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09/06/2006 - 08h48

Líder rebelde morto no Iraque foi traído por colaboradores

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da Folha Online

A morte do líder da rede terrorista Al Qaeda no Iraque, Abu Musab al Zarqawi, nesta quinta-feira, foi anunciada pelos Estados Unidos e pelo Iraque como um grande golpe à organização, mas segundo informações da CNN, o principal líder da insurgência iraquiana foi traído por colaboradores.

A Folha Online já havia antecipado essa informação ontem, em entrevista com Ely Karmon, 60, pesquisador-chefe do Instituto de Contraterrorismo de Herzlia, em Israel. "Provavelmente, ele foi traído, o que mostra que a organização está dividida", disse.

08.jun.2006/Reuters
Imagem exibe Abu Musab al Zarqawi, líder da Al Qaeda no Iraque, morto. Veja mais fotos
Segundo a CNN, que cita fontes do Exército dos EUA, um importante membro da Al Qaeda preso na Jordânia no mês passado e ao menos um "espião" infiltrado na rede terrorista forneceram informação suficiente para que as tropas americanas no Iraque localizassem o esconderijo em que Al Zarqawi estava.

O líder da Al Qaeda no Iraque morreu após forte bombardeio das tropas dos EUA na região de Baquba. Segundo o Exército dos EUA, dois aviões F16 focaram o alvo e lançaram uma bomba de 227 kg sobre o esconderijo. Em seguida, eles se certificaram de que haviam acertado o alvo e lançaram outra bomba no mesmo lugar.

A identificação de Al Zarqawi foi feita por meio de suas digitais, de seu rosto e de suas cicatrizes.

Outros dados sobre Al Zarqawi teriam sido fornecidos por iraquianos que vivem na região de Baquba, e por membros das forças especiais dos EUA, que seguiam a pista de Abdel al Rahman, conselheiro espiritual de Al Zarqawi.

De acordo com Naser Joudeh, porta-voz do governo da Jordânia, as forças de segurança jordanianas também tiveram participação nos trabalhos de localização de Al Zarqawi.

Vivo

Nesta quinta-feira, fontes do Exército dos EUA disseram que policias iraquianos foram os primeiros a chegar ao esconderijo de Al Zarqawi após o bombardeio, e que eles resgataram seu corpo.

Nesta sexta-feira, segundo major-general William Caldwell, citado pela CNN, Al Zarqawi era o único ainda com vida quando soldados americanos o encontraram no esconderijo, mas morreu "imediatamente em seguida".

Além de Al Zarqawi outras sete pessoas, supostamente ligadas a ele, morreram no bombardeio.

Toque de recolher

Nesta sexta-feira, o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al Maliki, impôs a proibição do tráfego em Bagdá e Baquba, que fica a 65 km da capital do Iraque. Também foi decretado toque de recolher em toda a Província de Diyala (capital de Baquba), onde fica Hibib, local em que Al Zarqawi morreu.

Segundo o governo iraquiano, as restrições buscam reforçar a segurança na região, a fim de impedir que insurgentes armem grandes ataques para vingar a morte de Al Zarqawi.

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