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28/07/2006 - 09h09

Após matar 29 em dois dias, Israel retira tropas do norte de Gaza

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da Folha Online

Israel retirou suas tropas do norte da faixa de Gaza nesta sexta-feira, após uma violenta ação militar que matou mais de 29 palestinos em apenas dois dias. Desde o início da ação de Israel em Gaza, em 28 de junho, mais de cem palestinos foram mortos na região.
Nesta quinta-feira, o Exército de Israel matou cinco palestinos --entre eles, uma senhora de 75 anos e um garoto de 12 anos que moravam no campo de refugiados de Jebaliya. Um dia antes, outros 24 palestinos morreram em ataques de Israel na região.

A ação em Gaza teve início três dias após o seqüestro do soldado Gilad Shalit, 19, que foi reivindicado por grupos extremistas palestinos. Israel mantém a ofensiva para impedir o lançamento de foguetes contra o território israelense e para pressionar pela libertação de Shalit.

AP
Após 29 mortes em dois dias de violência, tropas de Israel deixam o norte de Gaza
Nesta sexta-feira, o grupo extremista palestino Jihad Islâmico anunciou ter lançado um foguete contra a cidade de Zikim, no sul de Israel. O ataque feriu duas crianças israelenses.

O primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh --ligado ao Hamas-- afirmou nesta sexta-feira que seu governo e outras facções palestinas trabalham ao lado de autoridades egípcias para dar fim aos confrontos. "Eu espero que a saída das forças israelenses [do norte de Gaza] seja o início de um compromisso israelense em dar fim à agressão contra o povo palestino", afirmou.

Ataques

Após a retirada israelense do norte de Gaza, moradores saíram de suas casas para inspecionar os estragos causados pelos ataques. Ao sul de Gaza, aviões de Israel atingiram uma oficina em Khan Younis, ferindo nove pessoas --entre elas, duas crianças, segundo fontes médicas.

De acordo com o Exército israelense, o alvo dos ataques era um depósito de armas.

Também nesta sexta-feira, 22 palestinos foram presos na Cisjordânia por suposto envolvimento em atividades terroristas. Um palestino e um colono judeu morreram em ataques na região.

Ainda na Cisjordânia, a polícia israelense encontrou um carro incendiado com um corpo carbonizado na cidade de Nablus, segundo o porta-voz de polícia Micky Rosenfeld.

Crise

O presidente da ANP, Mahmoud Abbas, afirmou hoje que as crises em Gaza e no Líbano devem se agravar depois que líderes mundiais não chegaram a um acordo a respeito de um cessar-fogo imediato, em reunião realizada em Roma na quarta-feira (26).

A crise de violência entre Israel e Líbano teve início no último dia 12, após o grupo terrorista libanês Hizbollah seqüestrar dois soldados israelenses. Desde então, a violência já deixou cerca de 440 mortos no Líbano [entre eles mais de 380 civis, 20 soldados libaneses e 35 terroristas] e mais de 50 mortos em Israel [19 civis]. Entre os mortos no Líbano, há sete cidadãos brasileiros.

"A situação deve piorar e as conseqüências serão muito graves, não apenas para a região como também para o mundo todo", afirmou Abbas.

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