Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
20/06/2006 - 17h12

Ex-presidente liberiano chega a Haia para ser julgado

Publicidade

da France Presse, em Haia

O ex-presidente liberiano Charles Taylor, acusado de crimes contra a humanidade por sua participação na guerra civil de Serra Leoa, foi levado nesta terça-feira para o centro de detenção de Scheveningen, no subúrbio de Haia, onde deverá ser julgado pelo Tribunal Especial para Serra Leoa (TSSL).

O ex-ditador saiu algemado do avião das Nações Unidas às 14h14 (horário de Brasília) desta terça-feira em Roterdã, vindo de Freetown.

Ele foi escoltado por vários policiais de moto em direção à prisão de Scheveningen, onde estão os detidos do Tribunal Penal Internacional para a antiga Iugoslávia (TPI) e da Corte Penal Internacional (CPI).

Foi neste prédio que morreu o ex-presidente iugoslavo Slobodan Milosevic no dia 11 de março.

Um porta-voz da Corte Penal Internacional (CPI) anunciou que haverá uma entrevista coletiva na quarta-feira às 11h30 locais (6h30 no horário de Brasília) com o relator do Tribunal Especial para Serra Leoa, Lovemore Munlo.

Durante esta entrevista coletiva, Munlo "poderá dar explicações sobre os próximos procedimentos", indicou Ernest Sagaga, porta-voz da CPI.

Taylor estava detido desde o fim de março numa prisão do Tribunal Especial em Freetown, capital de Serra Leoa, que tem uma jurisdição mista criada com o apoio da ONU (Organização das Nações Unidas).

O ex-general de 58 anos é considerado o principal responsável pelas guerras civis que devastaram a Libéria e Serra Leoa ao longo dos anos 1990 e deixaram cerca de 400 mil mortos.

Taylor, que se declarou inocente, foi indiciado em março de 2003 por crimes contra a humanidade, crimes de guerra e outras violações graves aos direitos humanos pelo Tribunal para Serra Leoa. Também foi acusado de financiar e apoiar os rebeldes da Frente Revolucionária Unida (RUF), de Serra Leoa.

A Libéria, que elegeu um novo presidente desde que Taylor foi obrigado a deixar o poder em 2003, não quer julgar o ex-ditador, pois teme provocar uma nova onda de violência no país.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página