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08/06/2006
-
13h44
da Folha Online
O terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi, morto nesta quinta-feira em um ataque aéreo perto de Baquba (65 km ao norte de Bagdá), era chamado por Osama bin Laden de "príncipe" da Al Qaeda no Iraque.
O mais temido líder da insurgência no país --que era considerado o principal inimigo dos EUA no Iraque, e por quem o Pentágono oferecia US$ 25 milhões-- inspirou centenas de suicidas em todo o mundo árabe, dispostos a morrer e a matar milhares no Iraque.
Filho de um líder tribal, sua infância foi marcada pela pobreza na cidade industrial de Zarqa, na Jordânia, onde vivem muitos refugiados palestinos e beduínos. Durante a infância, foi influenciado por pastores radicais de sua cidade, antes de ir, em 1989, para o Afeganistão.
Zarqawi -- cujo nome de batismo é Ahmed Fadhil al Khalayleh-- foi detido na Jordânia em 1993, depois de retornar do Afeganistão. Segundo um dos guardas que o vigiou na prisão, ele era uma figura "carismática" e "respeitada" pelos colegas de cela. No período em que esteve preso, ele era "disciplinado" e praticava exercícios físicos.
Em 2002, uma corte da Jordânia o condenou à morte à revelia por planejar ataques contra alvos americanos e israelenses no país. No mesmo ano, ele também foi acusado do assassinato do diplomata americano Laurence Foley, em Amã.
Antes da invasão do Iraque, em 2003, Al Zarqawi tinha ligação com o grupo Ansar al Islam [Partidários do Islã], grupo que opera em uma região curda do norte do Iraque, perto da fronteira com o Irã.
A base do grupo foi destruída durante a invasão do Iraque, mas Al Zarqawi surgiu como líder de uma nova organização, chamada Tawhid wal Jihad, que posteriormente se tornou a Al Qaeda no Iraque. O Iraque tornou-se um local propício para a ação do grupo após a crise na segurança que tomou o país depois da queda do ex-ditador Saddam Hussein.
Com sua morte, Al Zarqawi pode se tornar um "símbolo" para jovens árabes dispostos a cometer atentados suicidas.
Com agências internacionais
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O mais temido líder da insurgência no país --que era considerado o principal inimigo dos EUA no Iraque, e por quem o Pentágono oferecia US$ 25 milhões-- inspirou centenas de suicidas em todo o mundo árabe, dispostos a morrer e a matar milhares no Iraque.
Filho de um líder tribal, sua infância foi marcada pela pobreza na cidade industrial de Zarqa, na Jordânia, onde vivem muitos refugiados palestinos e beduínos. Durante a infância, foi influenciado por pastores radicais de sua cidade, antes de ir, em 1989, para o Afeganistão.
Zarqawi -- cujo nome de batismo é Ahmed Fadhil al Khalayleh-- foi detido na Jordânia em 1993, depois de retornar do Afeganistão. Segundo um dos guardas que o vigiou na prisão, ele era uma figura "carismática" e "respeitada" pelos colegas de cela. No período em que esteve preso, ele era "disciplinado" e praticava exercícios físicos.
Em 2002, uma corte da Jordânia o condenou à morte à revelia por planejar ataques contra alvos americanos e israelenses no país. No mesmo ano, ele também foi acusado do assassinato do diplomata americano Laurence Foley, em Amã.
Antes da invasão do Iraque, em 2003, Al Zarqawi tinha ligação com o grupo Ansar al Islam [Partidários do Islã], grupo que opera em uma região curda do norte do Iraque, perto da fronteira com o Irã.
A base do grupo foi destruída durante a invasão do Iraque, mas Al Zarqawi surgiu como líder de uma nova organização, chamada Tawhid wal Jihad, que posteriormente se tornou a Al Qaeda no Iraque. O Iraque tornou-se um local propício para a ação do grupo após a crise na segurança que tomou o país depois da queda do ex-ditador Saddam Hussein.
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