-feira informou que a gravação de áudio foi feita há dois meses. A autenticidade da fita ainda não pôde ser confirmada por uma fonte independente.
Com Associated Press
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Abu Musab al Zarqawi
Al Zarqawi incita sunitas a ignorar reconciliação no Iraque
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O líder da rede terrorista Al Qaeda no Iraque, Abu Musab al Zarqawi, fez acusações contra xiitas em uma gravação de áudio de quatro horas disponibilizada na internet nesta sexta-feira, alegando que milícias ligadas a esta facção muçulmana estão promovendo estupros e matando sunitas.
Al Zarqawi pediu à comunidade iraquiana que ignore os pedidos de reconciliação e que continue combatendo. A mensagem foi tornada pública num momento em que a administração iraquiana procura concluir a formação de um governo de união com as várias tendências políticas do país.
Os rebeldes sunitas seguidores de Al Zarqawi foram responsáveis por alguns dos ataques suicidas mais sangrentos do Iraque, que tiveram como alvos na maioria das vezes cidadãos xiitas e mesquitas desta facção, em uma tentativa de iniciar uma guerra civil.
"Sunitas, acordem, prestem atenção e se preparem para confrontar o veneno das cobras xiitas", disse Al Zarqawi. "Esqueçam daqueles que pedem pelo fim do sectarismo e clamam pela unidade nacional."
O líder da rede terrorista voltou seus ataques principalmente para duas milícias xiitas ligadas a partidos representados no atual governo, que acusam grupos sunitas de apoiar esquadrões da morte em meio à onda de violência sectária que aflige o país.
"Eles matam homens e prendem mulheres, colocam-nas em prisões e as estupram, e roubam tudo das casas dos sunitas", alegou Al Zarqawi.
O chefe da Al Qaeda também tentou na fita levar sua mensagem para fora das fronteiras iraquianas, inflamando as tensões entre sunitas e xiitas por todo o mundo árabe.
"Há uma guerra civil começando no Iraque, mas ela não vai se tornar realmente violenta até que seja exportada para fora do Iraque", afirmou Dawood al Shirian, comentarista político saudita em entrevista à agência Associated Press, acrescentando que "esta fita está tentando fazer isso".
Um comunicado por escrito divulgado nesta sexta-feira informou que a gravação de áudio foi feita há dois meses. A autenticidade da fita ainda não pôde ser confirmada por uma fonte independente.
Com Associated Press
Especial
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