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19/07/2006
-
08h56
da Folha Online
Novos ataques aéreos israelenses atingiram o Líbano nesta quarta-feira, matando 49 civis e um membro do Hizbollah, enquanto embarcações e ônibus lotados de estrangeiros continuam a deixar o país, no oitavo dia de confrontos entre Israel e o grupo terrorista Hizbollah.
Tropas de Israel cruzaram a fronteira para invadir locais de concentração do Hizbollah. Segundo a rede de TV Al Arabiya, dois soldados israelenses morreram e outros dois ficaram feridos. O Exército israelense não confirmou imediatamente as informações.
De acordo com fontes da segurança libanesa, tanques israelenses e uma escavadeira atravessaram a fronteira na região de Alma al Shaab, a poucos quilômetros da costa, mas recuaram poucas horas depois. Outra incursão aconteceu perto da vila de Yaroun, ao leste.
Apesar dos esforços diplomáticos internacionais, não há um prazo estabelecido para o fim dos confrontos, que já mataram ao menos 285 pessoas no Líbano e outra 25 em Israel.
O Hizbollah --que é apoiado pela Síria e pelo Irã-- quer trocar dois soldados israelenses seqüestrados em 12 de julho por prisioneiros libaneses detidos em celas em Israel.
O governo israelense está determinado a remover os membros do grupo da fronteira e a forçar a suspensão do lançamento de foguetes contra territórios israelenses.
Vítimas
Ao menos 12 libaneses --entre eles, crianças-- morreram e outros 30 ficaram feridos em um ataque aéreo de Israel que destruiu várias casas em Srifa, no sul do Líbano.
"Houve um massacre em Srifa", afirmou o prefeito da cidade, Afif Najdi, dizendo que o número de mortos pode subir para 17 depois que todas as vítimas forem retiradas dos escombros.
Ao menos 37 civis morreram em ataques aéreos ocorridos em outras regiões do sul e do leste do Líbano, segundo fontes da segurança. O Hizbollah afirmou que um de seus membros morreu.
Mais foguetes lançados pelo Hizbollah atingiram a cidade israelense de Haifa. Um deles caiu em frente a um restaurante. Não houve relato de mortes.
Três trabalhadores indianos morreram em um ataque aéreo contra uma fábrica de vidro ao leste do vale de Bekaa, segundo fontes médicas.
O ministro libanês do Interior, Ahmed Fatfat, acusou Israel de tentar destruir a infra-estrutura do Líbano, e não apenas derrotar o Hizbollah. "Eles estão nos tornando um segundo Iraque?"m questionou.
Brasileiros
Nesta terça-feira, o Itamaraty emitiu comunicado nesta terça-feira confirmando e lamentando a morte de mais um brasileiro de Foz do Iguaçu (PR) em ataques israelenses no Líbano.
A vítima é uma criança de oito anos de idade. Na semana passada, as ações de Israel causaram a morte de uma família brasileira [mãe, pai e duas crianças, de quatro e oito anos].
Segundo o Consulado Geral do Brasil em Beirute, a mãe e um irmão do menino brasileiro dado como morto nesta terça-feira teriam se ferido no mesmo ataque.
Fuga
Além das mortes, a violência entre os dois países tem gerado uma fuga em massa que, segundo a ONU (Organização das nações Unidas) já envolve 1 milhão de pessoas.
"A situação é grave e muito triste. Eu não acredito que isto esteja acontecendo", afirmou Lubna Jaber, australiana que veio ao Líbano para visitar parentes. Ela aguardava em Beirute ao lado de 350 australianos para embarcar em ônibus e, em seguida, em um barco para a Turquia.
Mais de 2.400 americanos devem ser retirados do país por ar e por mar nesta quarta-feira --os primeiros de cerca de 8.000 que devem ser levados de volta aos Estados Unidos.
Cerca de 200 belgas embarcaram em ônibus para serem levados a Síria. A França pretende retirar mais 850 de seus 10 mil cidadãos no Líbano em navios com destino a Chipre. Um total de 800 franceses foram retirados ontem, segundo a Embaixada da França em Beirute.
Países da Europa e da América do Sul, como Brasil, também estão retirando seus cidadãos aos poucos e da forma como é possível ser feito --alguns fugiram de carro.
Como a maioria das pistas dos aeroportos foram destruídas pelos ataques israelenses, a saída por avião a partir do Líbano se tornou impossível e expõe aqueles que desejam deixar o país a uma viagem de ônibus que leva cerca de 20 horas até a Turquia --cuja rota utiliza saídas para Damasco (Síria), estradas-alvo de Israel.
