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28/06/2006 - 17h19

México encerra longa campanha de eleições do próximo domingo

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CAMILA RAMOS
da Efe, na Cidade do México

O México encerra nesta quarta-feira uma longa e dispendiosa campanha para as eleições presidenciais e legislativas do próximo domingo, tida como as mais disputadas da história recente do país, de acordo com as últimas pesquisas divulgadas.

Os candidatos dos cinco partidos políticos em disputa concluem hoje 160 dias de esforços de convencimento nos quais muitas vezes recorreram à "guerra suja". Alguns inclusive expressaram temores de fraude, possibilidade descartada pela autoridade eleitoral e pelo Governo do presidente Vicente Fox, do Partido Ação Nacional (PAN).

Os aspirantes à presidência encerraram suas campanhas em meio a uma crescente onda de violência atribuída aos narcotraficantes, em incidentes que a Administração Fox evita relacionar com as eleições e descarta que possa afetar a jornada do domingo, por estarem "localizados em áreas muito específicas" do México.

Vantagem da esquerda

As enquetes, cuja divulgação no México já está proibida devido à proximidade do pleito, indicam que a esquerda mexicana pode chegar à Presidência pela primeira vez na história.

O candidato esquerdista Andrés López Obrador, do Partido da Revolução Democrática (PRD) e líder nas pesquisas de intenção de voto, conclui sua campanha com um comício na maior praça pública do país, chamada de El Zócalo, na Cidade do México.

O principal adversário do candidato do PRD na corrida presidencial, o conservador governista Felipe Calderón, fecha sua campanha com dois atos em seu estado natal de Michoacán (oeste do México) e na cidade de Guadalajara, a capital do estado vizinho de Jalisco.

López Obrador e Calderón fizeram uma campanha caracterizada por acusações mútuas de suposta corrupção, tráfico de influências e críticas à proposta econômica do rival por ser prejudicial ao México, sócio do Canadá e dos EUA no Tratado de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta).

Hugo Chávez

Calderón, do PAN, compara o candidato de esquerda com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, e López Obrador disse que está "cansado" dessa acusação, que aparece tanto em propagandas de televisão patrocinadas por empresários como em centenas de milhares de mensagens anônimas espalhadas pela internet.

Situado à direita de López Obrador e à esquerda de Calderón, o candidato Roberto Madrazo, do Partido Revolucionário Institucional (PRI) e terceiro colocado nas pesquisas, fecha hoje sua campanha no estado de Veracruz (Golfo do México), um dia após ter comandado um grande comício na capital do país.

Madrazo defendeu que não haja uma "polarização dos mexicanos entre as opções de esquerda e de direita", que, segundo ele, representam respectivamente López Obrador e Calderón, e prometeu que o PRI voltará ao poder federal depois da humilhante derrota que Fox e o PAN lhe impuseram no pleito de 2 de julho de 2000.

O PRI, que governou ininterruptamente entre 1929 e 2000, chega às eleições do próximo domingo aliado ao Partido Verde Ecologista do México (PVEM), que na campanha de seis anos atrás se uniu a Fox.

Apelo

A candidata Patricia Mercado, que concorre pelo pequeno Partido Alternativa Social-Democrata e Camponesa (Pasc) e que defende causas feministas, termina sua campanha em Guadalajara com um apelo aos eleitores para que a ajudem a se transformar na primeira presidente do México, um país onde as mulheres ocupam poucos espaços de poder.

Mercado aparece no quarto lugar das pesquisas, à frente de Roberto Campa, do também pequeno Partido Nova Aliança (Panal), que encerra sua campanha no estado de Tamaulipas (norte), fronteiriço com o Texas (EUA) e um dos mais afetados pela violência atribuída aos narcotraficantes e seqüestradores.

Os mexicanos comparecerão às urnas no domingo para eleger o sucessor de Fox, os governadores de quatro estados - incluindo o Distrito Federal (Cidade do México) - e mais de cem prefeitos, assim como para renovar as duas câmaras do Congresso Federal e vários Legislativos regionais.

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