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14/06/2006 - 12h37

Bush admite que violência não será totalmente eliminada no Iraque

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da Folha Online

Um dia após fazer uma visita-surpresa ao Iraque, o presidente americano, George W. Bush, admitiu nesta quarta-feira que a violência no país não será totalmente eliminada.

"Isso não irá acontecer", afirmou o líder americano em una coletiva de imprensa na Casa Branca, ao ser questionado a respeito da violência no Iraque, acrescentando que esperar o fim da violência não é "razoável". "Obviamente, queremos que ela diminua", afirmou.

Reuters
Presidente George W. Bush (à dir.) durante entrevista coletiva na Casa Branca hoje
Segundo Bush, as forças iraquianas e de coalizão estão intensificando suas atividades contra insurgentes e trocando informações com a inteligência. Segundo ele, a megaoperação realizada nesta quarta-feira em Bagdá, que conta com cerca de 70 mil homens, visa combater a violência.

O presidente americano se recusou a traçar um cronograma para a retirada dos 130 mil soldados americanos que atualmente se encontram no Iraque. "Se nós sairmos [do Iraque] muito rápido, não alcançaremos nossos objetivos", afirmou Bush. "Isto transformaria o mundo em um local mais perigoso. Seria uma má política", acrescentou.

Segundo ele, as forças americanas ficarão no Iraque até que o novo governo "obtenha sucesso". "Minha mensagem para o inimigo é: não pense que deixaremos [o país] antes que tenhamos sucesso", disse.

Segurança

Bush defendeu o imenso esquema de segurança que cercou sua visita-surpresa a Bagdá nesta terça-feira. Poucos assessores sabiam da viagem e até mesmo o premiê iraquiano, Nouri al Maliki, soube da visita minutos antes de se reunir com Bush.

"É uma questão de segurança, porque sou um alvo de grande valor para alguns. O Iraque é um lugar perigoso", afirmou.

Em relação ao governo iraquiano, Bush disse que há uma "diferença tangível" em relação aos governos anteriores, dizendo que a maioria dos iraquianos "trabalham para que o governo tenha sucesso".

O presidente americano se recusou a comparar a presença americana no Iraque com a Guerra do Vietnã (1964-1975). "Eu fiz a coisa certa no Iraque", afirmou.

Guantánamo

Em relação aos três suicídios de detentos no centro de detenção americano de Guantánamo, em Cuba, ocorridos na semana passada, Bush disse que "gostaria" de fechar a prisão.

"Eu gostaria de fechar Guantánamo, mas estamos detendo pessoas perigosas", afirmou. "Eventualmente, eles serão levados a julgamento".

Organizações de direitos humanos e governos de vários países pedem que os Estados Unidos fechem o centro de detenção.

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