Com agências internacionais
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Novos ataques aéreos israelenses atingiram o Líbano nesta quarta-feira, matando 49 civis e um membro do Hizbollah, enquanto embarcações e ônibus lotados de estrangeiros continuam a deixar o país, no oitavo dia de confrontos entre Israel e o grupo terrorista Hizbollah.
Tropas de Israel cruzaram a fronteira para invadir locais de concentração do Hizbollah. Segundo a rede de TV Al Arabiya, dois soldados israelenses morreram e outros dois ficaram feridos. O Exército israelense não confirmou imediatamente as informações.
Adnan Hajj/Reuters |
Fumaça sai de prédio no sul do Líbano após ser atingido por ataque aéreo de Israel |
Apesar dos esforços diplomáticos internacionais, não há um prazo estabelecido para o fim dos confrontos, que já mataram ao menos 285 pessoas no Líbano e outra 25 em Israel.
O Hizbollah --que é apoiado pela Síria e pelo Irã-- quer trocar dois soldados israelenses seqüestrados em 12 de julho por prisioneiros libaneses detidos em celas em Israel.
O governo israelense está determinado a remover os membros do grupo da fronteira e a forçar a suspensão do lançamento de foguetes contra territórios israelenses.
Vítimas
Ao menos 12 libaneses --entre eles, crianças-- morreram e outros 30 ficaram feridos em um ataque aéreo de Israel que destruiu várias casas em Srifa, no sul do Líbano.
"Houve um massacre em Srifa", afirmou o prefeito da cidade, Afif Najdi, dizendo que o número de mortos pode subir para 17 depois que todas as vítimas forem retiradas dos escombros.
Ronen Zvulun/Reuters |
Soldados israelenses socorrem companheiro após confronto em Avivim, no Líbano |
Mais foguetes lançados pelo Hizbollah atingiram a cidade israelense de Haifa. Um deles caiu em frente a um restaurante. Não houve relato de mortes.
Três trabalhadores indianos morreram em um ataque aéreo contra uma fábrica de vidro ao leste do vale de Bekaa, segundo fontes médicas.
O ministro libanês do Interior, Ahmed Fatfat, acusou Israel de tentar destruir a infra-estrutura do Líbano, e não apenas derrotar o Hizbollah. "Eles estão nos tornando um segundo Iraque?"m questionou.
Brasileiros
Nesta terça-feira, o Itamaraty emitiu comunicado nesta terça-feira confirmando e lamentando a morte de mais um brasileiro de Foz do Iguaçu (PR) em ataques israelenses no Líbano.
A vítima é uma criança de oito anos de idade. Na semana passada, as ações de Israel causaram a morte de uma família brasileira [mãe, pai e duas crianças, de quatro e oito anos].
Segundo o Consulado Geral do Brasil em Beirute, a mãe e um irmão do menino brasileiro dado como morto nesta terça-feira teriam se ferido no mesmo ataque.
Fuga
Além das mortes, a violência entre os dois países tem gerado uma fuga em massa que, segundo a ONU (Organização das nações Unidas) já envolve 1 milhão de pessoas.
"A situação é grave e muito triste. Eu não acredito que isto esteja acontecendo", afirmou Lubna Jaber, australiana que veio ao Líbano para visitar parentes. Ela aguardava em Beirute ao lado de 350 australianos para embarcar em ônibus e, em seguida, em um barco para a Turquia.
Mais de 2.400 americanos devem ser retirados do país por ar e por mar nesta quarta-feira --os primeiros de cerca de 8.000 que devem ser levados de volta aos Estados Unidos.
Cerca de 200 belgas embarcaram em ônibus para serem levados a Síria. A França pretende retirar mais 850 de seus 10 mil cidadãos no Líbano em navios com destino a Chipre. Um total de 800 franceses foram retirados ontem, segundo a Embaixada da França em Beirute.
Países da Europa e da América do Sul, como Brasil, também estão retirando seus cidadãos aos poucos e da forma como é possível ser feito --alguns fugiram de carro.
Como a maioria das pistas dos aeroportos foram destruídas pelos ataques israelenses, a saída por avião a partir do Líbano se tornou impossível e expõe aqueles que desejam deixar o país a uma viagem de ônibus que leva cerca de 20 horas até a Turquia --cuja rota utiliza saídas para Damasco (Síria), estradas-alvo de Israel.
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