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08/06/2006 - 12h20

Morte de Al Zarqawi serve de fôlego para Bush

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LIGIA BRASLAUSKAS
Editora de Mundo da Folha Online

A morte do terrorista jordaniano, Abu Musab al Zarqawi, principal inimigo dos EUA no Iraque, deve dar "nova vida" ao governo de George W. Bush, desgastado pela baixa aprovação popular à forma como ele tem conduzido a ação americana no Iraque.

Após a queda de Saddam Hussein (1979-2003) --simbolizada pela derrubada cinematográfica da estátua do ex-ditador na praça Al Firdos, em Bagdá--, a morte de Al Zarqawi é a mais importante conquista das tropas americanas em três anos na região.

Bush e o premiê britânico, Tony Blair, exaltaram a morte de Al Zarqawi chamando o feito de "duro golpe" contra a rede terrorista Al Qaeda, da qual o jordaniano era representante-chefe no Iraque. Mas os dois líderes sabem que essa conquista --que deverá ser exibida à exaustão nas redes de TV americanas--, não significa nem o fim da luta da insurgência contra a presença das tropas dos EUA e de sua coalizão no Iraque nem uma virada automática na opinião pública.

De acordo com especialistas entrevistados pela Folha Online, o poder da Al Qaeda se fragmentou há muito tempo, o que causou uma divisão do poder das células terroristas ligadas à Al Qaeda. Isso, obviamente, dificulta ainda mais o trabalho das tropas americanas, que têm de lutar contra várias frentes comandadas por chefias distintas.

O próprio Al Zarqawi enfrentava resistência de grupos que se opõem à presença dos EUA no Iraque, mas que também são contrários à violência extremada que se tornou marca das ações lideradas pelo jordaniano, como seqüestro e decapitação de estrangeiros.

A morte de Al Zarqawi não põe fim ao terror no Iraque --e pode até gerar onda ainda maior de violência desencadeada por uma possível "guerra interna" dos grupos rebeldes pelo "poder" do jordaniano [que aparentemente não tem substituto]--, mas dá fôlego ao governo Bush para tentar reverter a opinião pública americana a respeito de sua atuação na Guerra do Iraque --apesar da morte de cerca de 2.500 soldados americanos e da inexistência das armas químicas de Saddam.

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