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26/07/2006
-
14h47
da Folha Online
Forças de segurança libanesas detiveram nesta quarta-feira cerca de 50 suspeitos de espionarem para Israel nas últimas semanas, marcadas por intensos confrontos entre Israel e o Hizbollah.
A crise de violência entre Israel e Líbano teve início no último dia 12, após o grupo terrorista libanês Hizbollah seqüestrar dois soldados israelenses. A violência já deixou 400 mortos no Líbano, a maioria civis, e cerca de 40 mortos em Israel. Entre os mortos no Líbano, há sete brasileiros [três crianças].
Ao menos 36 supostos informantes foram presos na região do vale do Bekaa, no centro-leste do Líbano, e em outras regiões do sul do país, que foram alvos de intensos bombardeios. Cerca de 22 foram detidos em Beirute, acusados de ajudar Israel a atingir alvos do Hizbollah.
Segundo fontes da segurança libanesa, a campanha de detenções continuará. De acordo com as fontes, entre os detidos estariam ex-membros das forças do Exército do Líbano que serviram no sul do país durante a ocupação de Israel, que durou até 2000.
Os supostos informantes já teriam sido presos no Líbano e cumprido pena por ajudarem um Estado inimigo, mas teriam retomado os contatos com Israel após serem soltos.
Israel pretende criar uma zona de segurança no sul do Líbano que seria controlada por forças israelenses até a chegada de tropas internacionais à região.
ONU
Ontem, quatro observadores da ONU foram mortos no Líbano, após 14 ataques de Israel contra a região onde fica o posto da organização. Nesta quarta-feira, a rede de TV americana CNN informou que a ONU enviou dez avisos sobre sua localização e pedidos de cuidado ao Exército israelense seis horas antes de serem atingidos por um míssil certeiro.
Annan pediu uma investigação urgente sobre as condições do ataque. O mesmo fizeram União Européia (UE) e os países diretamente ligados às vítimas.
Em resposta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mark Regev, afirmou que o ataque seria "investigado seriamente" e defendeu o Exército, alegando que seus soldados sempre tomam medidas para evitar bombardeios contra observadores da ONU que atuam no Líbano.
O premiê de Israel, Ehud Olmert, telefonou a Annan para dizer que "lamentava profundamente as mortes e o erro ocorrido".
"Cessar-fogo"
O primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, afirmou nesta quarta-feira que seu país irá exigir uma compensação de Israel pela "bárbara destruição" contra o povo libanês.
Em um discurso na conferência internacional em Roma sobre a crise no Líbano, Siniora pediu um cessar-fogo "amplo e imediato" após 15 dias de confrontos entre Israel e o grupo terrorista libanês Hizbollah, que tem base no sul do Líbano.
"Quanto mais adiaremos o cessar-fogo, testemunharemos mais mortes, mais destruição e mais agressão contra civis no Líbano", afirmou Siniora.
As exigências de Sianora incluem a retirada das forças israelenses do Líbano, para permitir que os libaneses retornem para suas casas, e um pedido de indenização a Israel.
"Israel não pode desrespeitar as leis internacionais por tempo indeterminado", afirmou.
Com agências internacionais
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Forças do Líbano detêm 50 supostos espiões de Israel
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Forças de segurança libanesas detiveram nesta quarta-feira cerca de 50 suspeitos de espionarem para Israel nas últimas semanas, marcadas por intensos confrontos entre Israel e o Hizbollah.
A crise de violência entre Israel e Líbano teve início no último dia 12, após o grupo terrorista libanês Hizbollah seqüestrar dois soldados israelenses. A violência já deixou 400 mortos no Líbano, a maioria civis, e cerca de 40 mortos em Israel. Entre os mortos no Líbano, há sete brasileiros [três crianças].
Ao menos 36 supostos informantes foram presos na região do vale do Bekaa, no centro-leste do Líbano, e em outras regiões do sul do país, que foram alvos de intensos bombardeios. Cerca de 22 foram detidos em Beirute, acusados de ajudar Israel a atingir alvos do Hizbollah.
Segundo fontes da segurança libanesa, a campanha de detenções continuará. De acordo com as fontes, entre os detidos estariam ex-membros das forças do Exército do Líbano que serviram no sul do país durante a ocupação de Israel, que durou até 2000.
Os supostos informantes já teriam sido presos no Líbano e cumprido pena por ajudarem um Estado inimigo, mas teriam retomado os contatos com Israel após serem soltos.
Israel pretende criar uma zona de segurança no sul do Líbano que seria controlada por forças israelenses até a chegada de tropas internacionais à região.
ONU
Ontem, quatro observadores da ONU foram mortos no Líbano, após 14 ataques de Israel contra a região onde fica o posto da organização. Nesta quarta-feira, a rede de TV americana CNN informou que a ONU enviou dez avisos sobre sua localização e pedidos de cuidado ao Exército israelense seis horas antes de serem atingidos por um míssil certeiro.
Annan pediu uma investigação urgente sobre as condições do ataque. O mesmo fizeram União Européia (UE) e os países diretamente ligados às vítimas.
Em resposta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mark Regev, afirmou que o ataque seria "investigado seriamente" e defendeu o Exército, alegando que seus soldados sempre tomam medidas para evitar bombardeios contra observadores da ONU que atuam no Líbano.
O premiê de Israel, Ehud Olmert, telefonou a Annan para dizer que "lamentava profundamente as mortes e o erro ocorrido".
"Cessar-fogo"
O primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, afirmou nesta quarta-feira que seu país irá exigir uma compensação de Israel pela "bárbara destruição" contra o povo libanês.
Em um discurso na conferência internacional em Roma sobre a crise no Líbano, Siniora pediu um cessar-fogo "amplo e imediato" após 15 dias de confrontos entre Israel e o grupo terrorista libanês Hizbollah, que tem base no sul do Líbano.
"Quanto mais adiaremos o cessar-fogo, testemunharemos mais mortes, mais destruição e mais agressão contra civis no Líbano", afirmou Siniora.
As exigências de Sianora incluem a retirada das forças israelenses do Líbano, para permitir que os libaneses retornem para suas casas, e um pedido de indenização a Israel.
"Israel não pode desrespeitar as leis internacionais por tempo indeterminado", afirmou.
Com agências internacionais
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